Membro da Nova Resistência apresenta relatório na ONU

Hoje, Lucas Leiroz, chefe de assuntos internacionais da Nova Resistência e jornalista na imprensa russa, teve a honra de apresentar o relatório “O uso de armas químicas pela Ucrânia contra russos no Donbass” em uma conferência organizada pela Missão Russa em Genebra no âmbito da 52a Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O evento contou com a participação de diversas autoridades e diplomatas das diversas delegações que atuam em Genebra, além de jornalistas, líderes sociais e informantes locais do Donbass. Comandou a conferência o Exmo. Sr. Gennady Gatilov, Embaixador da Rússia no Escritório da ONU em Genebra.

Na apresentação, Lucas Leiroz elaborou um histórico com todas as ocorrências reportadas de uso de armas químicas por parte das forças ucranianas desde 2014. Abaixo, a transcrição da comunicação, traduzida e original:

Abaixo, transcrição de sua comunicação.

Caros Colegas,

É uma honra estar aqui contribuindo para um evento tão importante e espero que os relatórios elaborados nesta conferência ajudem a conscientizar mais funcionários das Nações Unidas sobre o que está realmente acontecendo no conflito ucraniano. Meu nome é Lucas Leiroz, sou jornalista, trabalhando para a mídia russa e brasileira independentes. Sou também membro fundador da Nova Resistência, a primeira organização a abordar a questão ucraniana no Brasil, tanto enviando voluntários para Donbass como cobrindo a guerra na mídia.

Falarei sobre um dos assuntos que tenho noticiado na mídia russa desde o início da operação militar especial na Ucrânia, que é o uso de armas químicas pelas forças de Kiev. Como jornalista que trabalha para a mídia russa, este é obviamente um tema que tenho abordado intensamente nos últimos tempos. Entretanto, isto também é algo que me interessa como pesquisador acadêmico em Direito Internacional, considerando as claras violações das normas internacionais envolvidas em tais ataques.

Nas últimas semanas, o tema tem emergido devido a vídeos que circularam em redes sociais e canais de Telegrama, mostrando cenas como a de um soldado russo morrendo após ter sido exposto a agentes tóxicos de uma granada ucraniana. Entretanto, em pesquisas mais profundas, podemos ver que as armas químicas fazem parte da realidade do conflito ucraniano desde seu início em 2014.

Vamos dar uma breve olhada nos relatórios sobre armas químicas antes da operação militar especial:

Em maio de 2014, o então governador de Donetsk, Pavel Gubraev, relatou que armas químicas haviam sido usadas contra milicianos em um confronto alguns dias antes da celebração do Dia da Vitória. Na ocasião, 20 milicianos de Donetsk morreram e o Ministro do Interior da Ucrânia Arsen Avakov elogiou a violência dos soldados ucranianos, afirmando que eles deveriam “atirar para matar”.

Entre Junho e Julho de 2014, os funcionários de Donetsk relataram o uso de armas químicas pelas forças de Kiev em pelo menos duas ocasiões. Na época, as autoridades russas solicitaram uma investigação formal sobre o uso de armas químicas e de fósforo por soldados ucranianos, já que vários milicianos e civis estavam apresentando sintomas de envenenamento por cloro na região de Slavyansk, onde bombas incendiárias, possivelmente contendo fósforo, também foram lançadas. Nenhuma ação foi tomada por organizações internacionais para investigar os casos.

Agosto de 2014: Miroslav Rudenko, Deputado do Parlamento de Donetsk relatou em um programa de rádio letão que as forças ucranianas estavam usando armas químicas em Donbass, enfatizando a seriedade dos crimes cometidos até então.

Em janeiro de 2015, surgiu um novo caso: O Primeiro Ministro de Donetsk, Alexander Zakharchenko, denunciou a formação de uma nuvem de gás tóxico após a detonação de uma reserva de munições das forças ucranianas capturadas pelos rebeldes durante a Batalha pelo Aeroporto de Donetsk. Na época, Zakharchenko comentou a hipótese de que se tratava de armas proibidas, possivelmente fornecidas pelos EUA a Kiev.

Durante os oito anos de combate entre o início da guerra e o lançamento da operação militar especial russa, houve também alguns outros relatos isolados de possíveis ataques químicos ucranianos. O foco dos crimes ocorreu, no entanto, durante os dois primeiros anos da guerra.

Uma nova onda de uso de armas químicas pelos ucranianos começou, no entanto, depois que as tropas russas foram destacadas para Donbass em fevereiro de 2022. Como é sabido, a Rússia tem denunciado repetidamente que o regime neo-nazista ucraniano mantém em seu estoque várias armas proibidas pelo direito internacional, incluindo bombas sujas com substâncias radioativas anexas e patógenos desenvolvidos nos laboratórios militares norte-americanos. O mesmo tem sido dito sobre as armas químicas, cujo uso na linha de frente tem sido descrito várias vezes.

Podemos mencionar, por exemplo, o caso de 31 de Julho do ano passado, quando vários soldados russos foram hospitalizados com sinais de grave envenenamento na região de Zaporíjia, que foi classificado por funcionários do Ministério da Defesa em Moscou como “terrorismo químico”. Houve também o caso de Vladimir Saldo, o então chefe da administração civil-militar em Kherson, que foi hospitalizado com envenenamento possivelmente causado por agentes da guerra química, de acordo com os porta-vozes do ministério.

Entretanto, vou ignorar alguns relatórios mais antigos e me concentrar em casos mais recentes, para adequar o discurso à época da conferência. Aqui, então, estão alguns dos principais casos recentes que expressam claramente a seriedade da situação:

7 de janeiro, este ano: Combatentes ligados à empresa militar privada russa Wagner Group relataram ter sofrido um ataque químico na região de Artemovsk/Bakhmut. Na época, a Rússia havia implementado uma trégua natalina, que não foi cumprida pelos ucranianos.

13 de janeiro: Os soldados ucranianos gravaram vídeos manipulando o que parecem ser armas químicas proibidas e os postaram em canais de Telegram.

6 de fevereiro: Yang Gagin, conselheiro da administração de Donetsk, relatou que as tropas ucranianas lançaram armas químicas em Soledar e Artemovsk/Bakhmut. De acordo com ele, vários combatentes sofreram náuseas, vômitos e vertigens graves.

7 de fevereiro: Mais uma vez, militantes ucranianos colocam vídeos na internet expondo um enorme estoque de munições de conteúdo desconhecido. No vídeo, as armas são vistas sendo retiradas de uma geladeira, o que levanta a hipótese de serem armas químicas, já que muitas armas químicas são preservadas a baixas temperaturas.

No mesmo dia, um vídeo chocante mostrando um ataque químico letal, possivelmente em Artemovsk, tornou-se viral. No vídeo, um soldado russo é atingido por um projétil lançado de um drone e começa a convulsionar, certamente devido ao efeito de algum gás tóxico. Em ataques anteriores, também foi relatado que as forças de Kiev usam drones para lançar suas armas químicas, portanto o vídeo é uma prova importante do que está acontecendo nas linhas de frente.

18 de fevereiro: As forças russas informaram à mídia que sofreram um ataque químico em Ugledar. A substância tóxica vazada das munições ucranianas não foi identificada, mas provocou sintomas típicos de envenenamento nos soldados feridos. Muitas fotos mostrando projéteis ucranianos foram postadas pelos meios de comunicação.

28 de fevereiro: O tenente-general Igor Kirillov, comandante do departamento de proteção nuclear, biológica e química da Rússia, relatou que Washington pode estar planejando uma operação de bandeira falsa anti-russa através das tropas ucranianas. A suspeita vem do fato de que uma grande carga contendo armas químicas pousou em Kramatorsk, sugerindo que Kiev usará tal equipamento, possivelmente contra civis.

5 de março: Durante intensos combates na região de Kharkov, soldados russos foram atingidos por uma arma química ucraniana não identificada. Foram publicados vídeos em redes sociais mostrando o momento exato do ataque em que os russos foram atingidos por uma bomba de gás que causou efeitos imediatos de convulsão. No vídeo, outros soldados gritam incessantemente a palavra “gás” enquanto tentam salvar seu amigo ferido.

Na verdade, conhecendo estas circunstâncias, a pergunta permanece: por que nada foi feito até agora para investigar os relatórios russos? As acusações feitas pelas autoridades russas não são acusações infundadas, mas alegações sérias cheias de provas, incluindo vídeos, fotos e testemunhos. O que temos atualmente é um cenário no qual, quando o lado ucraniano acusa a Rússia de fazer algo, há uma campanha imediata por parte da grande mídia, gerando comoção pública e atitudes exigentes por parte das organizações internacionais. Por outro lado, quando Moscou alega que Kiev fez algo ilegal, nada é feito, pois a opinião pública ocidental não tem acesso às informações russas, devido aos altos níveis de censura impostos desde o início da operação militar especial.

Agora, vamos entender brevemente porque estes relatórios são sérios e merecem ser investigados: o uso de armas químicas é um tema constantemente discutido desde as Guerras Mundiais. A primeira tentativa de proibição ocorreu em 1925, com um acordo fracassado em Genebra. Nos anos 90, a Convenção sobre Armas Químicas foi finalmente concluída, prevendo a eliminação de todas as armas químicas nos países signatários. Agora, nem mesmo as armas químicas não letais são permitidas na guerra, embora haja permissão para seu uso pelas forças policiais em operações policiais.

Tanto Moscou quanto Kiev são signatários da Convenção. Curiosamente, outro país signatário da Convenção não cumpriu com as obrigações estabelecidas por ela: os Estados Unidos da América, que atualmente é o único país a manter estoques públicos de armas químicas. Como é sabido, Washington é também o maior fornecedor de armas ao regime neonazista de Kiev, gastando bilhões de dólares desde o início da operação militar especial para manter as tropas ucranianas ativas no campo de batalha.

Ainda não há dados suficientes para acusar Washington de armar Kiev com munições contendo substâncias tóxicas proibidas, mas a suspeita existe e deve ser investigada. Moscou denunciou esta possibilidade várias vezes, tanto antes como depois da operação militar especial, como mencionei antes, e isto é algo que não pode ser ignorado.

Portanto, se houver tal suspeita, é imperativo que as investigações comecem o mais rápido possível. As partes envolvidas em crimes de guerra ucranianos precisam ser inspecionadas, processadas e punidas. As sanções da ONU são um mecanismo eficiente para fazer isto. Se os crimes ucranianos forem comprovados, Kiev deve ser sancionada. E se a participação das potências ocidentais for comprovada, estes países também devem ser considerados responsáveis.

Espero que minhas palavras tenham sido suficientes para conscientizar os ouvintes sobre a importância de investigar o assunto seriamente. Agradeço à delegação russa em Genebra por promover conferências como esta e espero que os relatórios aqui apresentados tenham algum efeito na ONU.

Obrigado!

A transcrição original, em inglês:

Dear Colleagues,

It is an honor to be here contributing to such an important event and I hope that the reports made at this conference will help to make more United Nations’ officials aware about what is really happening in the Ukrainian conflict. My name is Lucas Leiroz, I am a journalist, working for Russian and Brazilian independent media outlets, columnist at InfoBRICS, frequent commentator at Sputnik Radio. I am also a founding member of Nova Resistência, the first organization to address the Ukrainian issue in Brazil, both by sending volunteers to Donbass and by covering the war in media.

I will talk about one of the subjects that I have been reporting in the Russian media since the beginning of the special military operation in Ukraine, which is the use of chemical weapons by the forces of Kiev. As a journalist working for Russian media, this is obviously a topic I have been addressing intensively recently. However, this is also something that interests me as an academic researcher in International Law, considering the clear violations of international norms involved in such attacks.

In recent weeks, the topic has been on the rise due to videos that have circulated on social networks and Telegram channels, showing scenes like that of a Russian soldier dying after being exposed to toxic agents from a Ukrainian grenade. However, on deeper research, we can see that chemical weapons are part of the reality of the Ukrainian conflict since its beginning in 2014.

Let’s take a brief look back at reports on chemical weapons before the special military operation:

In May 2014, then Governor of Donetsk Pavel Gubraev reported that chemical weapons had been used against militiamen in a clash some days before the Victory Day celebration. On that occasion, 20 militiamen from Donetsk died and the Minister of the Interior of Ukraine Arsen Avakov praised the violence of the Ukrainian soldiers, stating that they should “shoot to kill”.

Between June and July 2014, Donetsk’s officials reported the use of chemical weapons by Kiev’s forces on at least two occasions. At the time, Russian authorities requested a formal investigation on the use of chemical and phosphorus weapons by Ukrainian soldiers, since several militiamen and civilians were showing symptoms of chlorine poisoning in the Slavyansk region, where incendiary bombs, possibly containing phosphorus, were also dropped. No action was taken by international organizations to investigate the cases.

August 2014: Miroslav Rudenko, Deputy of the Donetsk’s Parliament reported on a Latvian radio program that Ukrainian forces were using chemical weapons in Donbass, emphasizing the seriousness of the crimes committed until then.

In January 2015, a new case emerged: Donetsk Prime Minister Alexander Zakharchenko denounced that a toxic gas cloud had formed after the detonation of a stockpile of ammunition of the Ukrainian forces captured by the rebels during the Battle for the Donetsk Airport. At the time, Zakharchenko commented on the hypothesis that these were banned weapons, possibly supplied by the US to Kiev.

During the eight years of combat between the start of the war and the launch of the Russian special military operation, there were also some other isolated reports of possible Ukrainian chemical attacks. The focus of crimes occurred, however, during the first two years of the war.

A new wave of use of chemical weapons by Ukrainians began, however, after Russian troops were deployed in Donbass in February 2022. As well known, Russia has repeatedly denounced that the Ukrainian neo-Nazi regime keeps in its stockpiles several weapons prohibited by international law, including dirty bombs with attached radioactive substances and pathogens developed in US military biolabs. The same has been said about chemical weapons, whose use on the frontlines has been described several times.

We could mention for example the case of 31 July last year, when several Russian soldiers were hospitalized with signs of severe poisoning in the Zaporozhye region, which was classified by officials of the Ministry of Defense in Moscow as “chemical terrorism”. There was also the case of Vladimir Saldo, the then head of the civil-military administration in Kherson, who was hospitalized with poisoning possibly caused by chemical warfare agents, according to ministry’s spokespersons.

However, I will ignore some older reports and focus on more recent cases, to fit the speech it the time of the conference. Here, then, are some of the main recent cases that clearly express the seriousness of the situation:

January 7, this year: Fighters linked to the Russian private military company Wagner Group reported having suffered a chemical attack in the Artemovsk/Bakhmut region. At the time, Russia had implemented a Christmas truce, which was not adhered to by the Ukrainians.

January 13: Ukrainian soldiers recorded videos manipulating what appears to be banned chemical weapons and posted them on telegram channels.

February 6: Yang Gagin, advisor to the Donetsk administration, reported that Ukrainian troops have dropped chemical weapons in Soledar and Artemovsk/Bakhmut. According to him, several combatants experienced nausea, vomiting and severe dizziness.

February 7: Once again, Ukrainian militants post videos on the internet exposing a huge stockpile of munitions of unknown content. In the video, the weapons are seen being removed from a refrigerator, which raises the hypothesis that they are chemical weapons, since many chemical weapons are preserved at low temperatures.

On the same day, a shocking video showing a lethal chemical attack, possibly in Artemovsk, went viral. In the video, a Russian soldier is hit by a projectile launched from a drone and begins to convulse, certainly due to the effect of some toxic gas. In previous attacks, it has also been reported that Kiev forces use drones to launch their chemical weapons, so the video is an important evidence of what is happening on the frontlines.

February 18: Russian forces informed media that they have suffered a chemical attack in Ugledar. The toxic substance leaked from the Ukrainian ammunition was not identified, but it provoked typical symptoms of poisoning in the wounded soldiers. Many photos showing Ukrainian projectiles were posted by media outlets.

February 28: Lieutenant General Igor Kirillov, commander of Russia’s nuclear, biological and chemical protection department, reported that Washington may be planning an anti-Russian false flag operation through Ukrainian troops. The suspicion comes from the fact that a large cargo containing chemical weapons landed in Kramatorsk, suggesting that Kiev will use such equipment, possibly against civilians.

March 5: During intense fighting in the Kharkov region, Russian soldiers were hit by an unidentified Ukrainian chemical weapon. Videos were published on social networks showing the exact moment of the attack in which Russians were hit by a gas bomb that caused immediate convulsion effects. In the video, other soldiers scream the word “gas” incessantly while they try to save their wounded friend.

In fact, knowing these circumstances, the question remains: why has nothing been done so far to investigate the Russian reports? The allegations made by the Russian authorities are not unsubstantiated accusations, but serious claims filled with evidence, including videos, photos and testimonies. What we currently have is a scenario in which, when the Ukrainian side accuses Russia of doing anything, there is an immediate campaign by the mainstream media, generating public commotion and demanding attitudes from international organizations. On the other hand, when Moscow claims that Kiev has done something illegal, nothing is done, as Western public opinion does not have access to information from Russian outlets, given the high levels of censorship imposed since the beginning of the special military operation.

Now, let’s briefly understand why these reports are serious and deserve investigation: the use of chemical weapons is a constantly discussed topic since the World Wars. The first attempt at prohibition took place in 1925 with a failed agreement in Geneva. In the 1990s, the Chemical Weapons Convention was finally completed, providing for the elimination of all chemical weapons in the signatory countries. Now, not even non-lethal chemical weapons are allowed in war, although there is permission for their use by law enforcement forces in police operations.

Both Moscow and Kiev are signatories to the Convention. Interestingly, another country signatory to the Convention has failed to fulfill the obligations established by it: the United States of America, which is currently the only country to publicly maintain stockpiles of chemical weapons. As well known, Washington is also the biggest arms supplier to the Kiev neo-Nazi regime, spending billions of dollars since the start of the special military operation to keep Ukrainian troops active on the battlefield.

There is still not enough data to accuse Washington of arming Kiev with ammunition containing banned toxic substances, but the suspicion exists and must be investigated. Moscow has denounced this possibility several times, both before and after the special military operation, as I mentioned before, and this is something that cannot be ignored.

So, if there is such a suspicion, it is imperative that investigations begin as soon as possible. The parties involved in Ukrainian war crimes need to be inspected, prosecuted and punished. UN sanctions are an efficient mechanism to do this. If Ukrainian crimes are proven, Kiev should be sanctioned. And if the participation of western powers is proven, these countries must also be considered responsible.

I hope my words were enough to make listeners aware of the importance of investigating the matter seriously. I thank the Russian representatives in Geneva for promoting conferences like this one and I hope that the reports presented here will have some effect at the UN.

Thank you!

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 596

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