O Grande Reset é o projeto de reestruturação econômica e engenharia social global anunciado pelo Fórum de Davos no ano passado, em plena pandemia. Como parte de sua pauta, temos o capitalismo verde (que implica a privatização da natureza), a substituição em larga escala do trabalhador por máquinas, a intensificação da precarização laboral, a promoção da engenharia genética e do transumanismo, e diversas outras ideias, todas elas para o benefício dos bilionários e destruição do homem. Mas o Grande Reset tem sido prenunciado, ao longo do século XX e XXI, pelos prognósticos da literatura de ficção científica. Mais do que meras fantasias lisérgicas ou entretenimento pueril, muitas das obras que listamos aqui se provaram verdadeiros manuais da elite mundial.
12 – O Campo dos Santos (Jean Raspail)
O Campo dos Santos, do premiadíssimo escritor francês Jean Raspail, falecido em 2020, provavelmente é o item mais politicamente incorreto e controverso de nossa lista. Publicado em 1973, O Campo dos Santos narra a viagem simultânea de centenas de imensos navios, cada um carregado com milhares ou dezenas de milhares de imigrantes, do Terceiro Mundo em direção à Europa. Nas capitais europeias, uma elite complacente, alienada e acometida de “consciência culpada”, celebra a vinda dos imigrantes como “redenção” pelo passado. Nas praias do sul europeu, a população nativa foge amedrontada. Os soldados, sem a fibra moral de seus antepassados e sem apoio político ou midiático, desertam e fogem diante da invasão. As horas invasoras se recusam a se integrar, saqueiam, assassinam nativos e seguem exigindo um padrão de vida de Primeiro Mundo, apoiados nas ruas por movimentos anarquistas. Em questão de dias, todos os governos europeus capitulam, os recém-chegados se tornam a maioria da população em poucos meses, e as famílias brancas são obrigadas a dividir seus lares com imigrantes. O livro é escrito como se fosse o diário de um personagem que teria se refugiado na Suíça, único país que ainda não abriu as fronteiras, e que é condenado e sancionado por todos os outros países ocidentais até que finalmente também abre suas fronteiras. Uma visão distópica verdadeiramente profética, e por isso mesmo condenada e atacada de maneira cada vez mais fanática com o passar do tempo.
11 – Soft City (Hariton Pushwagner)
Soft City, lendária banda desenhada de Hariton Pushwagner, ícone norueguês da pop art, oferece uma visão da massificação titânica da vida em uma megalópole moderna. A obra foi perdida pouco após seu término em 1975 e só foi encontrada, em um sótão, em 2002. Escrita e desenhada entre (e durante) viagens de LSD, Soft City retrata um dia em uma megalópole de um futuro (ou presente?) distópico. Imensos prédios densos, massivos e impessoais dominam a paisagem, com milhões de pessoas, mais ou menos idênticas, vivendo quotidianos mais ou menos idênticos e repetitivos, como formigas que vivem para trabalhar, comer, procriar e dormir, e assistir TV nos intervalos. Para manter a população contente e conformada, pílulas e uma alimentação projetada para eliminar todo dissenso e dissolver qualquer senso de personalidade. Reminiscente de obras cinematográficas como a Metropolis de Fritz Lang ou Tempos Modernos de Charles Chaplin, Soft City é um espelho da banalidade e da alienação de quotidianos que são os nossos (ou pelo menos eram, até o lockdown perpétuo), demonstrando que o futuro distópico tão temido pelos visionários do início e meados do século XX já chegou.
10 – Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)
Fahrenheit 451 é a obra mais famosa do escritor estadunidense Ray Bradbury, talvez o principal responsável pela legitimação da ficção científica enquanto literatura. A obra foi escrita em 1953, em pleno período de perseguição ideológica mccarthysta. Mas apesar de, à primeira vista, parecer que ela trata principalmente dos perigos da censura estatal, e de ser nesse sentido que ela é divulgada hoje, não é isso que Bradbury pretendia abordar com o livro. Na verdade, se Fahrenheit 451 tratasse de censura estatal a obra nem mereceria um lugar aqui. No universo construído por Bradbury a humanidade simplesmente perde o interesse por livros com o advento da televisão. Para piorar, todos os países se tornam tão “diversos” que simplesmente não há mais maiorias, apenas minorias em todo lugar. Cada uma dessas minorias se sente ofendida e agredida por determinadas coisas, e todas elas exigem cortes, censuras e revisões “politicamente corretas” de obras literárias. Para lidar com isso e para competir com a TV, os livros passam a ser cada vez mais resumidos, a ponto de não mais conterem narrativas, apenas sumários de factoides. É apenas depois de tudo isso que o governo começa a usar bombeiros para queimar livros antigos, ofensivos às multidões de minorias, e com base em denúncias de vizinhos. E nada disso é “interpretação”. Ray Bradbury muito literalmente disse que Fahrenheit 451 tratava dos perigos do politicamente correto e da hegemonia das minorias em entrevistas nos anos 90 e na primeira década do novo milênio.
9 – Neuromancer (William Gibson)
Um dos pais da literatura distópica cyberpunk, Neuromancer provavelmente é a principal obra responsável por visões de futuro em que a humanidade vive conectada a aparatos de simulação coletiva da realidade. Nesse sentido, então, o clássico de William Gibson foi a principal influência literária sobre a série cinematográfica Matrix, dos Irmãos Wachowski. De uma presciência assombrosa, Gibson cunhou em 1982 o conceito de ciberespaço, como uma alucinação coletiva consensual de fundo tecnológico, que apenas recentemente se tornou até objeto de reflexões estratégicas geopolíticas e novo campo de batalha nas operações de guerra híbrida das grandes potências. O mundo de Neuromancer é uma desolação urbana de prédios cobrindo o planeta inteiro, onde há apenas superricos e trabalhadores precários, as duas classes “aprimoradas” por implantes cibernéticos, por seja em hospitais de luxo ou clínicas clandestinas. Nesse mundo inteiramente controlado por megacorporações transnacionais sem rosto, hackers atuam como mercenários um guerras secretas privadas. É um mundo inteiramente homogeneizado, pasteurizado, padronizado e nivelado pela aceleração da globalização, com uma população nômade e mestiça inteiramente dependente da tecnologia e totalmente enfeitiçada por estímulos hormonais derivados de uma realidade virtual acessada por implantes. Impossível não se sentir perturbado com os paralelos com nosso mundo e, pior, com o mundo que o Fórum Econômico Mundial quer instituir através do Grande Reset.
8 – Transmetropolitan (Warren Ellis)
A história de um jornalista independente em guerra com o governo, a mídia de massa e as instituições, Transmetropolitan se passa em um futuro distante, no qual megalópoles se espalham pela maior parte da superfície do planeta e a tecnologia é tão avançada a ponto de permitir clonagem em massa e todo tipo de engenharia genética. A humanidade é decaída na mesma medida, inversamente proporcional, do avanço da tecnologia. Com memória e capacidade de atenção curtíssimas e gosto pela iconoclastia sem sentido, a sociedade humana segue modas que vão de implantes para se assemelhar a alienígenas até a ingestão de carne humana geneticamente modificada. O protagonista, Spider Jerusalem, é um anarquista sociopata viciado em drogas, claramente inspirado em Hunter S. Thompson, que dá início a uma investigação do presidente que revela imensos esquemas de corrupção e que, na verdade, o político em questão só quis se eleger porque odiava o povo e queria transformar a sua vida em um inferno. Contra um governo corrupto e um povo apático que só se importa com a satisfação dos próprios desejos fugazes, a arma da verdade.
7 – A Máquina Parou (Edward Morgan Foster)
Essa é, provavelmente, nossa leitura mais obscura e talvez também a mais perturbadora. A Máquina Parou é um conto publicado em 1909 por Edward Morgan Foster, indicado 16 vezes para o Prêmio Nobel de Literatura, e mais conhecido por sua obra Uma Passagem para a Índia, adaptada para o cinema por David Lean e ganhadora de dois Oscars. Com um pouco mais de cem anos de antecedência, Foster previu um futuro de isolamento individual absoluto, com cada pessoa vivendo em cubículos hexagonais, jamais vendo ou tendo contato pessoal com qualquer outro ser humano. Nesse futuro, uma imensa máquina global conecta todos os indivíduos em uma rede de comunicação por vídeo. Botões garantem o acesso às necessidades básicas como comida, roupa e entretenimento, e praticamente todos são felizes com essa existência sem contato humano, sem esforço, sem acesso ao ar livre e à natureza. Por que todos vivem nesses cubículos subterrâneos? Porque segundo as autoridades o mundo lá fora é inabitável e não é possível respirar o ar da superfície. As pessoas também não devem manter contato com outras pessoas, pelo risco de contaminação. O protagonista é um homem insatisfeito e inconformado, que toma a difícil decisão de abandonar o conforto e a segurança de seu cubículo para fugir da Máquina e se aventurar no mundo exterior, que ele descobre não só ser habitável como uma paisagem de natureza exuberante.
6 – 1984 (George Orwell)
Provavelmente o título mais famoso em nossa lista e, em nossa opinião, injustificadamente considerada a narrativa distópica que mais se assemelharia ao nosso presente (ou futuro próximo). Não obstante, 1984 permanece sendo um clássico e uma obra bastante interessante de George Orwell. Ousamos fazer uma interpretação dessa obra que vá além da superfície. A direita admira a literatura orwelliana porque construiu a fantasia de que ele é um autor anticomunista e basta (tal como falsificaram Solzhenitsyn). A realidade é que, com seus matizes (e aqui fazemos referência à noção de que o mundo de hoje deve mais à distopia huxleyana do que à orwelliana), o totalitarismo descrito por Orwell, com seus elementos de novilíngua e duplipensar, está plenamente realizado exatamente em nossa sociedade ocidental global, liberal e unipolar. A “desideologização” pós-liberal que ocorre nos anos 90 tem como uma de suas ferramentas precisamente a construção gradual de um “código de linguagem” que serve para demarcar as posições entre amigos e inimigos. Esse “código de linguagem” é precisamente o que passou a ser chamado “politicamente correto”. O “politicamente correto” é exatamente o código de linguagem do pós-liberalismo (ou seja, do liberalismo em sua fase pós-moderna). Chama aborto de “interrupção voluntária da gravidez” e os cortes sociais de “reforma”. Dá à sua ditadura global o termo “governança” e chama à guerra dos sexos e a desfeminilização da mulher de “empoderamento”. Bombardeios e golpes são chamados de “intervenções humanitárias”, enquanto palavras como “pátria”, “virilidade” e outras são banidas ou ridicularizadas. Precarização das relações liberais é chamado de “flexibilização”, enquanto inimigos são paralisados, assustados ou silencidos com “blanket words” como “machista”, “fascista”, etc. Independentemente de quais fossem as intenções de Orwell, a sua distopia se realizou precisamente na Sociedade Aberta, nas antípodas do fascismo e do comunismo. E é aí, nessa imprevisibilidade do como a previsão se realiza, no vôo para além das intenções conscientes do artista, que vemos como a obra de arte, quando é verdadeiramente grande, torna-se muito maior do que o seu criador.
5 – The Private Eye (Brian K. Vaughan)
The Private Eye, de Brian K. Vaughan, é uma presença inusitada em nossa lista. Enquanto boa parte das outras obras na lista trata do papel crescente da internet e da virtualização da vida, The Private Eye aborda um futuro pós-internet. Em um futuro distópico com uma humanidade inteiramente dependente da internet, das redes sociais e das nuvens de armazenamento de dados, um evento de proporções apocalípticas batizado “Cloud Burst” expõe publicamente todos os segredos, gostos, medos, interesses e fetiches de toda a humanidade. O vazamento massivo de dados leva à paranoia generalizada, e a partir de então todos passam a usar máscaras em suas relações sociais, a usar nomes falsos e a viver da maneira mais isolada e privada possível. A internet não existe mais. A privacidade se torna o bem mais precioso, e o isolamento e o anonimato permanente se tornam padrão. O protagonista é um investigador particular contratado para investigar a vida da pessoa que o contratou, para passar o pente fino em qualquer informação passada que pudesse afetar suas perspectivas de emprego, e acaba inadvertidamente se envolvendo em uma trama muito mais ampla. .
4 – Carbono Alterado (Richard K. Morgan)
Escrito por Richard K. Morgan, um dos escritores de ficção científica mais premiados dos últimos anos, Carbono Alterado se passa em um futuro distante. Todos os piores pesadelos distópicos se realizaram e já foram até mesmo transcendidos. A humanidade já passou pela fase dos ciborgues, dos implantes cibernéticos e da engenharia genética com fusão entre DNA humano e animal. Os cientistas descobriram o segredo da imortalidade material, realizando uma cisão artificial entre a “consciência” e o corpo. A “consciência” passou a ser armazenada em discos rígidos situados na nuca e o conteúdo desses discos pode ser transportado por uma tecnologia de comunicação por satélites. Foi exatamente esse avanço que permitiu à humanidade colonizar planetas por toda a galáxia. Mas essa cisão definitiva entre o corpo e a consciência possui implicações imensas e sinistras. Por um lado, o corpo definitivamente se tornou mera commodity, puro objeto. A desigualdade material garante que os mais abastados possam sempre escolher o corpo no qual retornarão após a sua morte, enquanto os pobres precisam se contentar com corpos sorteados, corpos doados ou sobras. Os que nem a isso tem acesso ficam com suas consciências, simplesmente, congeladas para sempre em uma gaveta. Séculos desse processo garantiu um abismo incomensurável entre literais zilionários (chamados “Matusaléns”) e as pessoas comuns. Tecnologias de realidade virtual são responsáveis pelos entretenimentos mais populares, e é possível experimentar através delas todo tipo de sensação e percepção a partir de uma cadeira. É possível experimentar tanto a prostituição virtual, como prostitutas-robôs, enquanto os Matusaléns (em sua maioria, degenerados pelo tédio da imortalidade) não raro frequentam prostíbulos de luxo em que pagar para assassinar o corpo (não a consciência) de uma prostituta é possível. A humanidade, espalhada entre planetas, é governada por uma espécie de Federação modelada na ONU. De modo geral, poderíamos dizer que Carbono Alterado retrata o futuro distante de um mundo em que o Grande Reset se deu sem impedimentos.
3 – Feed: Conexão Total (Matthew Tobin Anderson)
Feed: Conexão Total, escrito por Matthew Tobin Anderson, é uma das obras mais recentes nessa lista. Talvez por isso mesmo aparente um grau elevadíssimo de precisão em sua análise. Como em muitas outras obras de distopia cyberpunk, Feed aborta temas como consumismo, a dominação planetária por uma oligarquia corporativa internacional e questões como tecnologia da informação, mineração de dados e privacidade, mas com um enfoque temático específico. Em Feed, a maior parte da humanidade já recebeu implantes cerebrais capazes de permitir uma conexão direta à internet. Com isso, não há controle pessoal sobre o corpo, os sentimentos, ou mesmo a própria memória. Tal como hoje, após meramente mencionarmos algo que é de nosso interesse já somos bombardeados por marketing de produtos em nosso celular e computador, em Feed tudo isso se dá na própria mente. Você pensou em ir à praia? Você recebe imediatamente um marketing publicitário de uma agência de viagens. De todos os futuros descritos na literatura distópica, esse talvez seja o mais literalmente realista e próximo de nós hoje.
2 – A Máquina do Tempo (H.G. Wells)
O clássico A Máquina do Tempo, do famosíssimo H.G. Wells, relata um futuro daqui a milhões de anos em que a humanidade evoluiu até o ponto de se dividir em duas espécies distintas: Eloi e Morlocks. Os primeiros, são seres fisicamente perfeitos (ainda que intelectualmente ingênuos, absolutamente privados de espírito e iniciativa) que vivem no ócio e consomem apenas o que é produzido pelos Morlocks. Já estes são uma raça horrenda e grotesca que vive no subterrâneo e é a única capaz de produzir bens de consumo, verdadeiramente sustentando os Eloi. Os Morlocks, porém, se alimentam dos Eloi. O protagonista da história, conhecido apenas por Viajante do Tempo, considera que, apesar dos pesares, esse futuro da humanidade é uma utopia. Segundo ele, esse é o destino da sociedade de classes: o proletariado se transformará nos Morlocks e a elite se transformará nos Eloi. As metáforas com as divisões de classe em nossa sociedade são óbvias. E se tomarmos as outras obras mencionadas anteriormente, bem como recentes desenvolvimentos concretos na ciência e na tecnologia, vemos, realmente, uma elite que se afasta cada vez mais das massas e que em breve terá acesso à engenharia genética para garantir a própria perfeição física, enquanto a maior parte da humanidade vive em favelas, guetos, cortiços e cubículos. O mais interessante aqui, porém, é que Wells não era meramente um escritor, mas efetivamente um pensador, com pretensões de engenheiro social, engajado nos projetos globalistas da Sociedade Fabiana. As suas obras não são meras fantasias para entreter, mas conteúdo programático. Em obras como A Conspiração Aberta ou A Nova Ordem Mundial, ele defende o estabelecimento de um Estado Mundial, baseado no livre-mercado, que eliminasse as fronteiras, todo nacionalismo, toda identidade, governado por técnicos e cientistas, que teriam como objetivo garantir de paz, felicidade e ócio. Os escritos de Wells influenciaram a fundação da Liga das Nações, bem como a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na prática, podemos considerar que o Grande Reset não é nada além da implementação das ideias de H.G. Wells.
1 – Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
De certo não surpreenderá que a obra literária que mais se aproxima do projeto do Grande Reset e que, portanto, melhor prenuncia o nosso futuro é Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. A humanidade foi quase toda unificada por um Estado Mundial governado por uma Tecnocracia de cientistas e engenheiros que tornou o transumanismo realidade. Crianças não nascem mais à maneira natural, em vez disso elas são produzidas em laboratório, geneticamente projetadas. As várias religiões foram substituídas por uma religião sintética. As culturas tradicionais inexistem, toda a humanidade participa em uma mesma pseudocultura de entretenimento trivial permanente. Ademais, os cidadãos vivem constantemente dopados por Soma, uma droga sintética que garante felicidade, passividade e docilidade. A economia é inteiramente baseada no consumo e graças à onipresença da mídia de massa, o homem serve à economia através do consumo constante, em vez de utilizar a economia como meio. Se outras distopias preveem coerção direta, Admirável Mundo Novo prevê um futuro no qual cada aspecto da vida humana é controlado por grandes corporações e por uma tecnocracia governamental, onde ninguém possui nada que seja seu ou qualquer liberdade autêntica, mas onde ninguém mais se importam e todos estão simplesmente felizes e distraídos com inúmeras trivialidades. É expressão literária do nefasto lema o Fórum de Davos enunciado por Klaus Schwab: “Você não terá nada e será feliz”.