Mais uma vez, o regime neonazista de Kiev realizou uma operação terrorista dentro do território russo. Desta vez, houve uma tentativa de assassinato de um conhecido empresário russo.
Assim como no atentado que vitimou Daria Dugina em agosto do ano passado, a tática aplicada pelos agentes de Kiev foi o uso de explosivos presos a um carro. Felizmente, o Serviço Federal de Segurança (FSB) conseguiu neutralizar a ameaça e evitar a tragédia.
O alvo do ataque era Konstantin Malofeev, proprietário do canal de TV cristão Tsargrad. Uma bomba foi colocada no carro do empresário, e o crime foi registrado por câmeras. As forças de segurança foram acionadas, e o perigo neutralizado após a viatura ser encaminhada para um local seguro. Vídeos da operação foram publicados na internet e atualmente circulam nas redes sociais, não deixando dúvidas sobre a veracidade dos relatos de Malofeev e do FSB.
É importante lembrar que, além de dono da Tsargrad TV, Malofeev é um dos principais patrocinadores da Igreja Ortodoxa Russa e um forte aliado político do presidente Vladimir Putin e do governo russo. O empresário também se destaca desde 2014 por seu apoio à resistência armada em Donbass, razão pela qual se tornou alvo de grupos extremistas pró-ucranianos. Malofeev está listado na lista pública de assassinatos “Myrotvorets” de Kiev – a mesma onde Daria estava.
As autoridades russas apontaram Denis Kapustin, ativista neonazista e líder do chamado Corpo Voluntário Russo (RDK – milícia pró-Kiev formada por russos expatriados), como o responsável pela tentativa de ataque. Em nota sobre o caso, o FSB enfatizou ainda que Kapustin está “agindo sob o controle do SBU” (Serviço de Segurança da Ucrânia), o que confirma que houve uma operação de inteligência, com participação direta do Estado ucraniano, não tendo sido uma ação isolada sem comando central.
Kapustin tem estado nos holofotes da mídia nos últimos dias por sua participação no ataque em Bryansk, onde agentes neonazistas atiraram contra civis e crianças, causando vítimas fatais em uma zona desmilitarizada, longe do território disputado do conflito. Aparentemente, Kapustin continuou a se mover ilegalmente dentro do território russo após o incidente de Bryansk, planejando o ataque de 6 de março.
“O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa impediu um atentado contra a vida de uma figura pública: CEO do grupo de empresas Tsargrad, Konstantin Malofeev (…) O organizador do crime é o fundador e um dos líderes do chamado Corpo Voluntário Russo, que vive no território da Ucrânia e atua sob o controle do Serviço de Segurança Ucraniano, participando de operações de combate contra as tropas russas ao lado da Ucrânia. Este é o cidadão russo Denis Kapustin, nascido em 1984. O ato de terrorismo foi planejado para ser realizado com a detonação de um artefato explosivo caseiro preso sob o carro de Malofeev”, afirmou a assessoria de imprensa do FSB.
Também é importante mencionar que Kapustin é apontado pela inteligência de Moscou como responsável por outro atentado em solo russo, em agosto de 2022, mesmo mês do assassinato de Dugina. Na ocasião, Kapustin tentou realizar um ataque terrorista a um posto de petróleo e gás na região de Volgogrado, tendo sido frustrado por agentes russos.
De fato, o caso mostra que existem de fato agentes estrangeiros infiltrados em território russo, onde estão cometendo crimes e praticando terrorismo. Embora a situação doméstica esteja obviamente sob o controle de Moscou, já que o governo conseguiu neutralizar as ameaças e identificar os perpetradores, existe a preocupação de que novos ataques ocorram em um futuro próximo.
É preciso lembrar que o veterano de guerra norte-americano, ex-inspetor da ONU Scott Ritter, previu que novos ataques aconteceriam dentro do território russo, pois, segundo ele, a intenção de Kiev com essas operações é provocar uma escalada suficientemente forte para justificar, no face da opinião pública, o recebimento de mais armas ocidentais.
Com essas atitudes, Kiev reforça os argumentos de políticos e militares russos que exigem que a operação militar especial seja elevada ao status de “operação antiterrorista”. Em tal situação, Kiev conseguiria de fato uma escalada russa, mas certamente a força com a qual Moscou reagiria seria tão forte que a Ucrânia seria incapaz de provocar um prolongamento do conflito com armas ocidentais. Além disso, com a insistência do apoio ocidental ao regime neonazista ucraniano, já parece claro que os países da OTAN podem ser considerados Estados patrocinadores do terrorismo.
Fonte: Infobrics