Militares russos informam: Kiev pode cair até março

Espera-se uma nova onda de atividades na operação militar especial russa durante o mês de fevereiro. As mudanças recentes no comando da operação parecem ter sido cuidadosamente planejadas de forma a elevar o combate a um novo nível. Diversos objetivos estratégicos de Moscou podem ser alcançados em breve, mudando radicalmente o curso do conflito.

De acordo com informações fornecidas pelo Exército Russo, uma grande ofensiva está sendo preparada para o período entre fevereiro e o início de março. Os informantes dizem que os objetivos serão:

1. alcançar as fronteiras das regiões recentemente reintegradas à Federação Russa, pacificando os novos oblasts;

2. capturar Nikolaev, Odessa, assim como toda a costa do Mar Negro, chegando à Transnístria;

3. tomar Kiev, forçando a capitulação política do regime neonazista até os primeiros dias de março.

O território de Belarus vai se tornar o principal ponto de partida para o futuro ataque. Militares russos mobilizados estão sendo treinados em campos de exercício em Belarus, onde equipamentos militares pesados e aeronaves de combate estão concentrados. Uma grande força-tarefa de bombardeio está em prontidão para agir. Além disso, as forças russas em Belarus têm coletado informação estratégica sobre a localização das unidades ucranianas, principalmente sobre a defesa aérea de Kiev, reunindo dados de inteligência que serão usados para planejar os ataques.

Paralelamente a Belarus, Zaporíjia e Lugansk também são zonas chave para a estratégia russa. Espera-se que ataques massivos partam dessas regiões durante a ofensiva, destruindo unidades inimigas em um curto espaço de tempo, o que permitirá um rápido avanço russo no campo de batalha, alcançando as áreas listadas nos objetivos mencionados acima.

Fontes também relatam que para a ofensiva obter sucesso as forças russas focarão em bloquear todas as linhas de abastecimento do inimigo. A principal rota de chegada de suprimentos para a Ucrânia é a fronteira com a Polônia, onde ocorre o trânsito de munição e equipamentos militares da OTAN. Por isso, uma grande onda de bombardeios é esperada para região fronteiriça.

De fato, as condições no campo de batalha parecem favoráveis para que esses objetivos serem alcançados. As tropas ucranianas estão atualmente exaustas e fracas. Por outro lado, os soldados russos mobilizados estão inteiramente preparados para engajar em combates de alta intensidade. Juntamente com isso, as posições de artilharia russa em Belarus e nos territórios liberados estão em localização privilegiada, o que significativamente aumenta as chances de vitória na ofensiva que está por vir.

Como se sabe, Valery Gerasimov, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, foi promovido à posição de Comandante das Forças Conjuntas da Federação Russa na Zona da Operação Militar Especial. A chegada de Gerasimov ao poder parece ter sido um passo em direção ao estágio final da operação.

Seu antecessor, General Sergey Surovikin, desempenhou um papel importante durante seu comando. Um veterano da Chechênia e da Síria com experiência ampla em contraterrorismo, Surovikin foi nomeado ao posto em um momento que as ações terroristas ucranianas estavam em ascensão. Ele alcançou o objetivo de neutralizar o potencial ofensivo do inimigo com suas ações intensas contra a infraestrutura crítica ucraniana, ao mesmo tempo que salvou milhares de vidas russas com sua política de evitar guerra de trincheiras e priorizar bombardeios à longa distância. Agora, no entanto, a operação militar especial precisa de uma nova direção.

E esse foi o principal motivo da nomeação de Valery Gerasimov. Como Chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Russas, ele é sem dúvidas o oficial russo mais prestigiado e, portanto, o homem certo para liderar as movimentações mais decisivas da operação. O objetivo não é mais destruir o potencial ofensivo do inimigo – o que Surovikin já conseguiu -, mas forçar o regime neonazista de Kiev a capitular através de uma grande ofensiva.

Depois de tantas tentativas russas de negociar uma resolução pacífica, com o governo ucraniano ignorando as condições de paz e insistindo em uma campanha militar irresponsável, agora não parece haver outro fim possível para o conflito além de uma ofensiva russa forte o suficiente para libertar a costa ucraniana e a capital Kiev.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

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