The Neon Demon é um filme sobre a indústria da moda e sua obsessão com a juventude e a beleza. No entanto, através de sua história e simbolismo, o filme revela a perturbadora mentalidade do mundo da moda e sua elite oculta por trás dele.
Avisos: Este artigo aborda assuntos perturbadores. Spoilers gigantescos em seguida!
The Neon Demon é doloroso de assistir. Não está apenas cheio de longas sequências hipnóticas que enfatizam a superficial autoimportância do mundo da moda, ele deliberadamente se concentra em algumas das práticas humanas mais desconcertantes possíveis, incl uindo pedofilia, necrofilia, canibalismo e assassinatos rituais. Todos esses horrores são apresentados de uma forma esteticamente agradável, e colocados em um contexto descolado e elegante, em uma aparente tentativa de normalizá-los.
Como a maior parte do entretenimento analisado no Vigilant Citizen, este filme deixa um sentimento desagradável, como se a própria alma da pessoa fosse violada pelo que acabou de assistir. Claro, esse tipo de resultado vindo de um “filme de terror psicológico” é esperado, mas a parte mais perturbadora deste filme não é a ficção: são as verdades sombrias do “mundo real” que parece celebrar.
Através da história de uma jovem garota inocente que se muda para Los Angeles, com grandes sonhos de ser uma modelo internacional, The Neon Demon revela a repulsiva face da indústria do entretenimento.
Vamos dar uma olhada em The Neon Demon.
Cultura da Morte
Sujeitar-se a esse tipo de filme significa ser exposto à mentalidade retorcida daqueles por trás dele. E desde o início, The Neon Demon nos dá uma visão completa do que é o mundo da moda: celebrar uma cultura da morte enquanto se aproveita devorando a juventude a e inocência.
Se você já leu as edições anteriores de Symbolic Pics of the Month, já sabe que essa tendência está acontecendo nas sessões de fotos reais na moda. Aqui está um exemplo de uma sessão de fotos real onde a modelo é basicamente um “cadáver elegante”.
Devorando Juventude
A modelo na sessão de fotos sangrenta é Jesse, uma modelo de 16 anos de idade que é “nova na cidade”. Ela conhece Ruby, uma maquiadora que lhe faz perguntas bem específicas, indiferentemente.
– Você acabou de chegar em Los Angeles, Jesse?
– Como você sabe?
– Você tem aquele visual. Não se preocupe, querida. Essa coisa toda de cervo sob os holofotes é exatamente o que eles querem.
O “cervo sob os holofotes” (deer-in-the-headlights) significa juventude e inocência, a presa. “Eles” rapinam e se alimentam disso… Literalmente.
Depois de saber sobre a situação vulnerável de Jesse, Ruby a convida para uma festa. É assim que os recém-chegados são apresentados à bolha social claustrofóbica que é o mundo da moda.
Ruby menciona que as cores do batom tendem a vender mais quando recebem o nome de comida ou sexo. Ela então pergunta a Jesse:
– Você é comida ou sexo?
Essa pergunta estranha se tornará extremamente relevante mais tarde no filme. Na verdade, existem duas maneiras da energia vital dela ser “consumida”.
As garotas então assistem a um show bizarro que apresenta uma modelo amarrada. No clímax do show, ela é suspensa no ar e colocada em uma posição que carrega um importante significado simbólico.
A posição da modelo lembra fortemente o Arco da Histeria, de Louise Bourgeois.
Essa obra de arte e posição em particular, mostraram ser importantes para a elite ocultista. O assassino em série Jeffrey Dahmer colocou uma de suas vítimas, decapitada, naquela posição específica.
Dahmer era um canibal. The Neon Demon também lida com canibalismo. E mais. Com o abuso de menores.
A certa altura, o dono do motel diz ao amigo de Jesse para dar uma olhada em uma garota em seu motel.
Dê uma olhada no quarto 214 se você tiver uma chance. Fugida. Treze anos de idade. Merda de lolita real. Quarto 214. Precisa ser vista.
Por meio dessas várias cenas, entendemos que Jesse entrou em um mundo sujo que quer consumi-la.
Entrando na Indústria
Jesse logo é recrutada por uma agência de moda que lhe promete trabalhar com “todos os grandes estilistas”, o que a levará ao “sucesso internacional”. Quando Jesse admite que tem apenas 16 anos de idade e que não se formou no ensino médio, ela é instruída a dizer às pessoas que tem 19 anos.
Ninguém se importa que ela é menor de idade. Na verdade, sua juventude lhe dá aquele “algo” que a indústria desesperadamente caça. A juventude não é apenas para vender cópias de revistas, ela é explorada em um nível mais profundo. Antigas civilizações costumavam sacrificar jovens virgens porque se acreditava que elas tinham a maior “potência mágica”. Este conceito ainda está vivo hoje. Pessoas com grande riqueza, poder e influência acreditam nesses conceitos ocultos que a maioria pensa estarem desatualizados. The Neon Demon aborda essas coisas de uma maneira velada.
Quando Jesse vai para sua primeira sessão de fotos com um “grande” fotógrafo, as coisas ficam estranhas.
Quando o fotógrafo vê Jesse com seus adesivos dourados, ele parece tomado por ela. Ele diz a todos os presentes para saírem da sala. Ele então ordena que Jesse tire todas as suas roupas. Ela ainda tem 16 anos.
Transformação
Aquele “algo” que Jesse possui a leva a estrelar um desfile de moda. Este show começa normalmente mas logo se transforma em um longo e hipnótico ritual que parece transformar profundamente Jesse.
Enquanto Jesse caminha pela passarela, uma cena alternativa ocorre simultaneamente em uma dimensão “superior”. O desfile de moda é a iniciação de Jesse na indústria, onde ela descobre sua nova persona alternativa.
Depois do show, uma nova, sexy, e não mais inocente Jesse, nasce.
Sob o Olho Que Tudo Vê
À medida que Jesse avança no mundo da moda, somos sutilmente apresentados ao mundo oculto e sombrio que o governa. Também somos fortemente apresentados ao símbolo que o representa: o onipresente Olho Que Tudo Vê (é claro). No filme, o olho que tudo vê, também conhecido como olho no céu, está associado à lua.
Quando eu era criança, eu fugia para o telhado à noite. Achava que a lua parecia um grande olho redondo. E eu olhava para cima e dizia: você me vê?
Jesse queria ser notada pela indústria do entretenimento. Ela queria que o “grande olho redondo” a visse. Bem, ele a viu. Ela foi iniciada na indústria.
Quando as coisas ficam perigosas em seu motel, Jesse é convidada a ficar na casa de Ruby… E as coisas ficam ainda mais estranhas. A presa agora está confinada dentro de uma casa da elite, e os predadores estão circulando.
Quando Jesse a afasta, Ruby fica brava. Se Jesse não pode ser sexo, ela será comida (você se lembra da citação acima?). Mas primeiro, Ruby precisa fazer algo bem rápido.
Na cena seguinte, vemos Ruby em seu segundo emprego numa casa mortuária onde ela faz maquiagem em cadáveres. Ao receber o corpo de uma jovem, Ruby fica muito excitada.
Enquanto a cena perturbadora ocorre, outra cena é justaposta a ela.
Essa parte incômoda é arrastada por um longo tempo. À medida que Ruby fica excitada e os sons de gemidos se intensificam, percebemos que os cineastas estão realmente se esforçando para tornar essa cena estimulante para os espectadores. Tipo, eles realmente gostam dessas coisas e querem que nós também gostemos.
Depois dessa cena desnecessária, Jesse coloca um vestido sem motivo aparente. Ela se torna o cordeiro sacrificial.
Quando Jesse sai, Ruby e suas duas amigas modelos vão atrás dela e a matam.
Ruby e suas amigas não apenas matam Jesse… Elas a consomem. Literalmente.
Após essa cena nauseante, vemos Ruby participando de um estranho ritual sob a lua cheia – o “grande olho redondo”. Ela está demonstrando servidão ao Olho Que Tudo Vê.
Enquanto isso, as outras duas modelos que consumiram Jesse participam em uma sessão de fotos de alto nível. Aparentemente, comer Jesse deu a elas o fator “algo” que as torna desejáveis para a indústria novamente. No entanto, durante a sessão de fotos, uma das modelos passa mal.
O que ela faz com o globo ocular? Adivinhe.
Então, com um olhar completamente vago no rosto, a modelo volta para o ensaio de moda. **entra a música pop da cantora pop moderna Sia.**
Então, o que diabos aconteceu? Qual é a moral da história?
Bem, “moral” não é realmente uma palavra que se aplica aqui. “Moral” significa “preocupado com os princípios dos comportamentos certos e errados, e com a bondade ou maldade do caráter humano”. Não há “moral” aqui, apenas uma exposição do que é o mundo da moda.
The Neon Demon descreve como a indústria ataca as meninas (de preferência muito jovens), prendendo-as num mundo do qual não conseguem escapar. Ele retrata como pessoas da indústria estão envolvidas em práticas doentias motivadas por rituais sombrios.
Jesse, uma garota simples de uma cidade pequena, estava cheia de beleza natural e vitalidade que os vampiros sem alma de Hollywood anseiam tão desesperadamente. Depois de anos dentro da fossa que é a indústria da moda, toda a sua humanidade foi retirada deles, deixando-os ansiando por sangue jovem.
Almas inocentes ainda não maculadas pela indústria são atraídas para o “círculo interno”, para então serem exploradas. Quando não podem mais ser utilizadas, são descartadas. Aqueles que realmente fazem sucesso na indústria lucram com a exploração – aqueles que “absorvem” a força vital dos outros. Os que conseguem são aqueles que venderam completamente suas almas e estão dispostos a engolir o globo ocular da elite oculta para continuar.
The Neon Demon é sobre celebrar tudo isso. Literalmente.
Conclusão
Depois de assistir The Neon Demon, não surpreende saber que ele falhou nas bilheterias. É uma peça indulgente, auto-engrandecedora e promocional da indústria para a indústria.
E não, o filme não tem como objetivo “expor” ou “revelar” nada. Na verdade, tenta tornar tudo legal, moderno e elegante. O que torna este filme mais perturbador é o fato de que há uma verdade real por trás da ficção. As pessoas nos níveis mais altos dessas indústrias estão de fato mergulhadas em abuso sistemático, exploração, e todos os outros tipos de práticas doentias. Eles estão tão protegidos pelo sistema, que podem fazer filmes sobre essa porcaria e ninguém interrompe a diversão deles.
Por quê eles estão tão dentro disso? Bem, uma vez que você engole o globo ocular da elite oculta, você está infectado pelo resto da vida… Ou você morre.
Fonte: The Vigilant Citizen
E… a:
Arte.
Literatura.
Como ficam?
E os livros no Brasil?
Saúde & educação. Geral. E irrestrita. Isso sim.
O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua vida diária boa. Educação nas Escolas. Ter músicas realmente boas no dia a dia. E bons hospitais. O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua música. PT venera a Indústria Cultural. Melhor para dominar. Literatura e alta cultura é de que o Brasil necessita a tempo nas nossas escolas e na educação das curuminhas. E de música boa. Esteticamente boa. A frente de tudo a qualidade de 1ª. Estética.
O Jogo de Cartas da Educação Infantil: Seria o bom gosto nas escolas. Tal qual Tarkovsky. Ou como o cinema antigo (de qualidade brasileiro).
Eis: 1º lugar educação dos mais jovens, para se ter solidez no futuro próximo. Necessitamos muito de bons hospitais. E escolas boas para os curumins. Precisamos de alta-cultura. Alta literatura; Kafka, Drummond, Dostoievski, Machado de Assis, Aluísio Azevedo do Maranhão. De arte autônoma. E educação verdadeira nas escolas dos pequenos. O que não houve. O Brasil vive consequência de nosso passado político bem atual (2 décadas). Fome, falta de moraria, atraso, breguices, escolas ruins, falta de hospitais: concreto… O resto são frasinhas® poderosas: Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica: A “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©. Nada se fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e propagandas e publicidade. Frasinhas. Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos dessubstancializados. Sem corporeidade. Aqui a superficialidade do PETISMO®: Signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda pura. O PT é truculento.
PT = desonra. Ignomínia. Indigno. Poluição. Realidade crua.