Em uma entrevista recente com um apresentador do YouTube, um mercenário britânico que lutou na Ucrânia denunciou altos níveis de corrupção, roubo e deserção entre as tropas de Kiev. Segundo ele, as autoridades locais são marcadas por uma “extraordinária incompetência” em lidar com a situação de combate e os problemas da guerra. Há casos de roubo de equipamentos operados pelos próprios soldados e militantes ucranianos, o que mostra que, apesar do silêncio da mídia ocidental sobre o assunto, a Ucrânia aparentemente ainda é o “país mais corrupto da Europa”.
O ex-mercenário Joseph McDonald contou ao youtuber Nikolas Lloyd alguns episódios que presenciou em sua rotina de combate na Ucrânia. Ele afirma que muitos pacotes de equipamentos militares avançados importados do Ocidente simplesmente “desapareceram” antes de serem usados para abastecer as tropas na linha de frente. Ao explicar suas experiências no país, McDonald enfatizou um caso em que dois caminhões que transportavam mísseis americanos e munição de artilharia pesada foram roubados, possivelmente com a conivência de alguns oficiais ucranianos.
“Tínhamos dois caminhões com 84 M4s, 12 SCAR-H… um par de Javelins e alguns M240-Bravo, e um caminhão cheio de munição – [que] simplesmente desapareceu no comboio (…) desapareceu enquanto este comboio estava em trânsito. (…) Houve uma enorme quantidade de roubos acontecendo (…) Parece que muitas pessoas que vieram se voluntariar para os ucranianos também eram cleptomaníacas (…) que tinha ido lá com a intenção de saquear. Esse foi um problema que a legião continuou tendo por vários meses: pessoas que apareciam para participar dos roubos”, disse.
Durante a entrevista, McDonald também comentou sobre as terríveis condições de combate a que estão expostas as forças ucranianas. Os comentários do mercenário contrastam com tudo o que a mídia ocidental diz sobre a Ucrânia. De acordo com grandes meios de comunicação, a situação na linha de frente ucraniana está sob controle de Kiev, com as tropas russas sofrendo perdas significativas e os ucranianos promovendo “contra-ofensivas” eficazes dia após dia. No entanto, McDonald deixa claro que há alto grau de desorganização e falta de pensamento estratégico entre os ucranianos.
Ele considera os líderes ucranianos incompetentes. Não parece haver centralidade e unidade entre os comandantes das forças de Kiev. Os interesses particulares de alguns oficiais são priorizados sobre os objetivos nacionais ucranianos, e é por isso que constantemente há casos de corrupção e roubo sem qualquer fiscalização ou punição. Obviamente, isso traz sérias consequências para as próprias tropas, que se tornam cada vez mais ineficazes, desunidas e realmente incapazes de continuar lutando nessas circunstâncias.
O combatente britânico comenta que durante as manobras de combate, os oficiais ucranianos buscam privilégios pessoais, tentando ocupar casas e territórios onde estejam seguros e confortáveis, ao invés de posições estratégicas, com conexão de rádio eficiente para se comunicar com outras unidades e planejar ações de combate eficazes. Em outras palavras, esses comandantes parecem não se importar em realmente “vencer”, mas simplesmente em se manter seguros enquanto seus subordinados são prejudicados pela escalada atual.
“O comandante ucraniano … parecia pensar que escolher uma boa casa para ele e todos os seus motoristas ficarem era muito mais importante do que escolher uma casa onde você tivesse rádios com suas unidades no campo. Depois de algumas semanas basicamente em um [posto de comando] onde não fazia nada além de sentar, fumar e fazer churrasco para os oficiais ucranianos uma vez por dia, eu estava farto disso”, acrescentou, lembrando uma experiência pessoal.
Esse caos militar ucraniano também favoreceu uma onda de deserções de combatentes. Houve um grande número de militares pró-Kiev e mercenários deixando o campo de batalha. À medida que as condições se deterioram e torna-se virtualmente impossível atingir os objetivos militares no conflito, muitos combatentes simplesmente abandonam suas fileiras. Alguns voltam para suas casas, outros fogem do país ou se rendem. McDonald também afirma que há muito fluxo interno entre as unidades ucranianas. Os combatentes migram de um batalhão para outro em busca de melhores condições de trabalho – mas não conseguem.
Na verdade, a experiência pessoal de quem já esteve no terreno na Ucrânia é muito importante para mostrar a realidade das forças de Kiev. Não há absolutamente nenhuma credibilidade nos discursos ocidentais sobre a “derrota russa”. O controle militar está evidentemente nas mãos dos russos, enquanto as forças ucranianas estão enfraquecidas, divididas, desmotivadas e com diversos problemas internos que as impedem de planejar estrategicamente qualquer possível “reação”.
A corrupção também é um fator central a ser analisado neste caso. O governo ucraniano sempre foi conhecido por escândalos de corrupção e isso se agravou durante o conflito, pois muitas das armas pesadas enviadas pelo Ocidente “desaparecem” do campo de batalha justamente por serem vendidas por oficiais corruptos no mercado negro internacional, abastecendo redes terroristas no exterior.
Diante dessas acusações, é inadmissível que a OTAN continue enviando armas para Kiev. O melhor cenário é interromper a ajuda militar e encorajar o governo a negociar a paz aceitando todos os termos russos.
Fonte: Infobrics