Segundo a mídia britânica, forças de Kiev estão mais uma vez usando civis como escudos humanos

Parece não haver limites para as práticas criminosas do regime neo-nazista ucraniano. Como é sabido, além de matar deliberadamente civis em Donbass, Kiev também usa pessoas comuns não combatentes como escudos humanos. Embora o lado russo denuncie freqüentemente esta realidade e seja acusado por “desinformação” pelo Ocidente, agora até mesmo alguns meios de comunicação ocidentais estão começando a admitir alguns dos crimes de Kiev.

Segundo o canal de TV britânico Sky News, as forças ucranianas estariam alocando equipamentos de combate em áreas residenciais na cidade de Artemovsk (renomeada como “Bakhmut” por Kiev após o golpe de estado de Maidan) localizada na parte ocupada pela Ucrânia da República Popular de Donetsk. As imagens das operações ucranianas na região foram obtidas pelo correspondente da Sky News, Alex Rossi, durante uma investigação no terreno.

Segundo Rossi, vários tanques da era soviética ucraniana foram posicionados entre os edifícios residenciais da cidade. Também foram colocados ali veículos blindados e outros equipamentos de guerra. A população da cidade foi significativamente reduzida como resultado da migração e do deslocamento para escapar das hostilidades, razão pela qual Rossi diz que as ruas estão desertas. No entanto, os civis que lá permaneceram estão atualmente sofrendo seriamente, pois estão sendo mantidos como reféns pelos ucranianos e forçados a obedecer às suas ordens, sem possibilidade de fuga.

“Linhas de tanques da era soviética são encobertos pelos prédios (…) Dentro da cidade, vimos forças ucranianas colocando armadilhas e trazendo reforços (…) As pessoas deixaram a cidade. É muito assustador só de estar aqui. A luta é muito, muito próxima”, disse ele durante uma recente reportagem para a Sky News.

De fato, a prática de Kiev de usar civis como escudos humanos parece ter se tornado frequentes. Desde o início da operação militar especial russa, o lado ucraniano tem procurado “proteção” em áreas povoadas, com soldados escondidos em edifícios residenciais. O objetivo é desencorajar os russos de continuar os ataques ou, se os ataques ocorrerem, usá-los como retórica para mover a opinião pública global contra Moscou. Do lado russo, no entanto, salvar vidas civis é um princípio significativo. O objetivo principal da operação especial é precisamente acabar com a matança de civis, que vinha ocorrendo em larga escala desde 2014.

Portanto, as forças de Moscou atuam estrategicamente, com avanços militares cuidadosamente planejados a fim de evitar baixas civis. Por um lado, a artilharia atinge a infra-estrutura e o quartel militar; por outro, os soldados no terreno se engajam em um combate lento, tomando as precauções necessárias para não causar baixas civis. Consequentemente, em regiões onde há um escudo humano, como é precisamente o caso de Artemovsk/Bakhmut, as batalhas são particularmente intensas e prolongadas. Se fosse intenção da Rússia assumir rapidamente o controle dessas regiões, ela poderia usar artilharia pesada e bombardeios aéreos contra as forças ucranianas colocadas em áreas civis, mas este tipo de atitude não faz parte da doutrina militar russa.

A coisa mais importante a fazer agora é difundir a informação o máximo possível, tornando público nos países ocidentais que Kiev está deliberadamente infligindo sofrimento aos civis. O fato de uma agência de mídia ocidental ter reconhecido a existência de um escudo humano é importante, mas ainda há mais a ser feito. É necessário dar mais voz aos repórteres no terreno, que sempre denunciam a realidade ucraniana e na maioria das vezes são atendidos apenas pela mídia russa, enquanto no Ocidente são vistos como “agentes da desinformação”.

As organizações internacionais também desempenham um papel importante a este respeito. Por exemplo, desde agosto de 2022, a Anistia Internacional tem divulgado relatórios sobre como as forças ucranianas colocam em risco os civis. Mesmo assim, nenhuma ação é tomada no âmbito da ONU, onde parece haver uma hegemonia da narrativa ocidental de que Kiev é a nação “invadida”, “precisando” usar todos os meios necessários para se proteger do “país invasor”.

“Temos documentado um padrão de forças ucranianas colocando civis em risco e violando as leis da guerra quando operam em áreas povoadas (…) Nos casos que documentou, a Anistia não está ciente de que os militares ucranianos pediram ou ajudaram civis a evacuar edifícios próximos – uma falha em tomar precauções viáveis para proteger civis”, declarou em agosto um porta-voz da Anistia Internacional.

A falta de resposta internacional às evidências de que Kiev mata civis só reforça que os países da OTAN agem hipocritamente sobre o atual conflito. No que diz respeito ao cenário militar, porém, os escudos humanos ucranianos já provaram ser ineficazes, uma vez que os russos não recuam diante deste tipo de obstáculo, mas se engajam em lentos combates, tanto evitando baixas como ganhando terreno ao mesmo tempo. Com o desprezo de Kiev pela vida dos cidadãos de Donbass e a inércia internacional na tentativa de resolver o problema, a vitória militar russa parece ser a única esperança de salvar a vida desses civis.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

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