O antigo embaixador norte-americano na Síria, Robert Ford, afirmou ao jornal dos Emirados, The National, que “o presidente Bashar al-Assad triunfou e vai continuar no poder”, destacou o jornal libanês Al-Mayadin.
Ford sublinhou que o Irã continuará na Síria. “Essa é uma realidade que deve ser aceita. Não há grande coisa que possa ser feita a respeito”.
O antigo embaixador dos EUA afirmou: “Se os governos estrangeiros, que outrora apoiaram os milicianos do Exército Sírio Livre, não estão dispostos a enviar dinheiro e armas, incluindo mísseis aéreos, ou até a enviar conselheiros militares, como aconteceu com as Forças Democráticas Sírias em seu combate contra o EI, será impossível que a oposição síria vença Assad e seus aliados russos e iranianos”.
Ford esqueceu de mencionar, no entanto, que isso foi precisamente o que fizeram os governos patrocinadores do terrorismo na Síria durante seis anos, não obstante terem fracassado completamente.
Acerca da questão das pressões regionais e internacionais exercitas sobre a oposição síria para que faça concessões no que tange ao futuro de Assad, Ford respondeu que “isso constitui a confissão de que a situação militar está a favor de Assad, do Irã e da Rússia.”
Segundo ele, a Síria não aceitará governos locais descentralizados, apesar das declarações russas sobre o assunto.
“O regime sírio ignora as zonas de distensão onde tem uma superioridade militar”. Segundo ele, em um período de dois a quatro anos, o Exército sírio tomará Idleb e Deraa e “não admitirá nunca que outros governos, locais ou estrangeiros, controlem essas regiões.”
No que se refere a Israel e sua angústia pela presença iraniana na Síria, Ford sublinhou que esta inquietude tem duas causas fundamentais:
“A primeira é a presença de dezenas de milhares de combatentes, partidários do Irã, que não voltariam para casa [sem a vitória] e que, em caso de guerra entre Hezbollah e Israel, vão apoiar o Hezbollah. E a segunda é a presença aérea russa na Síria”, afirmou.
“Os israelenses voavam livremente acima da Síria, mas agora a situação é outra”, disse.
Fonte: Al-Manar