Agora que o Brasil está dando mais um show de típica esquizofrenia dadaísta política, com a direita acusando um dos maiores bancos do mundo de ser comunista (?) e a esquerda cerrando fileiras em defesa fanática deste mesmo banco(!), é necessário varrer a confusão e expor a realidade.
O Banco Santander, nascido no seio da organização franquista pseudo-católica espanhola Opus Dei, cresceu no parasitismo. Aproveitando-se na onda neoliberal na Espanha, o Banco Santander, com seus íntimos contatos com a elite espanhola, abocanhou vários bancos e empresas espanholas por preços irrisórios.
Mas onde o Banco Santander é realmente privilegiado é no Brasil. Uma empresa que é considerada um dos piores bancos do mundo, alvo de constantes boicotes e greves, no Brasil parece ser o “favorito” dos clientes. E isso mesmo sendo o banco mais acionado no Judiciário.
À parte as políticas pró-banco de todos os governos brasileiros dos últimos 30 anos, que privilegiaram o setor financeiro ao invés do setor produtivo, sufocando empresas nacionais e fortalecendo os bancos cada vez mais, isso está o fato de que, mesmo no Brasil, o Banco Santander também possui íntimas relações com a elite política. Especificamente com Alckmin – membro da Opus Dei – e seus aliados.
Através do PSDB, o estado de São Paulo se tornou feudo do Banco Santander e, através deste domínio, o Santander tem seu crescimento global impulsionado.
Excetuando os lucros crescentes em um período de crise econômica, enquanto tem um dos piores serviços no setor, e as íntimas ligações com as elites políticas que lhes garantem vários privilégios, o Banco Santander é uma das empresas estrangeiras que mais pressionam o governo Temer por reformas neoliberais cada vez mais radicais.
Agora o discurso do Santander – com apoio do ex-presidente e títere neoliberal FHC – é de que o setor bancário precisa de “mais concorrência”. Mas a concorrência no setor tem diminuído nos últimos anos porque os grandes bancos privados têm se fundido e/ou comprado os bancos menores ou adquirido bancos estatais. Ou seja, o próprio Banco Santander é um dos responsáveis pela pouca concorrência no setor. Isso só pode significar uma coisa: o alvo do Santander são os dois grandes bancos estatais: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Para comprovar o controle quase absoluto que os cartéis bancários têm sobre o governo, há poucos meses o governo Temer perdoou 395 milhões em dívida do Banco Santander.
Isso quer dizer que o recente ataque do braço cultural do Banco Santander à moralidade pública brasileira, e aos valores de nossa população, são apenas uma pequena parte da guerra que este conglomerado de parasitas tem travado contra o Brasil.
Em um país sério, não é só uma pequena exposição de arte decadente que sofre boicote e algumas agências bancárias dessa empresa que são pichadas. Em um país sério, essa empresa tem todos os seus bens coletivizados, todos os seus ativos congelados e confiscados e tem os seus principais executivos em terras brasileiras presos e postos para quebrar pedra por 10 anos, no mínimo.
O povo brasileiro precisa responder a máfia bancária à altura. Arte decadente e engenharia social cultural são apenas a ponta do iceberg.