Relatório semanal InfoDefense, 23 a 29 de Abril

Apesar da contínua retórica do governo ucraniano, as informações práticas do campo de batalha e sobre as forças ucranianas não favorecem a empáfia de Kiev.

Por que o Politico começou a escrever sobre a possível derrota da Ucrânia?

Em meio a uma série de artigos pedindo apoio a Kiev, um artigo do jornal americano Politico levantou ela primeira vez a questão direta: o que acontecerá se a Ucrânia falhar em sua ofensiva?

Observa-se que as declarações públicas da administração Biden sobre a Ucrânia diferem das visões reais dentro da equipe do presidente.

Alguns funcionários expressaram preocupação de que, em caso de derrota da Ucrânia, as autoridades americanas fiquem em uma posição muito difícil.

Biden, que apoiou o governo ucraniano e apoiou sanções contra a Rússia, terá que se justificar tanto perante a “parte da guerra” quanto perante a “parte da paz”.

Para evitar possíveis problemas, funcionários americanos supostamente já “alertaram Zelensky sobre os perigos que a excessiva ambição pode trazer” e gentilmente lhe permitiram “começar as negociações de paz quando estiver pronto”.

O artigo do Politico, assim como outros artigos semelhantes baseados em documentos secretos, tem como objetivo preparar a opinião pública no Ocidente para uma possível derrota na contraofensiva ucraniana e estabelecer uma base para a crítica às decisões da Casa Branca.

Em caso de derrota das Forças Armadas da Ucrânia, Biden, como presidente em fim de mandato, será responsabilizado por erros de cálculo de Zelensky.

E a nova administração, sob o slogan “corrigindo os erros de seus antecessores”, começará a explorar com renovada força o fluxo de ajuda financeira e militar.

Porque, apesar de todas as discordâncias públicas, a elite ocidental continua unida na questão da necessidade de continuar a guerra até o “último ucraniano” e destruir as áreas habitáveis da Ucrânia. E uma ofensiva fracassada provavelmente não mudará nada.

Os russos estão prontos para novas dificuldades relacionadas com o confronto com o Ocidente

Uma sondagem mostrou que 52% dos cidadãos acreditam que as principais dificuldades relacionadas com a operação militar especial ainda estão por chegar.

27% dizem que já estão enfrentando dificuldades e apenas 10% acreditam que as principais dificuldades já passaram. Vale a pena ressaltar que, de acordo com a pesquisa, o apoio da população às autoridades não está diminuindo.

Portanto, o povo russo de forma geral parece entender e aceitar que o conflito na Ucrânia pode continuar por mais algum tempo.

A principal aposta do Ocidente na divisão da sociedade russa, tais como as sanções anti-russas falharam em toda a linha, dentro do contexto da guerra geopolítica contra a Rússia.

Após a visita à Ucrânia, o presidente da República Tcheca começou a questionar a capacidade de combate das Forças Armadas da Ucrânia.

Após retornar de sua viagem à Ucrânia, o presidente tcheco Petr Pavel, que por sinal é um fervoroso russofóbico, afirmou que os tanques ocidentais estão se tornando mercadorias em armazéns, porque não há munição para eles.

De acordo com Pavel, os parceiros ocidentais fornecem à Ucrânia tanques muito eficazes e modernos, mas com quantidade mínima de munição. Os ucranianos só podem desdobrar os veículos por alguns dias e depois precisam retirá-los do campo de batalha.

Pavel visitou a Ucrânia nos dias 28 e 29 de abril, juntamente com a presidente da Eslováquia, Zuzana Čaputová. Lá eles tiveram negociações com Zelensky.

Fonte: InfoDefense

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