O autêntico patriotismo não consiste em chauvinismo nacional ou em reacionarismo fisiológico. O verdadeiro patriotismo é guiado por um sentimento fulcral e incontornável de amor: ao Povo, ao País, à Pátria e à sua cultura, tradições, identidade, raízes, valores e peculiaridades.
E na medida em que é na realidade fundamental da Pátria, em um sentido nacional (patriotismo histórico) ou em um sentido comunitário (patriotismo carnal, relativo às comunidades orgânicas e regionais que integram o Brasil), que as pessoas são quem são, o autêntico patriotismo significa também amar a si mesmo.
Assim, a escalada do mundo rumo à globalização nada mais é do que uma imposição das elites capitalistas globais no sentido de que os povos odeiem a si mesmos, isto é, tenham repulsa por aquilo que são enquanto civilizações históricas – percam a autoestima, como dizia o Dr. Enéas Carneiro. E uma vez destruída a autoestima dos povos em relação às suas Pátrias, o resultado é basicamente a ausência de qualquer tipo de resistência popular diante do escamoteio das riquezas nacionais pelo capital estrangeiro: afinal, quem luteria por algo que odeia? É assim que deve ser entendido, por exemplo, todo o esforço da Rede Globo (e da mídia em geral) por fazer entrar nos lares brasileiros toda sorte de depravações e perversões morais: ir inserindo as pessoas no eixo dos valores ocidentais que as elites capitalistas promovem.
Todas esses fatos deixam ainda mais claro que o patriotismo e o nacionalismo são mais do que necessários em nosso tempo. Não o patriotismo chauvinista que se confunde com um nacional-capitalismo (o último refúgio dos canalhas!), mas um patriotismo do século XXI, adaptado às necessidades de nosso tempo e às novas condições do mundo contemporâneo, em que o resgate do amor do povo ao seu País é cada vez mais uma condição sine qua non para a sobrevivência dos povos do mundo.