Em memória de Elizeu Gasparini, membro da Nova Resistência.
Entendemos que vamos envelhecendo quando começamos a ser cercados pela memória dos nossos mortos, em número que pouco a pouco vai aumentando. E se ainda somos jovens, nem por isso deixamos de ter já, camaradas a guardar em nossa memória por não estarem mais entre nós.
Recebemos hoje a notícia do falecimento do camarada Elizeu Gasparini, um camarada jovem, forte, atleta, campeão, que, para o nosso azar, nos deixou de forma fulminante, como que atingido por um raio, como se os Deuses tivessem pressa para tê-lo em sua companhia.
O Camarada Gasparini esteve conosco desde 2016, por 8 anos; portanto, ao longo de quase toda a história de nossa organização, quando ela não tinha mais que 20 membros e era apenas mais um “grupelho” nacionalista entre outros. Conosco ele passou por perseguições, dificuldades materiais e traições, mas também pelo crescimento, pelas conquistas, pelas glórias da nossa organização, que é hoje a maior e mais organizada estrutura militante do nacionalismo brasileiro.
Tudo isso ele experienciou não como mero espectador, mas como construtor da Nova Resistência, junto aos outros camaradas. Gasparini foi, como já dito, um dos primeiros membros da organização, um dos pioneiros no Espírito Santo e foi, inclusive, um dos líderes estaduais da Nova Resistência por algum tempo – portanto, parte também do nosso Politburo nesse período.
A Nova Resistência preza por ser uma organização declaradamente “elitista”, aristocrática, no sentido de querer apenas os melhores, mais dignos e mais virtuosos. E nisso podemos dizer com tranquilidade que foi um privilégio e uma honra conviver por 8 anos com um camarada com as virtudes do Elizeu Gasparini. Fanaticamente leal, honrado como um herói dos poemas antigos, absolutamente comprometido com a doutrina, mas o que era fundamentalmente característico do Gasparini era a sua dedicação a garantir que todos os membros da organização estivessem se exercitando.
O camarada Gasparini nos recordava todos os dias sobre a necessidade de estar fisicamente preparado para tudo, insistia constantemente no cultivo das perícias guerreiras por entender que vivemos em tempos perigosos e em um mundo cruel. E ele não apenas falava sobre isso, mas já orientou vários camaradas em seus programas de treinamento, bem como em seus interesses por artes marciais. Campeão nas competições de levantamento, nos ringues de luta e na liderança pelo exemplo junto aos camaradas que o buscavam.
Para ele, o membro da Nova Resistência deveria ser a fusão perfeita entre intelecto e força, unindo o conhecimento teórico e filosófico com as capacidades físicas básicas de um guerreiro, com a revolução sendo um continuum entre a transmutação interior, o aprimoramento físico e a transformação da realidade exterior. No centro de tudo, a Vontade emergindo do Espírito e transbordando até subjugar o Mundo em uma maré revolucionária.
Estive com ele pessoalmente uma única vez – triste vicissitude de viver em um país imenso, continental, um dos maiores do mundo, tão grande quanto era grande o coração de nosso camarada. Foi durante o 1º Congresso da Nova Resistência. E, coisa rara, pessoalmente Gasparini era exatamente a mesma pessoa que na internet. Sempre bem humorado, sempre engajado na causa, sempre prestativo, perpetuamente leal, absolutamente honrado.
Entendemos, porém, que não é o fim.
Tal como ele formava em nossas fileiras até hoje mais cedo, ele agora cerrará nas fileiras dos Anjos da Guarda, entre as estrelas. Tendo passado plenamente da guerra material para a guerra espiritual, ele guardará os seus camaradas e seguirá travando combate contra as forças das trevas, da entropia e da subversão mundial até o Fim dos Tempos e até a grande renovação.
Se lamentamos hoje, é por nós, infelizes vivos, que sobramos agora em um mundo cujo valor diminuiu drasticamente com a ausência de nosso camarada.
Camarada Elizeu Gasparini,
PRESENTE!