O psiquiatra italiano Adriano Segatori explica os mecanismos de falsificação da realidade utilizados pelo lobby cosmopolita-globalista.
Estranha coisa é nossa democracia: acovardada e medrosa. Reivindica o status de Melhor Governo Possível, mas assim que o povo dá sinais de que não concorda com os ditames propostos, a censura é acionada (chegando até a perseguição propriamente dita).
Ela é acovardada porque não tem a firmeza da imposição autoritária; é medrosa porque faz de tudo para evitar o questionamento dialético de suas ações. E quando não consegue domar as massas, ela libera suas minorias revoltadas e violentas contra os mais temidos, ou seja, contra aqueles que desnudam sua hipocrisia.
Deste modo, a partir do momento que a democracia fica nas mãos da esquerda, o que temos – como diz Douglas Murray – é a “reorganização da sociedade, não com base em fatos derivados da ciência, mas a partir de falsidades políticas impostas por ativistas das ciências sociais”. Creio que a capa do L’Espresso [imagem acima] exemplifica bem – e graficamente – a aberração denunciada pelo analista político britânico: um homem grávido, portando o fruto em seu ventre.
A fotografia do grávido barbudo confirma ainda mais a perspectiva de Murray de que “nossas sociedades chegaram a um estágio de negação em escala aparentemente industrial”. Trata-se de uma paranoia alçada a uma proporção jamais concebida pelas ciências psíquicas: se meu desejo contrasta com a natureza… ora, que se dane a natureza.
A partir daí, preconceitos históricos, tabus biológicos, caprichos hormonais e alterações fenotípicas são inventados, até que a hibridização do sistema finalmente se consolida e surgem, de um lado, mulheres fálicas (obviamente, não no sentido psicanalítico) e, do outro, homens vaginais.
Tudo isso poderia permanecer no reino da ficção científica – na estranheza dos Golem ou na anomalia de Frankenstein – se a tecnologia e o Capital não estivessem direcionados a um projeto de engenharia social e manipulação da realidade. (Os acadêmicos também estão envolvidos nessa estratégia de manipulação, com o apoio irrestrito das redes sociais e das diversas agências de intoxicação pela comunicação). Os direitos passam a se confundir com os desejos mais aberrantes, e o egoísmo individualista faz da vida um objeto manipulável.
Podemos falar abertamente sobre isso? Claro não! “Refletir em voz alta sobre os assuntos mais polêmicos se tornou tão arriscado que, pelo simples cálculo da relação custo-benefício, não faz sentido correr esse risco”, adverte Murray.
Quanto a nós, porém, considerados “ameaças” pelos sequazes do Pensamento Único, o mal não se sustenta. Relutamos às suas armadilhas linguísticas, somos refratários ao pensamento fraco e inoxidáveis à tentação da indiferença: para nós existe o ser e o devir; o masculino e o feminino; o animus e a anima. Preferimos ficar com a complementariedade corpo-psique e rejeitamos a ambiguidade difusa do Andrógino. A natureza e a razão prevalecerão contra tais experimentos perversos.