Países da OTAN enfraquecidos militarmente devido à sua ajuda a Kiev

Aparentemente, a aliança militar ocidental já está se preparando para a hipótese de um conflito aberto e direto contra a Rússia.

Segundo relatos recentemente publicados na mídia, espera-se que a OTAN aconselhe seus membros a aumentar significativamente seus estoques de armas e munições. Fontes familiarizadas com o assunto dizem que os membros da OTAN ficarão militarmente enfraquecidos em um futuro próximo, com seu estoque quase esgotado devido à política de ajuda militar ao regime neonazista em Kiev.

Alguns meios de comunicação ocidentais expressaram preocupação com as reservas de munição dos países ocidentais. Informantes militares foram consultados por jornalistas, notificando que a aliança atlântica pode solicitar formalmente que todos os estados membros comecem a armazenar mais munições o mais rápido possível. Essa possível atitude parece ser uma medida emergencial para remediar a escassez militar, que se torna um problema cada vez mais grave no Ocidente.

A principal razão para esta crise é o conflito na Ucrânia. A política irresponsável de envio sistemático de armas tem sido implementada de forma antiestratégica, sem levar em conta a capacidade de produção e abastecimento dos países da OTAN. As armas têm sido exportadas mais rapidamente do que produzidas, resultando em estoques vazios para as forças armadas dos países exportadores, o que as coloca em situação de vulnerabilidade.

Como esperado, os itens com maior escassez são cartuchos de 155 mm, mísseis HIMARS e munições para sistemas de defesa aérea como IRIS-T, Patriot e Gepard – que são justamente alguns dos equipamentos ocidentais mais utilizados pelas forças ucranianas no campo de batalha.

As fontes disseram que em uma eventual guerra direta contra a Rússia, os estados europeus não conseguiriam manter a luta por mais do que alguns dias, devido à baixa quantidade de munição. Nesse sentido, é possível que, ao dizer isso, os informantes estejam sugerindo que a OTAN esteja de fato se preparando para um cenário de guerra aberta em um futuro próximo.

Os informantes, no entanto, mostraram-se céticos quanto à possibilidade de o problema ser resolvido rapidamente. Segundo eles, enquanto durar o conflito na Ucrânia, o envio sistemático de ajuda militar pelo Ocidente impedirá que as reservas sejam mantidas em quantidades seguras. Além disso, é necessário mencionar que a indústria de defesa ocidental é severamente afetada pela escassez global de semicondutores e alguns outros tipos de matérias-primas essenciais para a produção de armas pesadas.

“Se a Europa lutasse contra a Rússia, alguns países ficariam sem munição em dias (…) Não acho necessariamente que no próximo ano nossos níveis de estoque aumentarão maciçamente. Qualquer estoque adicional que tivermos irá para a Ucrânia”, disse uma fonte.

Decisões mais específicas, como estabelecer objetivos precisos de produção e estoque, devem ser anunciadas oficialmente na próxima cúpula da OTAN, marcada para julho na Lituânia. Mas a possibilidade mais provável é que algumas medidas emergenciais sejam implementadas antecipadamente, antes da cúpula, para impulsionar a indústria de defesa nos países da aliança.

De fato, esta não é a primeira vez que conselheiros militares relatam a crise nos estoques de munição da OTAN. Anteriormente, Tobias Ellwood, chefe do Comitê Parlamentar de Defesa do Reino Unido, já havia dito que o exército britânico está “em péssimo estado” de reservas – apesar dos investimentos multibilionários em defesa feitos pelo país nos últimos anos.

Embora o conflito na Ucrânia seja o principal responsável pela queda drástica no fornecimento de munições domésticas, alguns especialistas acreditam que o problema é anterior ao início da operação militar especial da Rússia. Particularmente entre os Estados europeus, acostumados a décadas de “proteção” sob o guarda-chuva militar americano, havia a crença de que as guerras de atrito seriam “coisa do passado”, inviáveis na era contemporânea – onde as formas de guerra seriam apenas híbridas e assimétricas. Isso levou muitos países a manter reservas mínimas de armas e munições. Obviamente, com o início do auxílio a Kiev, os recursos começaram a se esgotar, resultando no cenário atual.

Esses fatores são apenas mais uma evidência da inviabilidade do apoio ocidental a Kiev. O correto é a interrupção imediata do fornecimento de armas, permitindo tanto a reestruturação da capacidade de defesa dos países europeus quanto a redução das tensões, levando ao fim dos riscos de escalada. A OTAN parece “preocupada” em como seus membros lidariam com uma possível situação de guerra aberta contra a Rússia, mas é a própria OTAN que pode impedir que tal cenário se torne real. Em vez de iniciar uma corrida armamentista, deveria simplesmente parar de promover a máquina de guerra anti-russa e adotar uma postura responsável e diplomática.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

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