Nestes dois excertos, Alberto Pasqualini, um dos principais ideólogos do Trabalhismo, define o papel do Estado na construção da verdadeira democracia social.
“A justiça social exige que, a cada criatura humana, seja assegurada a possibilidade de um mínimo de conforto e bem-estar, isto é, de participar dos benefícios da civilização e da cultura. Esse deve ser o objetivo de toda organização social. Para isso, porém, não basta enunciar o princípio teórico da igualdade de oportunidade, mas é necessário dar-lhe um sentido concreto e prático, isto é, cumpre que o Estado ponha a oportunidade ao alcance de todos, a fim de que cada um possa aproveitá-la de acordo com as suas necessidades, as suas tendências e as suas aptidões”
“A função precípua do Estado deve ser hoje a realização da justiça social. Se a justiça social, como comumente se admite, se traduz por uma equitativa distribuição da riqueza, isto significa simplesmente que, garantido um mínimo fundamental, a participação de cada um no produto social (isto é, no acervo dos bens produzidos) deve estar em relação ao valor social do seu trabalho, isto é, ao grau de sua contribuição para a produção desses bens e para o bem-estar geral. Essa parece ser a essência do trabalhismo”
Alberto Pasqualini- Bases e sugestões para uma política social