O mercado está felicíssimo com a proposta de Reforma da Previdência que o governo de Bolsonaro, Mourão e Guedes vai tentar passar no Congresso.
Se aprovada, os fundos privados vão administrar os recursos dos trabalhadores para aposentadorias que não vão chegar para a imensa maioria, dado que a idade mínima é de 65 anos mas com um gatilho que a eleva a cada quatro anos. O sujeito que pensa poder se aposentar hoje aos 65 anos, quando chegar lá vai descobrir que só poderá fazê-lo com 70, por exemplo.
Quer dizer, grande parte da população brasileira não vai se aposentar, NUNCA. E dos que se aposentarem, boa parte vai usufruir quase nada, já que vai estar pra bater as botas.
É uma coisa que só poderia ser gestada mesmo em cérebros psicopáticos como o de Paulo Guedes e os da família Bolsonaro.
Os servidores públicos serão forçados a previdências complementares, cuja alíquota não poderá ser menor do que aquelas que eles pagam para o INSS.
Não passa um dia sem alguma notícia na Rede Globo sobre questões previdenciárias, sempre ressaltando a necessidade e inevitabilidade da reforma. Não raro apela-se a supostas crises e tragédias causadas em países estrangeiros pela demora em se empreender reformas neoliberais em seus sistemas previdenciários.
A mídia se revela novamente como aparato de propaganda e não como veículo de difusão de informações. Do contrário, não é verdade que haveria grande divulgação midiática do fato de que a CPI da Previdência não encontrou qualquer déficit? Não receberia ampla divulgação o fato de que nas contas que encontram déficit na Previdência não são levadas em consideração várias fontes de contribuição constitucionalmente determinadas?
Na verdade, a Reforma da Previdência é uma bandeira ideológica, cujo objetivo é enfraquecer a Previdência Pública e fortalecer as corporações da previdência privada, muitas das quais possuem ligações íntimas com políticos de vários partidos.
Certamente, para essas corporações milionárias, a Reforma da Previdência vai ser uma boa oportunidade para que as mesmas se tornem corporações bilionárias. E tudo com base em um mito, uma farsa, uma fraude: a noção de que existe um déficit na Previdência. Na medida em que a Previdência faz parte do sistema de Seguridade Social, de antemão já poderíamos afirmar que inexiste déficit na Previdência.
Mas mais do que isso, toda a propaganda pró-reforma do governo se baseia em cálculos que não levam em consideração todas as fontes de custeio e financiamento da Previdência. Os cálculos do governo excluem COFINS, CSLL e concursos de prognósticos. Tudo isso somado não custeia apenas a Previdência, mas TODO o sistema de Seguridade Social, deixando ainda um superávit de 20 bilhões de reais (em 2015)!
Mas esse superávit poderia ser MAIOR. Não é por causa de uma fraude. Essa fraude praticada pelo governo se baseia em um outro CRIME de improbidade cometido por ele: o governo utiliza a receita da Seguridade Social (que a Constituição ordena que seja utilizada apenas para a Seguridade Social) para aplicar em outros gastos orçamentários, especialmente o pagamento de juros (gerados pelo lançamento de títulos para controlar a SELIC).
Isso é feito através do artifício inconstitucional da desvinculação de receitas da União!
Dinheiro das nossas aposentadorias e pensões é utilizado para pagar banqueiros nacionais e internacionais. E quando faltar esse dinheiro, seremos nós que teremos que pagar mais, e por mais tempo, para seguir financiando este sistema de escravidão dos juros, a usurocracia internacional.
É necessário ainda, afirmar, que todos os últimos governos têm sido espantosamente generosos com o perdão de dívidas de grandes empresas e bancos, a maioria das quais de teor essencialmente previdenciário, como o PIS (Programa de Integração Social) e o COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), lesando então uma das formas de custeio previstas na CF e regulamentadas por leis complementares. Foram ao menos 545 Bilhões na forma de isenções, o que seria suficiente para custear por anos a Previdência, se não toda a Seguridade Social!
Reformas como essa deixam claro a estupidez daqueles que votaram em Bolsonaro para Presidente. Foi quase como se o povo brasileiro resolvesse por um suicídio coletivo.
Sai governo, entra governo e não muda o fato de que todos esses que têm nos governado há mais de 30 anos são funcionários de um mesmo sistema globalista internacional cuja finalidade é concentrar as riquezas nas mãos de um pequeno número de famílias e condenar os outros bilhões de seres humanos à indigência e precariedade.
PT, PSDM, PMDB, PSL, são todos inimigos do povo brasileiro!
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