Antissionismo não é antissemitismo! Abaixo o silenciamento!
Como um movimento patriótico que opera na linha de frente na Guerra Cultural contra os setores liberais e entreguistas, a Nova Resistência é costumeiramente o alvo primário de toda sorte de ataques, vindos de todos os lados. A cada ataque, porém, fica mais clara a natureza justa e ilibada de nossa luta.
Sobre as acusações de “antissemitismo”, a verdade é cristalina com a água:
1) Antissionismo não é antissemitismo: fazer uma crítica radical das ações autoritárias, genocidas e inquestionavelmente racistas do Estado de Israel não pode ser considerado antissemitismo. Caso contrário, a ONU e uma série de outros organismos internacionais seriam “antissemitas”.
Israel é um estado com forte componente racial, que realiza uma verdadeira política de limpeza étnica multinível nos territórios palestinos: de bombardeios ao colonialismo, de encarceramentos injustos a destruição de propriedades (incluindo tumbas!) palestinas. Em verdade, a política de Assentamentos judaico-israelenses se assemelha em vários pontos ao projeto nazista do Espaço Vital (Lebensraum): expandir, ocupar e substituir uma comunidade étnica por outra pretensamente superior.
Além do mais, a entidade sionista atua como um verdadeiro representante da geopolítica atlantista no Oriente Médio, atuando em sincronia com os EUA em intervenções contra todos os Estados da região, ao ponto de, inclusive, ter oferecido tratamento hospitalar para terroristas salafistas feridos nos confrontos contra as forças legalistas de Assad.
É dever de todo militante nacionalista rejeitar e abominar o sionismo. Durante uma reunião da Internacional Socialista com o intuito de deliberar sobre a entrada da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) no órgão, Brizola foi taxativo ao condenar o terrorismo de estado israelense, para o desgosto da ala trabalhista sionista liderada por Shimon Peres presente na ocasião.
Questionado, o Caudilho asseverou: “temos que nos posicionar sobre todos os assuntos que nos interessam.”. A Nova Resistência, como herdeira de Brizola, faz o mesmo desde a sua fundação e seguirá fazendo.
E é isso que a Nova Resistência faz desde sua fundação e seguirá fazendo.
2) A narrativa do holocausto é frequentemente usada para fins políticos que nada tem a ver com os direitos e à proteção aos judeus, como aponta o próprio escritor judeu Norman Finkelstein em seu livro A Indústria do Holocausto. Não se trata de negar que judeus tenham sido brutalmente assassinados pelo estado nazista, mas de situar a Narrativa sobre o evento (que é diferente do Evento em si) em sua marcação política apropriada. Como Finkelstein declara em seu livro: um evento único requer direitos únicos. Se o Holocausto é um evento único – politicamente singular em suas dimensões – disso se segue que o Estado Judeu poderá requerer direitos igualmente únicos. E quem serão as vítimas destes pretensos “direitos singulares”? Todas as populações árabes inclusas no arco do projeto de Um Grande Israel: sírios, libaneses, palestinos, etc.
3) A Quarta Teoria Política é para todos os povos, religiões e tradições: Alexander Dugin, uma de nossas principais referências teóricas, dirá em seu A Quarta Teoria Política:
“Outra questão é a estrutura de uma possível frente antiglobalista e anti-imperialista e seus participantes. Eu penso que deveríamos incluir nela todas as forças que lutam contra o Ocidente, os Estados Unidos, contra a democracia liberal, e contra a modernidade e a pós-modernidade. O inimigo comum é a instância necessária para todos os tipos de alianças políticas. Isso significa muçulmanos e cristãos, russos e chineses, esquerdistas e direitistas, hindus e judeus que desafiam o estado atual de coisas, a globalização e o imperialismo americano. Assim, eles são todos amigos e aliados. Que nossos ideais sejam diferentes, mas temos em comum um traço poderosíssimo: o ódio pela realidade social presente.” (p. 300-301, capítulo 15).
Judeus são um povo como qualquer outro e, portanto, vítimas das mesmas mazelas provocadas pelo globalismo liberal-atlantista, em sua sanha por homogeneizar todo o planeta segundo os valores, parâmetros e visões de mundo ocidentais. Judeus antissionistas, anti-imperialistas e antiglobalistas e que desejam afirmar sua própria identidade étnica e religiosa, são aliados de luta.
Não há ódio a judeus, mas ao racismo sionista.
4) Em síntese: radicalmente antissionistas, não antissemitas. Críticos da narrativa estabelecida (utilizada para fins escusos), não negacionistas.
Finalmente, considerando que nos movemos a oferecer essas explicações didáticas básicas por causa de uma matéria com ânimo exclusivamente difamatório, de gente apavorada com a possibilidade de Lula e do PT não ganharem as eleições, é necessário apontar que durante a confecção da matéria o UOL em momento algum tentou contatar algum membro da Nova Resistência, o que comprova o ânimo difamatório.
Não obstante, a UOL de fato entrevistou o presidente da Nova Resistência, Raphael Machado, no dia 9 de agosto do ano corrente em que abordaram a Nova Resistência, a Quarta Teoria Política e as atividades políticas da organização. A entrevista foi realizada pelo jornalista catarinense Felipe Pereira, mas a matéria foi, por algum motivo misterioso, “engavetada”.
Esperamos, portanto, que o UOL demonstre ser mais que um tabloide, publicando e divulgando, após mais de 1 mês de atraso, a entrevista em questão em que nossa organização expõe de forma cristalina as suas posições.