Já não pode existir qualquer dúvida quanto à completa falta de empatia de Bolsonaro em relação aos brasileiros. Há tempos temos alertado que ele é um psicopata, que tem por objetivo atender os interesses de parasitas e das potências estrangeiras.
Tendo ciência da epidemia de coronavírus desde muito antes dela chegar no Brasil, Bolsonaro não tomou NENHUMA medida para evitar sua chegada; e mesmo com as mortes diárias se acumulando, continua não tomando qualquer medida concreta contra a pandemia.
Fomos o último país do continente a fechar fronteiras, bem como o último fechar parcialmente os aeroportos (parcialmente, porque não se aplicou aos EUA, país onde a pandemia está muito mais difundida e forte do que aqui).
Espalha na mídia que o novo coronavírus não passa de uma “gripezinha”, incentiva manifestações de seguidores e, estando infectado, quebra quarentena para se misturar a idosos. Ele ainda tenta sabotar todas as iniciativas tomadas pelos governadores estaduais durante a crise.
O seu governo parece querer seguir uma estratégia laissez-faire, de deixar a metade da população se infectar, e se algumas centenas de milhares ou um milhão acabarem morrendo eventualmente — segundo ele — fazer o quê?
Mas tudo sempre pode piorar.
A Medida Provisória (o MP DA MORTE), assinada por ele na calada desta noite, é um decreto de MORTE para o trabalhador brasileiro e um exemplo de uma iniciativa desastrada que vai piorar a violenta recessão que vai nos atingir.
O mentecapto-mor decidiu agredir mais um ponto da CLT, permitindo que os empregadores deixem de pagar o salário dos trabalhadores por quatro meses: algo inaceitável, mesmo em cenário de calamidade pública, e muito pior hoje, quando a circulação de pessoas está a cada dia mais restrita e o confinamento num horizonte próximo.
Em vez de proteger os mais vulneráveis nessa hecatombe, o psicopata que suja a faixa escolheu mais uma vez agir em prol do Capital.
O governo tinha de fazer justamente o contrário. Aplicar o artigo da CLT ao mesmo tempo que proíbe demissões nesse período e criar um programa de renda mínima no valor de um salário mínimo.
Tudo, absolutamente TUDO, que Jair Bolsonaro está fazendo nessa crise é estúpido e só vai aumentar a mortalidade, a fome e o caos dentro do país.
O (des)governo também não criou nenhuma compensação para os trabalhadores que ele quer deixar quatro meses sem salário. Como não têm salário, e como não podem sair de casa, Bolsonaro quer matá-los de fome, literalmente.
Quando hordas de esfomeados e desesperados começarem a fazer arrastões nos bairros das principais cidades brasileiras por não terem salário, emprego ou renda, o que Bolsonaro vai dizer? Que são “vagabundos”? Que a culpa é dos “governadores”? Que é “histeria da imprensa”? Que são “comunistas”? Vai urrar, “mas e o PT”? Vai perguntar “o que o Lula fez contra o coronavírus”?
Pressionado, despertando ira em seus próprios seguidores, Bolsonaro voltou atrás…APENAS em um dos 39 pontos da MP DA MORTE, aquela que diz sobre os 4 meses de suspensão do contrato de trabalho.
Ainda estão ali bancos de horas infnitos, que levarão milhões de trabalhadores a terem jornadas de trabalho de 10 horas por dia por meses após a pandemia; a antecipação de feriados como compensação por dias não trabalhados e, para piorar, a “livre” negociação (que não é livre) individual dos contratos, suspendendo todas as garantias previstas em contrato coletivo.
Que os trabalhadores tenham isso em mente nos próximos dias: além de negar a gravidade dessa pandemia, além de não agir para conter a crise com a rapidez requerida, além de sabotar a tentativa dos governadores de diminuir a disseminação do coronavírus: o presidente de ocupação QUER MATAR O POVO BRASILEIRO DE FOME e levar o país a uma conflagração social.
Bolsonaro quer que você morra de fome.
Lembrem-se disso quando chegar a hora do ajuste de contas.