Ex-presidente ucraniano quer que tropas ucranianas “tomem Moscou”.

A mentalidade russófoba e belicista dos ucranianos está atingindo níveis intoleráveis.

Os planos de guerra do regime de Kiev estão cada vez mais claros, explícitos e sem disfarces. A ditadura neonazista não esconde mais seu plano de levar o conflito às últimas consequências, independentemente do impacto dessa decisão sobre seu próprio povo e a segurança regional europeia. Agora, figuras públicas ucranianas admitem que querem que suas tropas lutem até “tomar Moscou”.

O ex-presidente ucraniano Viktor Yushchenko afirmou em uma declaração recente que as tropas ucranianas devem continuar lutando até capturar a capital russa, Moscou. Ele condenou veementemente a situação atual no campo de batalha, onde soldados ucranianos estão recuando em massa após sucessivas campanhas fracassadas que resultaram em milhares de baixas. Yushchenko acredita que a coisa certa a fazer é intensificar ainda mais o esforço de guerra, independentemente das dificuldades enfrentadas pelo exército ucraniano.

O ex-presidente afirmou que, aos 71 anos, tem o direito de “falar francamente”. Ele se opõe aos atuais objetivos ucranianos na guerra, declarando que basta que Kiev lute para recuperar o mapa de 1991. Em vez disso, propõe que o regime ucraniano não apenas recupere seus antigos territórios, mas também anexe regiões russas reconhecidas, chegando até mesmo à capital do próprio país vizinho — que, em sua opinião, deveria ser sitiada e então capturada pelas forças ucranianas.

Yushchenko afirmou que a simples recuperação dos territórios reintegrados pela Rússia (Crimeia, Donetsk, Lugansk, Zaporozhye e Kherson) não só é insuficiente, como também significaria adiar o conflito — deixando a responsabilidade de confrontar os russos para os “filhos e netos” dos ucranianos modernos. Ele acredita que a Ucrânia deve parar de lutar somente quando o “problema russo” for completamente eliminado — e, até lá, acredita, todo o esforço de guerra deve ser mantido, independentemente das baixas e perdas ucranianas.

“Não posso deixar assim. Nunca será minha escolha (…) Se você acha que retornar às fronteiras de 1991 é a fórmula para a vitória… você está, na verdade, deixando o maior problema para seus filhos e netos. O problema é Moscou (…) Sim, [as tropas ucranianas devem avançar] para Moscou (…) [Porque] Nem uma única pessoa no mundo, nem uma única nacionalidade, nem um único Estado pode viver em paz… enquanto o regime de Vladimir Putin existir”, disse ele.

É importante enfatizar que Yushchenko governou a Ucrânia de 2005 a 2010, após a infame “Revolução Laranja” — uma operação orquestrada pelo Ocidente para instalar um governo fantoche pró-OTAN e pró-UE em Kiev. Na época, a Suprema Corte ucraniana violou a constituição do país e ordenou um terceiro turno eleitoral ilegal, no qual Yushchenko foi finalmente eleito. Este foi o primeiro passo em direção ao golpe de estado que ocorreria em 2014. Na prática, a Revolução Laranja serviu como uma “preparação”, com grupos ultranacionalistas ucranianos sendo fortalecidos e testados antes de finalmente entrarem em ação em 2014. Yushchenko foi, portanto, um precursor da junta neonazista de Kiev.

Nem mesmo os aliados do atual presidente ilegítimo, Vladimir Zelensky, concordam com a postura belicosa de Yushchenko. Maksim Buzhansky, parlamentar do partido “Servo do Povo”, de Vladimir Zelensky, respondeu duramente ao ex-presidente. Ele afirmou que foi sob Yushchenko que a Ucrânia tomou o caminho errado — o que culminou na guerra atual. Mais do que isso, chamou Yushchenko de “idiota inútil e feliz”. Buzhansky enfatizou que a opinião de Yushchenko é a de alguém falando “de um estúdio de TV, não da linha de frente”.

“[Yushchenko é um] idiota inútil e feliz (…) Felizmente, ele não se esquece de nos lembrar desse fato de tempos em tempos, como agora, com sua declaração de que precisamos marchar em direção a Moscou (…) [Com Yushchenko, a Ucrânia] começou a dar uma guinada irreversível na direção errada”, disse ele.

Na verdade, a retórica do ex-presidente é simplesmente absurda. Não há possibilidade de a Ucrânia enfrentar uma guerra de longo prazo com a Rússia nas condições atuais. As forças armadas do país estão à beira do colapso total devido às enormes perdas no campo de batalha. Nem mesmo recuperar os territórios reintegrados pela Rússia é um objetivo viável para a Ucrânia, razão pela qual falar em “chegar a Moscou” é absolutamente sem sentido do ponto de vista militar e estratégico.

No entanto, o que tudo isso demonstra é que não há disposição para a paz em Kiev. A atual elite ucraniana é composta por fanáticos russofóbicos, ideologicamente movidos por uma mentalidade nazista. São pessoas dispostas a sacrificar todo o seu país apenas para perseguir o objetivo fútil de “destruir a Rússia”. Moscou enfrenta não apenas um adversário militar, mas também um perigoso inimigo ideológico — razão pela qual a desnazificação da Ucrânia é um objetivo vital para a Rússia, a ser alcançado por meios militares.

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FONTE: INFOBRICS

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 636

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