O Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, do PSDB, redigiu um artigo intitulado “Rumo a um mundo sem armas nucleares”, em que ele defende o protagonismo brasileiro em uma campanha internacional pelo desarmamento nuclear.
É a mais insana loucura uma figura com esse tipo de ingenuidade, ou mesmo tolice, ocupar a liderança do Itamaraty.
A partir do momento em que a primeira arma nuclear foi construída, a humanidade atravessou um limiar sem volta. A partir de Hiroshima e Nagasaki, a posse da bomba atômica se tornou a característica fundamental da soberania prática, real.
Esse evento não possui volta, não pode ser historicamente contornado, a não ser que um colapso civilizacional leve a humanidade inteira de volta a um momento tecnológico anterior a 1945.
Os países armados com armas nucleares podem reduzir o número de suas ogivas porque, há muito, eles já ultrapassaram o número de ogivas necessárias para causar um inverno nuclear planetário, em caso de uma guerra total. Mas nenhum país em posse de armas nucleares vai abandoná-las. Seria como “desfazer” uma declaração de independência, por exemplo.
Quando o governo brasileiro faz campanha pelo desarmamento nuclear ele consolida o seu próprio atestado de idiotice e – o que é ainda mais grave – submissão, vassalagem. Ele demonstra estar disposto a preservar o status quo internacional no qual o Brasil é um mero coadjuvante e onde segue havendo uma relação desproporcional de poder bélico no que tange às potências nucleares e ao resto do mundo.
O governo brasileiro deveria estar seguindo o rumo oposto! O governo brasileiro deveria estar realizando uma campanha pelo armamento nuclear generalizado. Porque a bomba atômica é a garantia real, efetiva, material, dura, da multipolaridade.
Um país com arma nuclear é um país livre. Um mundo nuclearmente armado é um mundo multipolar, porque, simplesmente, deixa de haver qualquer outra opção: ou é o mundo multipolar ou o inverno nuclear e extinção.
As relações de poder internacionais, a balança de poderes como elas é hoje, precisa ser rompida. E apenas a posse de armas nucleares permitirá ao Brasil sair da infância geopolítica.
Rumo a um mundo repleto de armas nucleares!
Brasil nuclear é Brasil livre e soberano!