Gullo – “O que é bom para a oligarquia financeira internacional nunca pode ser bom para os povos”

O politólogo argentino Marcelo Gullo comentou essa semana em seu perfil na rede social Facebook sobre a unidade de fundamento e propósito de todos os projetos do liberalismo filosófico, para assim traçar qual deve ser a dualidade fundamental de nossa época, aquilo que nos distingue de nossos inimigos.

“Nosso critério de Verdade.

Se a oligarquia financeira internacional, através de suas ONGs, financia o livre-comércio e a privatização selvagem das empresas do Estado, isso quer dizer que isso não é bom para os povos.

Se a oligarquia financeira internacional, través de suas ONGs, financia o fundamentalismo de mercado, isso quer dizer que isso não é bom para os povos.

Se a oligarquia financeira internacional, através de suas ONGs, financia a ideologia de gênero, isso quer dizer que isso não é bom para os povos.

Se a oligarquia financeira internacional, através de suas ONGs, financia a imposição da linguagem inclusiva, isso quer dizer que isso não é bom para os povos.

O que é bom para a oligarquia financeira internacional nunca pode ser bom para os povos”.

Com esse comentário, ele destaca também o papel central exercido pelo chamado “complexo industrial sem fins lucrativos” no processo de construção da hegemonia cultural do liberalismo pós-moderno, abarcando da dimensão econômica (neoliberal) à dimensão cultural (progressista).

Aqueles que só se opõem a um único aspecto desse grande projeto totalitário liberal estão, na prática, promovendo os outros aspectos. Ter noção disso é fundamental. Sem essa compreensão não conseguiremos dar um único passo rumo à soberania.

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Marcelo Gullo

Doutor em Ciência Política pela Universidade do Salvador. Mestre em Relações Internacionais pelo Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais da Universidade de Genebra. Graduado em Estudos Internacionais pela Escola Diplomática de Madri. Licenciado em Ciência Política pela Universidade Nacional de Rosário. Professor da Universidade Nacional de Lanús e da Escola Superior de Guerra.

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