A Questão Chinesa não é um bicho de 7 cabeças

China não substituirá os EUA enquanto potência imperialista.

O primeiro passo é compreender que a China não possui capacidade ou interesse de substituir os EUA como hiperpotência hegemônica global.

E as condições geopolíticas objetivas tornam impossível um retorno à bipolaridade. Ademais, não há simetria espiritual e ideológica entre EUA e China hoje para falarmos em nova bipolaridade.

Superado tudo isso e conscientes da multipolaridade emergente, vários países se deparam com a situação fática da invasão de produtos chineses, quebrando fábricas e gerando economias dependentes.

Ou seja, é um problema fundamental comercial.

Esse problema se soluciona negociando. Os chineses não são cruzados ideológicos ou messianistas românticos. A China negociará com qualquer um e pretende se adaptar a qualquer mudança.

Faltam governos soberanos, conservadores, populares, para sentar na mesa como adultos com os chineses e defender os interesses de seus povos.

Com os EUA não funciona assim.

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Raphael Machado

Advogado, ativista, tradutor, membro fundador e presidente da Nova Resistência. Um dos principais divulgadores do pensamento e obra de Alexander Dugin e de temas relacionados a Quarta Teoria Política no Brasil.

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