O brasileiro Rafael Lusvarghi é incluído em nova troca de prisioneiros na Ucrânia

Tropas da República Popular de Luganks no checkpoint em que ocorreu a troca de prisioneiros.

Nosso amigo Rafael Lusvarghi, combatente voluntário brasileiro e herói na região de Donbass (fronteira russo-ucraniana) está entre os prisioneiros que foram trocados. Lusvarghi participou de importantes batalhas no conflito e comandou outros voluntários internacionais, inclusive outros brasileiros, que tiveram um papel de destaque. É sabido que nos últimos dias, desde os encontros do chamado “Quarteto da Normandia”, Rússia e Ucrânia começaram a esboçar alguns gestos de conciliação, incluindo um cessar-fogo. Hoje (domingo, 29 de dezembro) houve uma troca de prisioneiros: combatentes pró-Donbass que haviam sido capturados foram soltos e devolvidos à suas famílias pela Junta que atualmente governa a Ucrânia e, em troca, as autoridades rebeldes das Repúblicas de Donbass (Lugansk e Donetsk) também liberaram soldados ucranianos capturados no conflito.

Nosso compatriota e nosso amigo Rafael Lusvarghi está entre os 200 combatentes trocados e se encontra em liberdade neste momento, em Lugansk. Possivelmente não virá ao Brasil e permanecerá na Rússia.

É interessante que Lusvarghi tenha sido incluído em uma troca de prisioneiros de guerra, pois até então o governo ucraniano insistia que se tratava de um criminoso comum, preso por crime de terrorismo. Lusvarghi passou muito tempo em cela solitária e vinha sofrendo ameaças de morte e tortura. Quando se encontrava em liberdade provisória, trabalhando em um mosteiro, foi capturado, hostilizado e arrastado pelas ruas de Kiev (Ucrânia) por milicianos neonazistas ucranianos, que também invadiram o mosteiro (a procura de Lusvarghi) e agrediram os religiosos ali presentes (em maio de 2018). Neste triste episódio, há indícios que invadiram até mesmo a embaixada brasileira (para onde Lusvarghi havia se dirigido, buscando proteção), com a cumplicidade de alguém de dentro da embaixada.

Nós da Nova Resistência, assim como a Frente de Solidariedade Brasil Ucrânia (FSBU) temos nos empenhado em interceder por Lusvarghi, por meio de diversos canais, desde sua captura pelo serviço secreto ucraniano em uma emboscada – desrespeitando os acordos de Minsk (em 2016).
Sabemos que, apesar de tudo, o Itamarary havia começado a sondar a hipótese de solicitar a extradição de Lusvarghi (apesar inclusive do atual governo pró-americano e sob ocupação sionista que se encontra em Brasília). De qualquer forma, LUSVARGHI ESTÁ LIVRE!

É uma excelente notícia – e passarão certamente um Ano Novo mais feliz sua família e as família dos combatentes libertados – de ambos os lados.
A Nova Resistência deseja que seja reconhecida a causa do povo de Donbass (que é quem mais tem sofrido – inclusive com bombardeios de escolas e hospitais) e a Nova Resistência deseja ainda que a situação entre Ucrânia e Rússia (cujas histórias estão entrelaçadas) se estabilize, sem interferências do Departamento de Estado americano e suas agências de inteligência e mercenários. Trata-se não de um “conflito étnico”, mas antes de um conflito político-ideológico. Ucranianos e russos são ambos eslavos-orientais, com línguas e histórias que se confundem.

O caso do “Maidan” e do conflito de Donbass ensina várias lições aos patriotas brasileiros e sul-americanos no geral (sobre como operam as “revoluções coloridas” e a subversão americana, fomentando “primaveras” e “guerras civis”). Hoje é Donbass e Síria – amanhã, pode ser a Venezuela, com o resultado de milhares de refugiados buscando abrigo no Brasil (que já passa por vários problemas econômicos e sociais) e envolvimento de soldados brasileiros que retornarão à sua pátria em caixões.

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Nova Resistência
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