Manifesto do MÁTRIA – Setor Feminino da Nova Resistência

Em um momento histórico marcado por esforços globalistas de dissolução e desvalorização da mulher, o MÁTRIA, setor feminino da Nova Resistência dedicado a uma caracterização digna da mulher e afirmação do verdadeiro feminino, apresenta seu manifesto oficial.

Desde o seu surgimento, o liberalismo tem sido uma força aniquiladora. Essa teoria, através de seu domínio político, econômico e ideológico, ocupou-se em desmantelar, nos seus três séculos de existência, tradições, povos, culturas e valores milenares. 

Em nosso momento histórico, a sanha destrutiva liberal, tendo cumprido seus desígnios mais imediatos, passa a atacar não apenas os fundamentos espirituais e a existência material das coletividades, mas também os aspectos biológicos que contribuem para conformá-las. O seu alvo principal, nesse sentido, é a mulher e tudo o que ela representa e representou para a espécie humana. 

O liberalismo ataca a mulher enquanto essência, negando sua identidade feminina; enquanto mãe, negando suas características prolíficas primordiais; e enquanto conceito, atirando-a no abismo da indefinição.

Portanto, O MÁTRIA, enquanto setor feminino da Nova Resistência, vem para combater a descaracterização da mulher pelo liberalismo hegemônico e para garantir o lugar do feminino na linha de frente da luta patriótica e do conservadorismo revolucionário, que há de derrubar a desordem globalista definitivamente, fundando um mundo de comunidades livres e conscientes de si mesmas, de sua essência e de sua tradição. 

Nesse intuito, o Mátria: 

  • Não é feminista, entendendo que o feminismo, sintetizando todas as suas ondas, nada mais é que uma luta pela substituição da mulher – com sua pessoalidade, sexo e essência – pelo indivíduo, isto é, sujeito abstrato, sem sexo, desenraizado e vazio. Somente através da ideia do indivíduo a mulher pensaria ser igual ao homem: não há o Ser Mulher ou o Ser Homem, há o indivíduo que pode ser quem ou o que quiser. Segundo Simone de Beauvoir, até mesmo a biologia pode ser superada, seja através dos anticoncepcionais e do aborto, para não engravidar [nem menstruar], seja através das tecnologias, que substituiriam a força física do homem no trabalho e em quaisquer afazeres, tornando-a obsoleta e igualando-a à da mulher. Sendo tais ideias individualistas e progressistas comuns, em maior ou menor grau, a todas as correntes feministas atuantes, nós só podemos nos opor ao feminismo, que se revela como mais um subterfúgio para a imposição da ideologia liberal.
  • Assume a prevalência de instâncias coletivas, como a família e a comunidade, sobre a pessoa, sem, no entanto, menosprezar a pessoa, como a ideologia do indivíduo faz, descaracterizando-a. Defendemos a interdependência dessas esferas do organismo social, as quais se definem e se adequam umas às outras. Além disso, não almejamos o tipo de existência mórbida que se vislumbra nos objetivos progressistas, os quais tratam a biologia como mera matéria a ser manipulada em nome de uma liberdade sem conteúdo. A tradição dos mais diversos povos sempre conferiu significados e vida espiritual aos fatos biológicos, dando ao homem o status de Ser integral, de corpo, alma e espírito. É esse, portanto, o caminho que nos propomos a trilhar.
  • Defende a unidade de sexo e gênero, pois o gênero sempre esteve atrelado ao sexo biológico numa relação profunda e com limites obscuros e impossíveis de determinar. Dessa forma, a destruição do gênero se confunde com a do sexo biológico, como se nota na propaganda liberal atual – desde o estilo andrógino que dificulta a identificação do sexo à primeira vista até o ativismo trans que quer inculcar a qualquer custo que alguém nascido homem se torna, realmente, uma mulher, e vice-versa. Portanto, acreditamos que a diferenciação sexual e suas repercussões culturais e tradicionais, entendidas como gênero, têm um papel importante na manutenção da vida social por motivos óbvios, como a proliferação da espécie, cuidados e manutenção da vida de bebês e das famílias, entre outras competências e habilidades nas quais as mulheres, em sua grande maioria, se destacam mais que os homens. 
  • Crê no Ser Mulher. Busca, nesse sentido, resgatar a mulher como um ser integral, dotado de essência, espírito, matéria e energia, formado por diversas facetas femininas: familiar, comunitária e integrante da pátria. Um ser que possui um papel social fundamental, que não pode ser confundido com o masculino, pois cabe à mulher o papel de nutrir, agregar, auxiliar, educar e formar seres humanos de forma complementar à do homem. É respeitando a integralidade de seu Ser que o Mátria defende que a mulher possa escolher cuidar da família e dos filhos, papel que lhe é, em maior ou menor grau, natural, sem que precise passar fome por não estar inserida no mercado de trabalho, o qual lhe é imposto por uma injusta necessidade. Propõe, é claro, que a mulher possa escolher trabalhar, mas sem que precise sacrificar o convívio com os  filhos e a família em jornadas de trabalho abusivas e com péssimos salários. A sua vocação se realiza, portanto, em âmbitos comunitários, e não pode ser medida em termos monetários. Nesse sentido, a diferenciação do enquadramento de gênero no sistema produtivo não deve ser enxergada como um problema de mão de obra a ser inserida no mercado, mas levando em conta a saúde das famílias em suas necessidades básicas buscando não desestruturá-las com a fereza do mercado.
  • Se mobiliza em prol de políticas que beneficiem de fato as mulheres e previnam abusos de qualquer natureza, seja no ambiente de trabalho, como assédio sexual e jornadas que lhes tirem o tempo com os filhos; no âmbito do lar, como a violência doméstica; ou ainda na hora do parto, como a violência obstétrica. Também nos opomos à  falta de apoio e incentivo estatal à maternidade e à segurança e qualidade de vida da primeira infância, observância fundamental para uma sociedade sadia. Portanto, defendemos uma atenção ainda maior a todas as questões que envolvam o universo feminino, fomentando políticas públicas que de fato favoreçam o bem-estar da mulher em suas especificidades em relação ao homem, afinal, é a mulher que gesta, pare e amamenta. 
  • Preza pelas relações equilibradas entre a produção e o meio-ambiente. Vivemos um momento marcado pela desarmonia entre a vida humana e o local em que ela se insere. É necessário o resgate do respeito à natureza e dignidade dos seres vivos. Ainda que o desenvolvimento econômico seja crucial para a vivência de um povo e soberania nacional, ele precisa impactar menos o ecossistema. Assim, é necessário que sejam adotadas medidas que viabilizem um modo de produção circular, como, por exemplo, adotar o uso de corredores ecológicos, de energias limpas e incentivar a produção agrícola familiar, sem, no entanto, prejudicar nossa economia e nossas relações diplomáticas com parceiros comerciais. Portanto, o incentivo à agricultura familiar e à policultura, por exemplo, não significa a extinção da produção do grande agro nem da monocultura, mas um verdadeiro equilíbrio entre as esferas econômicas e ambientais. 
  • Acredita na integridade de corpo, mente e espírito. A prática de esportes, o contato com a natureza, a alimentação saudável e o uso de práticas medicinais milenares devem ser incentivados, juntamente com o cultivo da mente através do estudo, e da alimentação do espírito através das artes e da prática religiosa. Novamente, traz a integralidade e indivisibilidade do Ser ao centro da vida humana.
  • É tradicionalista: crê que as mulheres podem e devem erguer a voz para defender seus valores religiosos e culturais, sem intervenções de ideologias modernas que arrogam para si a bandeira de “defesa da mulher” enquanto destroem sua identidade. É preciso resgatar e valorizar as origens, as culturas e as tradições de nossos ancestrais e do povo brasileiro, respeitando suas particularidades e regionalismos. Nos opomos, nesse sentido, ao universalismo e ao globalismo, e valorizamos as identidades culturais e o comunitarismo.
  • Possui um caráter intrinsecamente antiliberal: somos contra o indivíduo como sujeito ideal do sistema político, econômico e social. Advogando o indivíduo como sujeito histórico, a ideologia liberal ataca a construção herdada de nossos antepassados e busca violentamente minar toda expressão identitária, que é sempre coletiva e nos caracteriza como seres humanos. Ela busca, ainda, realizar um ser sem raízes, ou um não-ser, isolado de seus pares e comunidades, que se integra apenas ao sistema produtivo e de consumo massificado. Nos opomos radicalmente, portanto, ao materialismo egoísta propagado pelos valores do sistema político atual, ao falso identitarismo das “minorias” liberal-progressistas e à falsa liberdade defendida pelo liberalismo. 
  • E, por fim: possui o intuito de resgatar o Brasil das garras de quem lhe reduz ao nada. Fundamentado na Quarta Teoria Política, na verdadeira liberdade contra os grilhões que oprimem nossa pátria e no resgate do conceito de “Nova Roma”, de Darcy Ribeiro, o Matria propõe realizar o destino histórico imperial de nosso país. Como uma Pátria de Mil Nações, o Brasil possui o potencial de ter um papel central em um projeto geopolítico voltado à emancipação da civilização ibero-americana, ou da chamada “Pátria Grande”, a qual deve se tornar soberana para fazer parte dos processos decisórios em um mundo multipolar. Nosso nacionalismo, portanto, passa longe de conceitos chauvinistas, visando, assim, a união com nossos vizinhos ibero-americanos em várias instâncias. Queremos, portanto, superar as teorias políticas do mundo moderno, tomando o Povo, aqui entendido como homens e mulheres que compartilham um mesmo destino histórico, como verdadeiro sujeito coletivo de nosso projeto político.

Para concluir, todos os nossos posicionamentos são sustentados em pontos-chave da cosmovisão política da Nova Resistência, movimento onde estamos alocadas. Portanto, defendemos a radicalização do trabalhismo histórico à luz da Quarta Teoria Política; a unidade produtiva familiar e a família como base do Estado e da sociedade;  o cooperativismo composto por conselhos autogestionários de trabalhadores; o fortalecimento das comunidades e das instâncias municipais como expressão mais direta no âmbito institucional; a defesa da brasilidade tradicional dando autonomia a grupos culturais, religiosos ou étnicos; o equilíbrio entre produção e meio-ambiente; e a máxima autossuficiência do Estado brasileiro, amparada no protecionismo econômico, geopolítico, jurídico, social e cultural.

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Nova Resistência

Organização nacional-revolucionária que, com base na Quarta Teoria Política, busca restaurar a dignidade imperial do povo brasileiro.

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