O Prof. Dugin conclama pela unidade entre todas as forças anticoloniais (esquerda e direita) da América Latina, a fim de trabalharem em conjunto na criação de uma espécie de Quarta Teoria Política contra todos as estruturas pró-EUA e pró-globalismo.
A América Latina é mais uma vez o território da dialética geopolítica da colonização/descolonização. Em todos os lugares – Bolívia, Chile, Argentina, Brasil, Venezuela, Uruguai e assim por diante encontramos o mesmo padrão: liberais pró-EUA (+ extrema direita liberal) vs forças de descolonização, principalmente de esquerda.
É óbvio que a América Latina precisa urgentemente de um novo mapeamento ideológico, porque o comunismo e a teologia da libertação católica são obsoletos e não funcionais, fracos demais para fins de mobilização… E essa fraqueza é hoje claramente perceptível. Amanhã ela será fatal para todas as forças e movimentos anticoloniais.
A agenda de hoje, porém, é geopoliticamente clara: não importa o quão ruim seja o governo dos líderes anticoloniais, o golpe pró-EUA ou os políticos eleitos democraticamente pró-EUA são sempre muito piores. Com o muro que Trump está construindo, ser um político pró-EUA na América Latina é um ato de alta traíção e deveria ser imediatamente punido.
Estamos à beira de um novo ciclo de descolonização que ocorrerá em toda a América do Sul. Parece que estamos entrando em uma guerra civil continental. Portanto, todas as forças anticoloniais (esquerda e direita) devem estar unidas, trabalhando ao mesmo tempo na criação de uma nova teoria política (populista, latinista, além da esquerda e da direita – uma espécie de Quarta Teoria Política) contra todos as estruturas pró-EUA e pró-globalismo – antes de tudo contra liberais de todos os tipos.
Precisamos de um novo conjunto de símbolos, pessoas e movimentos.
