Há mais ou menos 45 anos, o jornal Estado de São Paulo emitiu uma curiosa nota. Na página sexta da edição de 01 de outubro de 1972, o jornal noticiava uma anunciada colaboração entre a organização terrorista judaico-sionista Liga de Defesa Judaica, situada nos EUA, e a máfia daquele país, presidida por Joseph Colombo. O objetivo de tal aliança seria apenas um: combater a organização palestina Setembro Negro, naquela altura já mundialmente conhecida por suas ações radicais.
A confirmação da coalização entre a máfia e o terrorismo sionista foi dada, segundo o Estadão, pelo próprio rabino Meir Kahane, fundador da Liga, em declaração ao jornal israelense Maariv. O rabino, que mais tarde se tornaria deputado em Israel (mesmo após se notabilizar como terrorista nos EUA), também afirmou que sua Liga manteve vários contatos com os “chefões da Casa Nostra”, a máfia italiana, certamente sob a mediação de Colombo.
É digno de nota que, embora a Liga de Defesa Judaica tenha sido timidamente classificada como terrorista pelo FBI somente em 2001, a organização continua ativa, nos EUA e no Canadá, tendo seu site oficial hospedado na Califórnia, em nome de Shelley Rubin, atual presidente da Liga.
Veja a reportagem do Estadão abaixo, sob o título Kahane alia-se à Máfia: