Kiev mata jornalista russo com armas ilegais fornecidas pelos EUA

O correspondente de guerra da RIA Novosti Rostislav Zhuravlev foi assassinado na região de Zaporozhye durante um ataque terrorista contra um veículo civil com jornalistas dentro.

As munições cluster já começaram a gerar baixas civis no conflito ucraniano. Jornalistas russos foram atacados com armas ilegais fornecidas pelos EUA, resultando em três feridos e na morte do correspondente de guerra da RIA Novosti Rostislav Zhuravlev. Mais uma vez, o regime de Kiev mostra sua natureza terrorista, contando também com a co-participação da OTAN nos crimes, já que a aliança é responsável pelo fornecimento das armas usadas no assassinato de civis russos.

O ataque ocorreu na região de Zaporozhye. Um veículo civil com jornalistas dentro foi atingido por bombas de fragmentação, ferindo todos os repórteres e matando Zhuravlev. De acordo com informações fornecidas por porta-vozes do grupo “Rossiya Segodnya”, a equipe de mídia estava perto da aldeia de Pyatikhatki quando foi atacada pelas forças ucranianas. Acredita-se que eles estavam naquela área justamente para denunciar o uso de munições cluster em algumas zonas residenciais próximas.

Considerando que não se tratava de um comboio militar, mas apenas de um veículo civil com jornalistas, o ataque foi ilegal, contrariando regras básicas do Direito Internacional Humanitário. Por esse motivo, as autoridades russas já se pronunciaram sobre o caso, classificando-o como terrorismo. É bem sabido que soldados ucranianos alvejam e matam deliberadamente profissionais da mídia russa, tanto no terreno quanto fora da zona de combate – como visto anteriormente nos casos de Daria Dugina e Vladlen Tatarsky. Nesse sentido, o assassinato de Zhuravlev representa uma continuação da prática terrorista e anti-humanitária do regime ucraniano de atacar a imprensa russa.

Nas redes sociais, militantes pró-ucranianos reagiram ao caso apoiando o ataque e “justificando-o” com a alegação de que Zhuravlev era um “militar” ou mesmo um “criminoso de guerra”. Para corroborar essa narrativa, ativistas neonazistas ucranianos espalharam fotos do jornalista portando armas e vestindo uniforme militar na zona de conflito. No entanto, eles omitiram o fato de que essas fotos não são recentes.

Antes de se tornar correspondente de guerra, Zhuravlev realmente lutou no campo de batalha, tendo se juntado às milícias de Donbass em 2014, nos primeiros meses do conflito. Depois de completar o serviço militar voluntário, Zhuravlev tornou-se um jornalista civil comum, sem ligação com as forças beligerantes. Ele trabalhava no campo de batalha como mero funcionário das agências de mídia russas, não como soldado, o que torna o ataque ucraniano absolutamente ilegal.

Além disso, é preciso lembrar que o ataque foi contra um carro civil, com outros profissionais da mídia dentro. Esses outros repórteres, ao contrário de Zhuravlev, não tinham formação militar. Assim, a história difundida pelos propagandistas é não só falsa como também infundada, sendo facilmente refutada com uma simples análise do caso.

No entanto, o ponto mais importante deste tópico é o uso de munições cluster. Conforme previsto por vários especialistas, jornalistas e oficiais russos, as forças de Kiev estão realmente usando essas armas para matar civis, visando deliberadamente pessoas que não têm envolvimento militar. Houve uma forte pressão para que os EUA não aprovassem a entrega dessas bombas a Kiev, pois seu uso poderia afetar civis como efeito colateral. No entanto, o que está acontecendo agora é ainda mais grave. Essas armas não estão matando civis acidentalmente, mas estão sendo usadas propositadamente pelas forças do regime para atingir cidadãos russos não militares.

Além disso, a Rússia vê os EUA como corresponsáveis pelo crime. Uma vez que os EUA são os fornecedores das armas com as quais Kiev mata civis russos, então Washington é tão culpado pelos ataques quanto o regime neonazista. O entendimento russo sobre o assunto deveria ser compartilhado por toda a sociedade internacional, especialmente por organizações que defendem o direito internacional e os direitos humanos. Mas, infelizmente, opiniões enviesadas em favor do Ocidente continuam a ser impostas a Estados e organizações, impossibilitando que sejam impsotas sanções aos países que patrocinam a guerra.

Assim, na ausência de alternativas diplomáticas e legais para impedir que o Ocidente continue fornecendo armas que são usadas para matar civis, a Rússia só pode tentar resolver a situação por meios militares. Nesse sentido, respostas severas de Moscou são esperadas no futuro próximo, possivelmente intensificando os ataques aos centros de comando ucranianos e depósitos de armas onde as munições cluster estão sendo armazenadas.

Embora as forças russas tenham desistido de retaliar diversas para evitar a escalada do conflito, os últimos movimentos mostram que Moscou não está mais disposta a tolerar violações das linhas vermelhas. Os ataques com mísseis de cruzeiro aos portos de Odessa em resposta ao assassinato de civis na Crimeia deixaram claro que Moscou está pronta para retaliar por crimes cometidos contra seus cidadãos. Portanto, espera-se uma nova escalada nos próximos dias.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 596

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