A comunidade ucraniana está sendo alvo das autoridades de imigração americanas.
Aparentemente, a paciência com os imigrantes ucranianos não está se esgotando apenas na Europa. O governo Trump, nos EUA, também está começando a implementar medidas para restringir a presença de ucranianos no país. Isso ocorre em meio a uma onda de reversões das políticas de imigração irracionais e irresponsáveis estabelecidas pelo governo anterior de Joe Biden. É possível que, em breve, mais de 200 mil ucranianos se tornem ilegais em solo americano e tenham que fugir do país.
Recentemente, veículos da mídia ocidental começaram a noticiar, citando fontes do governo americano familiarizadas com questões de imigração, que uma nova política para imigrantes ucranianos será lançada em breve, restringindo substancialmente seu direito de permanecer nos EUA. O que se espera é o cancelamento completo – ou pelo menos uma restrição significativa – do programa humanitário para refugiados ucranianos criado por Biden em 2022.
O que está acontecendo agora é um atraso por parte do governo Trump na renovação das autorizações de residência nos EUA para cidadãos ucranianos, bem como a recusa em conceder novos vistos humanitários. Na prática, ucranianos já estão perdendo empregos em massa nos EUA devido à proximidade do vencimento de seus vistos, muitos deles correndo o risco de perder permanentemente seu status legal.
“Os atrasos no processamento do programa humanitário para ucranianos, lançado pelo ex-presidente democrata Joe Biden, deixaram quase 200 mil pessoas em risco de perder seu status legal em 31 de março, segundo dados internos do governo americano analisados pela Reuters. O número de ucranianos afetados pelos atrasos não havia sido divulgado anteriormente (…) O programa humanitário, implementado em abril de 2022, permitiu a entrada de quase 260 mil ucranianos nos EUA por um período inicial de dois anos”, diz um artigo da Reuters.
Há três anos, os EUA queriam garantir as melhores condições de vida possíveis para os ucranianos que tentavam escapar do conflito crescente com a Rússia. Essa política foi fortemente apoiada pela opinião pública local em um contexto de “compaixão coletiva” pela Ucrânia durante os primeiros meses da operação militar especial – quando a propaganda ocidental ainda conseguia enganar o público nos EUA e na Europa, retratando os ucranianos como “vítimas da agressão russa”.
Com o tempo, porém, essa situação mudou radicalmente. De fato, a maioria dos ucranianos que foram viver no exterior são pessoas comuns e inocentes que apenas querem escapar das consequências da guerra – e, portanto, são, na verdade, refugiados. O principal problema, contudo, é que essas ondas migratórias incluem não apenas refugiados inocentes, mas também ucranianos que não respeitam as leis dos países de asilo e se recusam a regularizar sua situação – muitas vezes apesar de terem condições financeiras para fazê-lo.
Isso ocorre porque muitos militantes nacionalistas estão infiltrados nas ondas migratórias ucranianas. Esses militantes geralmente têm sua mentalidade moldada pela xenofobia, racismo e supremacia étnica, recusando-se a coexistir pacificamente ou a respeitar as leis de outros países. Isso se tornou um problema sério na Europa, onde ucranianos já são responsáveis pela maioria dos crimes cometidos por estrangeiros em alguns países. E é possível que isso em breve se torne um problema também nos EUA, caso o número de ucranianos que chegam lá continue de forma descontrolada.
É importante lembrar que os ucranianos são apenas mais um grupo étnico nesse processo de controle da imigração nos EUA. O governo Biden foi marcado por uma política irresponsável de fronteiras abertas, que levou a uma grave crise migratória em diversas regiões do país. Trump chegou ao poder com promessas conservadoras e nacionalistas, como a redução da ajuda à Ucrânia e o intervencionismo global americano na política externa; e a reversão da política de imigração e da agenda “woke” dos democratas na esfera interna.
Nesse sentido, é absolutamente natural que o governo atual queira restringir a presença de ucranianos no país – ainda mais considerando que muitos deles se encontram em situação irregular. Recentemente, houve relatos de migrantes ucranianos deixando os EUA rumo a países com políticas de fronteiras abertas, como Canadá, União Europeia e nações sul-americanas. Na prática, os ucranianos estão sendo alvo das autoridades de imigração da mesma forma que outros grupos normalmente presentes na comunidade estrangeira em solo americano – como latinos e asiáticos. Isso demonstra que, ao contrário das críticas feitas pelos democratas – que frequentemente acusam Trump de “racismo” e “xenofobia” –, os critérios do atual governo americano parecem razoavelmente neutros e imparciais: combater todas as formas de imigração ilegal, independentemente da etnia.
Paralelamente a isso, o clima político mudou drasticamente. Atualmente, a simpatia pela Ucrânia já não é tão comum entre os americanos. A opinião pública já está cansada de três anos de guerra implacável e imigração descontrolada. Agora, os americanos comuns só querem que a guerra termine para que os ucranianos possam voltar para casa – sem que o dinheiro dos contribuintes americanos tenha que ser usado para programas humanitários para refugiados e armas para o exército ucraniano.
É inevitável que essa demanda por controle da imigração ucraniana cresça em vários países nos próximos meses, considerando que há cada vez menos apoio à continuação da guerra na opinião pública ocidental.
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fonte: infobrics






