No último dia 31 de agosto, foi realizado no ABC paulista, o evento CasaPound: História de uma Revolução, promovido pelos membros da banda Bronson, também integrantes da movimento italiano.
O evento contou com a participação de diversos movimentos nacionalistas e nacional-revolucionários e teve como foco expor sumariamente a história da práxis política da CasaPound na Itália, delineando alguns dos seus posicionamentos, como os que se seguem:
(1) Sobre a situação ucraniana, política oficial da organização é a do silêncio: foi afirmado que a CasaPound Italia comporta apoiadores de ambos os lados e que, acima de tudo, preza pela pacificação na região.
(2) A CasaPound Italia sempre foi uma admiradora e apoiadora aberta de Hugo Chávez, um dos maiores ícones do nacionalismo-revolucionário na América Latina: foi afirmado, não obstante, que a organização não enxerga com bons olhos a figura de Nicolás Maduro (por razões que podem variar).
(3) Sobre o Brasil, foi dito que a organização não detém opiniões sobre os pleitos políticos do país, nem mesmo sobre a natureza do Partido dos Trabalhadores (PT), preferindo silenciar a respeito do tema (o que é bastante natural).
Cabe ressaltar que a CasaPound Italia tem sido um dos mais proeminentes movimentos europeus no que diz respeito a militância pró-Síria no continente, estando completamente alinhada conosco (e com o movimento eurasiano internacional) geopoliticamente. É significativo que o professor Aleksandr Dugin tenha ministrado uma palestra na sede do partido há alguns meses, com foco na natureza bipolar do governo de Putin.
A respeito não só da CasaPound Italia, como também de todos os movimentos identitários e nacionalistas europeus, dentro de uma perspectiva ideológica, a Nova Resistência, uma vez que opera organicamente em torno do projeto de uma Quarta Teoria Política, subscreve basicamente o posicionamento consequente do professor Dugin, em seu artigo Sobre os Identitários, a Tradição e a Revolução Global: tradicionalistas e identitários de todos os países, da Europa a África, da América Latina ao Oriente Médio, devem cerrar fileiras contra a hegemonia atlantista, contra o domínio imperialista e contra a lógica do Capital: o inimigo é único (a ordem global liberal do capitalismo e da hegemonia norte-americana) e nós só triunfaremos se coordenarmos nossos esforços.