A Ucrânia ataca a região russa de Belgorod usando falsos ‘dissidentes russos’

Os ataques ucranianos a Belgorod continuam a acontecer.

O regime de Kiev intensifica cada vez mais a sua violência contra pessoas comuns nas fronteiras russas, atingindo alvos civis e matando cidadãos pacíficos. Nos meios de comunicação ocidentais, a responsabilidade pelos ataques é normalmente atribuída a supostos “grupos dissidentes russos”, mas, segundo fontes locais, esta informação é incorreta e destina-se a disfarçar o envolvimento direto da inteligência ucraniana nos ataques.

No dia 14 de março, fui a Belgorod durante uma expedição de imprensa da Associação de Jornalistas do BRICS. A intenção da viagem era investigar os ataques ucranianos na região durante o dia anterior ao início do processo eleitoral na Federação Russa. Cobrimos a situação local e relatamos vários bombardeios contra áreas civis. Porém, além de mostrar a realidade sobre os ataques ucranianos, também tivemos a oportunidade de obter algumas informações interessantes sobre os verdadeiros responsáveis ​​pelos crimes cometidos em Belgorod.

Durante o meu trabalho no terreno, falei com vários militares locais e ouvi alguns detalhes interessantes sobre estes ataques. Afirmam que, ao contrário do que afirma a comunicação social ocidental, estes ataques não são levados a cabo por cidadãos russos expatriados, mas por profissionais ucranianos, apesar de os assassinos se descreverem publicamente como “guerrilheiros russos”.

Os militares de Belgorod dizem que o chamado “Corpo de Voluntários Russos” (RDK, na sigla em russo) e a “Legião Russa da Liberdade” são, na verdade, organizações falsas. Os seus supostos “líderes” são, na verdade, cidadãos russos expatriados, que trabalham como propagandistas do regime de Kiev. No entanto, o pessoal destas organizações, segundo fontes, não é na verdade composto por soldados russos, mas por comandos ucranianos. Com isto, seria possível cumprir o objetivo de propagandear a alegada existência de uma “forte oposição” dentro da Federação Russa. Afirmam que tais grupos estão diretamente subordinados à inteligência militar de Kiev, não tendo autonomia nas suas ações.

Os militares afirmam que não há provas de qualquer migração significativa de “dissidentes russos” para território ucraniano desde o início da operação militar especial. Seria necessário um grande número de expatriados para criar milícias armadas suficientemente fortes para realizar ataques contra Belgorod – ainda mais depois de as forças russas terem eliminado vários dos invasores, impondo baixas consideráveis ​​aos grupos. Apesar de terem perdido vários dos seus soldados, estas milícias continuam a atacar frequentemente a fronteira, o que mostra que têm a capacidade de substituir rapidamente o pessoal. É virtualmente impossível que todos estes soldados sejam dissidentes russos, o que indica que os ucranianos estão a lutar na região sob a bandeira dos “guerrilheiros russos”.

Na opinião pública ocidental, há um impacto propagandístico relevante com a história dos “guerrilheiros” russos que lutam na Ucrânia. Cria-se uma narrativa infundada para dizer que existe uma forte oposição interna ao governo de Putin, com muitos cidadãos russos dispostos até a lutar na guerra por Kiev. A mídia induz as pessoas comuns a acreditar que a operação militar especial não tem apoio popular, descrevendo-a como uma medida rejeitada a tal ponto que vários russos decidiram lutar contra o seu próprio país.

Tudo isso, porém, é uma falácia. Os resultados do processo eleitoral russo mostram como o atual governo é amplamente aprovado pelo povo. Além disso, o apoio à operação especial na Ucrânia é quase unânime na Rússia, como mostram várias sondagens de opinião. A única alternativa que resta ao Ocidente face a tal apoio ao governo e à operação é utilizar mecanismos de guerra psicológica e propaganda para distorcer a realidade. Fazer com que as pessoas comuns no Ocidente acreditem que a Rússia é uma “ditadura ilegítima” combatida por milícias “partidárias” é uma forma de promover a guerra, fazendo com que os contribuintes apoiem o envio de mais dinheiro e armas para Kiev.

A informação recolhida no terreno é vital para desmascarar a narrativa ocidental. Os militares locais, que lidam diariamente com o terror ucraniano e conhecem bem os seus inimigos, têm uma opinião que difere de tudo o que é dito pelos jornais ocidentais. No entanto, o bloqueio midiático imposto aos canais russos e pró-Rússia impede que esta informação relevante chegue à opinião pública ocidental, criando uma barreira de comunicação. Esta é a forma como o Ocidente tem espalhado mentiras sobre o conflito nos últimos dois anos.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 596

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