140 anos do imortal Getúlio Vargas

19 de Abril é um dia augusto, um dia abençoado que deveria ser considerado feriado nacional e comemorado com festividades públicas: é o aniversário de Getúlio Vargas.

A Nova Resistência já escreveu milhares de linhas sobre Getúlio Vargas ao longo de 7 anos, então é desnecessário ser excessivamente prolixo. O que é fundamental é recordar que Vargas foi e permanece o maior líder da história brasileira.

Não é necessário concordar com cada decisão tomada ao longo dos seus governos, basta que se reconheça que, para todos os efeitos, Vargas deu um toque profundo na própria construção do Brasil, que ainda engatinhava quando da Revolução de 30 apesar dos 400 anos do Descobrimento (e que permanece inacabada mesmo hoje).

Dele praticamente se poderia dizer, como de Augusto, que “pegou uma cidade de barro e deixou uma de mármore”, tantas foram suas obras públicas de infraestrutura, as estatais criadas, os monumentos deixados, as instituições organizadas, etc.

Vargas foi muitos homens ao mesmo tempo. Eu, particularmente, gosto de ressaltar o ethos heróico de Vargas. Não o Vargas “político da capital”, mas o Vargas “ginete de fronteira”. Porque a Revolução de 30, tão surpreendente, inesperada, quase como uma erupção vulcânica na história brasileira, só poderia ter vindo das mãos de um homem “de fora”, alguém que não era parte dos pequenos jogos da política burguesa da época e que, ao contrário, veio para quebrar o jogo, para impor novas regras, para que a política não fosse um comércio, mas uma arte a serviço da pátria.

Vargas não era um homem de pequenos cálculos e tímidas decisões. Ele era um homem corajoso, ousado, amante do perigo, capaz de decisões absolutamente destemidas, ainda que sempre fruto de profundas reflexões. Educado em uma “cultura de honra” (em distinção às culturas de vitimização ou dignidade), Vargas encarou todos os desafios de frente, com estoicismo e paixão.

Da Revolução ao Suicídio, existe algo de poético, de estético, dramático na trajetória de Vargas. Infelizmente, não surgiu ainda ninguém após sua morte à altura dele em qualquer dimensão, seja pessoal e ética ou da perspectiva das realizações.

Permanecemos sob sua sombra: uns querendo destruir tudo que ele construiu, outros querendo construir e expandir a partir do que ele deixou.

E nós, da Nova Resistência, seguimos mantendo erguido o estandarte de Getúlio Vargas.

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Raphael Machado

Advogado, ativista, tradutor, membro fundador e presidente da Nova Resistência. Um dos principais divulgadores do pensamento e obra de Alexander Dugin e de temas relacionados a Quarta Teoria Política no Brasil.

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