A necessidade de uma atual Revolução Conservadora

Entre a aridez cibelina da pós-modernidade e um conservadorismo burguês impregnado pela decadência moderna, urge a retomada de uma revolução que realmente faça jus aos ideais tradicionais de todas as civilizações. Um chamado de nossos ancestrais e para o nosso futuro.

Na proximidade do “fim da história” em que vivemos, é difícil enxergar no nevoeiro ideológico destes dias algo que seja legitimamente nobre para ser defendido. As antigas causas revolucionárias proletárias da esquerda (que atualmente é só mais um espectro do titã liberal), se transmutaram em “quebra de tabus”, pervertendo tudo o que ainda resta de puro no cotidiano dos homens e mulheres ao redor do planeta inteiro. As revoluções que antes detinham algum vestígio de honra, dignidade, marcadas pelo operariado se levantando de forma viril, brutal e até mesmo mítica contra a exploração capitalista, deram lugar à imundície pós-moderna. O trabalhador revolucionário de outrora foi assassinado pelo monstro da usura, e então foi ressuscitado como um ser de “gênero não-binário” de cabelo roxo.

O pior é que, pelo outro lado, quando se fala em “conservadorismo”, é preciso questionar: o que há para conservar? As noções de família da burguesia corroeram o que de fato pregavam as Tradições como o núcleo ou seio familiar. O neoliberalismo engoliu a vida dos clãs e famílias. Homens e mulheres, que outrora tiveram suas funções naturais definidas, hoje são esmagados pela fauna cinzenta das urbes. Com um único filho/filha e com um animal de estimação como único companheiro da criança, todos vivendo em um apartamento minúsculo, se alimentando de veneno, não tendo praticamente nenhum vínculo firme com alguma Tradição que ainda resista minimamente à tempestade pós-moderna, e mesmo assim dando sermões de apoio a políticos que usam jargões sobre conservadorismo… é isso o que se tem para conservar?

O que é mais engraçado é que as grandes corporações, os meios midiáticos, os think tank’s, as ONG’s financiadas por bancos e oligarcas, apoiam tudo isso. Ambos os lados da moeda. E todos os “revolucionários” ou “conservadores” apoiam aquilo que os convém acreditar. Não enxergam sua própria cegueira.

A Revolução Conservadora nunca foi tão necessária quanto nos dias de hoje. Pois, para trazer os valores dourados de outrora à uma sociedade de ferrugem, é preciso Revolucionar, independente dos meios pelos quais isso seja feito. Precisamos de um conservadorismo revolucionário fanaticamente heroico, com valores incorruptíveis. Apenas dessa maneira será possível fazer regredir a destruição moral e espiritual destes dias obscuros.

“Conservadorismo” e “revolucionário” se tornaram palavras que causam terror; a primeira aos esquizofrênicos da esquerda, e a segunda aos esquizofrênicos da direita. O uso do termo “revolução conservadora” é bem apropriado ao pensarmos nessa realidade hilária do mundo neoliberal.

Transcendamos os valores imundos deste sistema de massas progressista, economicista, puramente materialista, com os valores necessários para o retorno ao sagrado. Coloquemos o real Nietzschianismo em prática, destruindo todos estes valores medíocres, perversos, e que assim levantemos valores pelos quais vale à pena morrer para conservar.

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Elizeu Gasparini

Lutador, praticante de treinos de força, entusiasta da violência e de boas leituras.

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3 comentários

  1. Nada de original, o mesmo discurso da direita toda vez que o capitalismo entra em crise e precisa do fascismo ou do bonapartismo por uma década para reorganizar o capital e voltar à liberdade democrática para continuar crescendo, geralmente no final de séculos: Martinismo de Joseph De Maistre logo pós a Revolução Francesa na década de 1790, Restauração com dando Carlos X por 7 anos em 1824, movimento simbolista na década de 1990, nazismo por 12 anos em 1933, revalorização de filósofos e escritores místicos, psicológicos e monarquistas contra racionalistas, republicanos e sociológicos após a Queda do Muro na década de 1990 (Nietzsche e Heidegger vs Marx e Hegel, Lima Barreto vs Raul Pompeia), o fogo de palha dos “patriotas” agora (Trump, Orban, etc). No pasarán.

  2. Nada de original, o mesmo discurso da direita toda vez que o capitalismo entra em crise e precisa do fascismo ou do bonapartismo por uma década para reorganizar o capital e voltar à liberdade democrática para continuar crescendo, geralmente no final de século: Martinismo de Joseph De Maistre logo após a Revolução Francesa na década de 1790, Restauração, resultando em Carlos X por 7 anos em 1824, movimento simbolista na década de 1990, nazismo por 12 anos em 1933, revalorização de filósofos e escritores místicos, monarquistas e psicológicos contra racionalistas, republicanos e sociológicos após a Queda do Muro na década de 1990 (Nietzsche e Heidegger vs Marx e Hegel, Lima Barreto vs Raul Pompeia) e o fogo de palha dos “patriotas” agora (Trump, Orbán, etc.). No pasarán.

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