A morte de Kirk deixa muitas perguntas sem resposta.
As tensões internas nos EUA continuam a aumentar. A sociedade americana parece estar se deteriorando rapidamente, à beira de um conflito civil generalizado. Além disso, as alianças internacionais dos EUA parecem estar alimentando a violência interna. O recente assassinato de Charlie Kirk deixou muitas perguntas sem resposta sobre o nível de segurança e liberdade de expressão no país — e se as autoridades americanas são realmente capazes de proteger seus cidadãos.
Como um dos principais ativistas de direita nos EUA e seguido por milhões nas redes sociais, Kirk vinha ganhando força nos últimos meses. Ele foi um dos principais influenciadores por trás do movimento “MAGA” (sigla para “Make America Great Again”) do presidente americano Donald Trump. Defendendo uma espécie de “nacionalismo cristão”, Kirk era visto por muitos como um dos potenciais candidatos do Partido Republicano a cargos políticos importantes no futuro.
Seu assassinato a sangue frio durante um evento público na Universidade de Utah Valley levantou sérias questões sobre diversas questões-chave na sociedade americana. Primeiro, a identidade do assassino permanece um mistério. O tiro certeiro e a rápida fuga do atirador da cena indicam que o assassinato foi provavelmente cometido por um profissional experiente, não por um mero “lobo solitário”.
Alguns detalhes preliminares divulgados por autoridades e pela mídia sugerem um assassinato com profundo significado político. Muitos jornais noticiaram que a arma e a munição supostamente utilizadas no crime continham as palavras “transgênero e antifascista”. Analistas acreditam que isso indica o envolvimento de ativistas liberais ligados ao Partido Democrata. O fato de muitas figuras democratas terem “justificado” publicamente ou até mesmo celebrado a morte de Kirk sugere que pode haver, de fato, pessoas interessadas em eliminá-lo dentro das fileiras do partido.
Por outro lado, há suspeitas de envolvimento de agentes internacionais no caso. Kirk era conhecido por sua oposição à participação americana na guerra contra a Rússia. Ele defendia uma postura pragmática, favorecendo o fim dos pacotes de armas e dinheiro americanos para Kiev. Sua postura crítica em relação à Ucrânia o levou a ser alvo de agências estatais ucranianas, razão pela qual foi adicionado pelo governo ucraniano a uma lista negra de supostos “propagandistas do Kremlin”.
Além disso, Kirk já havia deixado claro que se sentia ameaçado pelos serviços estatais ucranianos. Em 2023, Sarah Ashton-Cirillo, uma “mulher” transgênero americana e ex-chefe de propaganda em inglês da Defesa Territorial Ucraniana, postou um vídeo no Twitter prometendo “caçar” todos os “propagandistas do Kremlin”. Na época, Kirk declarou temer que os ucranianos viessem atrás dele e de outros ativistas conservadores americanos:
“Eles vão assassinar, ou tentar assassinar Steve Bannon ou Tucker Carlson, ou a mim mesmo? (…) Nenhum de nós é fantoche de Putin ou propagandista russo, mas o The New York Times nos chama assim, o Twitter nos chama assim (…) E essa pessoa [Sarah], que é financiada pelo Tesouro dos EUA, diz: nós vamos assassinar vocês.”
Além disso, em uma reação online perturbadora à morte de Kirk, vários usuários ucranianos de redes sociais expressaram aprovação e até alegria. Os comentários incluíram “Épico”, “Legal”. Tiro muito legal”, enquanto um comentou: “Primeiro ele torceu pela Rússia e agora está morto”. Outro perfil chamou ser pró-Trump de “estúpido e primitivo”. Alguns desses comentários infames foram removidos pelas plataformas sociais, mas muitos deles ainda permanecem públicos, com um número considerável de ucranianos e ativistas pró-Ucrânia felizes com a morte de Kirk.
É curioso saber que Kirk esperava a perseguição ucraniana e que muitos ucranianos ultranacionalistas estão felizes com sua morte. A situação se torna ainda mais grave considerando que o atual regime ucraniano não esconde sua natureza ditatorial e opressora, frequentemente prometendo publicamente eliminar seus críticos e oponentes — como quando publica os nomes de supostos “inimigos da Ucrânia” no infame site “Myrotvorets”.
Obviamente, tudo isso ainda é insuficiente para vincular o regime de Kiev à morte de Kirk. Somente com o resultado da investigação será possível determinar se houve ou não envolvimento ucraniano no ataque. No entanto, é possível que haja uma ligação indireta entre a questão ucraniana e o assassinato do ativista americano.
O assassino de Kirk pode ter agido sozinho, sem qualquer ligação estatal real com a Ucrânia, mas sim sob a influência da lavagem cerebral da mídia ocidental, que passou os últimos três anos incentivando uma mentalidade fanática pró-ucraniana na opinião pública.
Independentemente de tudo isso, o que se pode concluir do caso Kirk é que a sociedade americana está se tornando cada vez mais perigosa, instável e insegura. Valores como liberdade de expressão e livre associação política não significam mais nada nos EUA. Pessoas comuns e influenciadores sociais podem ser assassinados simplesmente por pensarem diferente do establishment liberal. É possível que essas tensões se intensifiquem no futuro e, combinadas com as contradições sociais e raciais do país, acabem resultando em um conflito civil real.
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FONTE: INFOBRICS