Institutos de pesquisa são farsa! CPI já!

CPI JÁ!

Na prática, as pesquisas eleitorais são mecanismos de psyops, cuja finalidade é construir cenários ilusórios para forçar narrativas de “utilidade de voto”.

Se segunda-feira, os diretores dos principais institutos de pesquisa do Brasil (Datafolha, IPEC, Quaest, PoderData, etc.) não saírem presos será ultrajante. No mínimo, é necessário iniciar uma CPI ou mesmo iniciar um projeto de lei proibindo as pesquisas eleitorais em nosso país.

A maioria dos institutos dava 33 a 35% de votos para o Bolsonaro. Alguns davam 30%! Os mesmos institutos davam 50-51% ou até 52% de votos para Lula. Os petistas já cantavam vitória antes do tempo. Isso não é só cara de pau, é tentativa clara de engenharia social.

A Rede Globo já saiu, antecipadamente, em defesa das pesquisas eleitorais, dizendo que elas não erram, nem acertam resultado. Ora, se não servem para prever resultado, e não erram nem acertam, então qual é sua utilidade? Para que existem? Servem para quê?

Na prática, as pesquisas eleitorais são mecanismos de psyops, cuja finalidade é construir cenários ilusórios para forçar narrativas de “utilidade de voto”, convencendo o eleitorado menos convicto de mudar voto ou selecionar candidatos com base na probabilidade de vitória.

Nesse sentido, o propósito é construir profecias autorrealizáveis. Se a mídia martela na cabeça do eleitorado que um candidato que, no mundo, real possui 15% dos votos, na verdade possui 8 ou 10% dos votos, a tendência é que seu eleitorado, desanimado, procure um candidato melhor posicionado.

Em uma democracia autêntica, o voto deve ser dado por convicção ideológica e fé em um programa de governo. As pesquisas eleitorais reforçam o papel da mídia e dos financistas por trás dos grandes grupos midiáticos e viciam a vontade popular pela engenharia social.

Em tempo:

Um 2º turno entre Bolsonaro e Lula é uma desgraça. Será uma campanha baseada em polemismo pueril e lacração. Disputa fantasiosa entre “ameaça fascista” e “ameaça comunista”. Estará ausente qualquer sombra de Projeto Nacional. E o fato dos dois candidatos terem recebido quase a mesma quantidade de votos, os dois perto dos 45%, dá testemunho da polarização artificial, no modelo estadunidense, que se conseguiu construir no país.

A capacidade de Tebet e Ciro de influenciar o 2º turno é pequena. O que realmente contará será a disputa pelos nulos, brancos e ausentes, que compõem aí 40 milhões de eleitores possíveis em uma disputa com diferença de 6 milhões de votos, apenas, entre Lula e Bolsonaro. Será, portanto, uma disputa fundada em transformar o adversário no maior espantalho possível, onde os delírios antifascistas e anticomunistas atingirão seu nível máximo, e onde os militontos dos dois lados apresentarão essa disputa, entre facções liberais, em uma disputa entre o bem e o mal, quando no máximo se poderia tratá-la como uma lamentável escolha entre mal maior e mal menor.

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Raphael Machado

Advogado, ativista, tradutor, membro fundador e presidente da Nova Resistência. Um dos principais divulgadores do pensamento e obra de Alexander Dugin e de temas relacionados a Quarta Teoria Política no Brasil.

Artigos: 26

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