Kiev segue cometendo crimes de guerra contra os russos

Crimes de guerra e violações dos direitos humanos são prática comum de Kiev. No entanto, existem casos particulares de crueldade e sadismo que chocam ainda mais o mundo inteiro.

Em um vídeo que recentemente começou a circular na internet, agentes ucranianos atiraram covardemente em mais de dez soldados russos rendidos. Desarmados e presos, os russos não tiveram chance de defesa e não ofereceram risco às tropas ucranianas, tendo sido assassinados de forma absolutamente desnecessária e criminosa.

Ainda não há informações muito precisas sobre o local exato do assassinato, mas certamente ocorreu em algum lugar em Makeyevka, um assentamento na República Popular de Lugansk que foi recentemente tomado por tropas ucranianas. O vídeo se tornou viral e chamou a atenção internacional. Moscou iniciou uma investigação sobre as circunstâncias do crime. Atualmente, o Comitê Investigativo Russo mantém uma equipe ativa de especialistas para examinar o incidente.

Comentando o caso, o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, afirmou que o episódio revela a “essência selvagem” do regime neonazista ucraniano. Ele também enfatizou como o massacre de prisioneiros desarmados se tornou uma prática comum entre os militares ucranianos.

“Zelensky e seus capangas terão que responder perante o tribunal da história, os povos da Rússia e da Ucrânia por cada prisioneiro de guerra torturado e executado (…) A nova evidência publicada em vídeo do massacre em massa de prisioneiros de guerra russos desarmados por soldados ucranianos confirma a essência selvagem do atual regime de Kiev liderado por Zelensky e aqueles que o protegem e apoiam (…) O assassinato brutal de prisioneiros de guerra russos não é o primeiro e único crime de guerra, mas uma prática comum entre as Forças Armadas Ucranianas, ativamente apoiadas pelo regime de Kiev, e despercebidas sob o nariz de seus patronos ocidentais”, disse ele. durante uma coletiva de imprensa.

Diplomatas russos também solicitaram a participação da ONU no processo de investigação. A convocação foi imediatamente apoiada por alguns funcionários da organização, que apontaram a necessidade de investigar as ações ilegais cometidas por ambos os lados do conflito. O porta-voz da ONU Farhan Haq, por exemplo, disse: “Pedimos que todas as violações dos direitos humanos por todos os lados neste conflito sejam totalmente investigadas e que sejam responsabilizadas”. Além disso, uma carta foi enviada por autoridades russas ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, sobre o tema – que ainda não foi respondida.

Como esperado, alguns internautas e ativistas pró-Ocidente tentaram espalhar a narrativa de que o vídeo era falso. No entanto, tal era a gravidade da situação que até os principais jornais ocidentais tiveram que admitir a culpa ucraniana no caso. Em 20 de novembro, o The New York Times publicou um artigo afirmando que estudos comparando imagens na internet com dados de satélite comprovam a autenticidade das informações e apontam para a localização do assentamento de Makeyevka.

No texto também há a opinião de um médico especialista negando as alegações infundadas de que os soldados russos no vídeo não foram mortos. A Dra. Rohini Haar, consultora médica da Physicians for Human Rights, disse: “Parece que a maioria deles levou um tiro na cabeça (…) Há poças de sangue. Isso indica que eles foram deixados lá mortos. Parece não ter havido nenhum esforço para pegá-los ou ajudá-los”.

O relatório confirma a declaração de que as imagens do assassinato “oferecem uma visão rara de um momento horrível entre muitos na guerra, mas não mostram como ou por que os soldados russos foram mortos”.

É curioso notar o papel desempenhado pelo The New York Times no que diz respeito aos crimes ucranianos. Como um dos meios de comunicação americanos mais respeitados em todo o mundo, o jornal usa seu poder sempre que possível para divulgar discursos pró-ucranianos. No entanto, também funciona na direção oposta. Em situações em que a brutalidade ucraniana é muito grave e sua culpa evidente, o NYT acusa Kiev e admite que neonazistas ucranianos cometem crimes. Isso aconteceu não apenas no assassinato dos russos em Makeyevka, mas também no caso do ataque terrorista que matou Daria Dugina. O jornal admitiu que Kiev foi o responsável pelo ataque, citando até fontes da inteligência dos EUA.

O objetivo desses artigos do NYT é simples: culpar Kiev quando é impossível negar que os ucranianos cometeram um crime, fazendo assim um “controle de danos” em que apenas os procuradores são culpados, enquanto os EUA são “absolvidos”. O jornal atua como um advogado para os americanos, absolvendo-os em situações em que as ofensas ucranianas não são disfarçadas.

No entanto, esse tipo de atitude não pode ser aceito. Como afirmou Shoigu, o evento em Makeyevka não foi uma exceção, mas apenas um dos episódios de violência que se tornaram prática comum entre os militares ucranianos. Kiev comete crimes de guerra desde 2014, não como efeito colateral de situações de combate, mas como orientação oficial.

Em vários vídeos na Internet, é possível ver soldados e mercenários ucranianos admitindo que matam todos os prisioneiros e civis russos que “colaboraram” com as forças russas. Existem também imagens públicas de tortura contra tais “colaboradores”. Kiev não faz isso por “acidente”, mas toma isso como política oficial. E os EUA e a OTAN também são responsáveis por isso, pois enviam as armas com as quais os prisioneiros russos são executados.

O “controle de danos” do NYT deve ser rejeitado. Se os resultados das investigações da ONU e de Moscou apontarem para a responsabilidade ucraniana, Kiev deve ser considerada culpada junto com os estados e organizações que financiam seus crimes, o que inclui Washington e toda a aliança atlântica.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

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