O Prof. André Luiz fala sobre as raízes liberais e individualistas dos grupos pós-modernos.
O fato de grupos pós-modernos não reivindicarem autores liberais clássicos nada implica contra o cerne ideológico de suas agendas: são movimentos anti-essencialistas defendendo a liberdade do indivíduo para definir sua identidade livre de qualquer constrangimento comunitário.
Essa luta pela ”liberdade do indivíduo” contra quaisquer constrangimentos coletivos, principalmente aqueles legitimados por uma natureza ou forma superior ao próprio indivíduo, é um dos elementos centrais do sujeito moderno setecentista.
Socialistas utópicos, e mais tarde marxistas, bem como os fascistas, colocaram limites a essa abordagem que já era central ao liberalismo de seu tempo. No século XIX, ela se voltou, em primeiro lugar, contra a ordem tradicional, baseada em status e valores aristocráticos.
Uma vez derrubada essa ordem em prol da hegemonia liberal no âmbito formal das sociedades, ela passou a corroer as demais instituições formas de existência comunitárias, sempre baseadas no mesmo princípio de liberdade focadas nesse indivíduo anterior aos laços coletivos.
O pós-modernismo se dá quando esse elemento corrosivo se volta contra as próprias características ‘biológicas’ do indivíduo, incluindo aí as sexuais, e, mais tarde, contra a própria centralidade do status humano.
Mas ainda aqui se trata da atuação do mesmo princípio corrosivo.
Esse princípio já estava explícito nas filosofias da consciência, em que a consciência individual é definida basicamente como princípios de ordem matemática à parte de quaisquer estrutura física concreta.
Pode indicar literatura ou especificamente sobre este assunto.
Achei a abordagem interessante mas muito pequena.
Att
Carlos Novais Ferreira