Principiologia da Nova Resistência:

O Brasil precisa de um novo fôlego, de um novo suspiro: de um novo respingo de jovialidade criativa e de uma nova cólera revolucionária!

As formas políticas do passado, da direita à esquerda, do nacionalismo chauvinista ao nacionalismo burguês, do neoliberalismo a socialdemocracia, do comunismo ao pós-modernismo, já se mostraram inaptas para levarem a cabo um processo verdadeiramente popular em nossa Terra, condizente com as nossas raízes históricas mais profundas e com os valores mais organicamente arraigados no seio do Povo Brasileiro.

A Nova Resistência é uma organização revolucionária de vanguarda que visa superar as velhas e mofadas ideologias políticas do passado e forjar um projeto politicamente sólido e consistente com aquilo que o Brasil é em sua essência: um Império.

Nosso objetivo é erguer um Novo Mundo e uma Nova Pátria, através de uma Nova Ordem, construída por um Novo Homem.

Para simplificar o modo como a Nova Resistência interpreta o mundo, bem como para clarear aquilo que ela defende e para desvelar o caráter da sua luta, manifestamos alguns dos princípios gerais que nos regem enquanto organização:

Trabalhismo – Reconhecemos a contribuição fundamental do Trabalhismo histórico para a fundação do Brasil recente e entendemos que ele consiste na única doutrina de massas genuinamente surgida em solo brasileiro: defendemos o seu aprofundamento e radicalização, nos termos do Presidente Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini, Leonel Brizola e outros.

O Brasil deve ser um Estado de produtores livres, no qual os trabalhadores sejam proprietários diretos dos meios de produção – enquanto partes de uma unidade produtiva familiar, como membros de uma cooperativa autárquica ou como o funcionário do Estado que tem sua voz ouvida e participa ativamente da administração da máquina estatal por meio de conselhos autogestionários formados por trabalhadores.

Todo cidadão deve ser um Trabalhador. O Trabalho deve superar o Capital. Os valores do Trabalho são intrinsecamente superiores aos valores do Capital. Fora do Trabalho, devem ser expostos à luz do dia os parasitas e os sanguessugas do Povo. O Trabalhador deve ser integrado à riqueza nacional para, assim, ir lapidando o destino histórico da Pátria, de modo a ir minando as instituições políticas burguesas e destruindo o poder político burguês.

Distributismo – A concentração capitalista da propriedade privada nas mãos de um punhado de oligarcas e latifundiários é uma forma de expropriação que proletariza grandes parcelas da população, tornando-as escravas do trabalho assalariado e, não raro, condenando-as à miséria e a fome. Deste modo, a pequena propriedade deve ser distribuída e difundida o mais amplamente possível e entregue às comunidades familiares.

Quanto à grande propriedade (cuja unidade não é essencial), deve ser fragmentada e distribuída entre as unidades produtivas familiares. Caso isso não seja possível por alguma contingência material (caso sua unidade seja essencial), a mesma deve ser nacionalizada e posta a serviço do Estado para ser gerida em conjunto com conselhos autogestionários formados por trabalhadores.

O Distributismo é uma doutrina econômica diretamente ligada ao tronco ibérico-católica da Civilização Brasileira. Sua aplicabilidade é total e imediata na agricultura, mas também é possível no setor industrial e de serviços, dependendo do tipo de bem produzido ou do serviço ofertado.

Comunitarismo – A maior doença da modernidade e da pós-modernidade é o individualismo. O coletivismo, porém, não passa da apologia de aglomerações de indivíduos e da massificação das pessoas. Como alternativa, seguimos a via do Comunitarismo. Em uma perspectiva comunitarista, as Pessoas são partes inextricáveis de algum ordenamento comunitário, participantes de uma coleção de interações entre uma comunidade humana em um dado lugar, sendo possuidoras de uma ou mais características em comum e que partilham um certo sentido histórico e identitário. A Comunidade existe antes do indivíduo e perdura para além dele (caso não seja destruída). A Família é a menor e mais fundamental das comunidades e, por isso, é a base do Estado e da sociedade.

Cooperativismo – As infraestruturas, indústrias e serviços de larga escala, essenciais para a existência do país, devem ser controladas pelo Estado através de representantes selecionados de forma estratégica, legitimados por conselhos autogestionários de trabalhadores. As infraestruturas, indústrias e serviços de escala média devem ser controladas por cooperativas autárquicas de trabalhadores – compreendendo aqui tanto as infraestruturas, indústrias e serviços de alta complexidade quanto àquelas ligadas a funções de menor complexidade.

Municipalismo – Assim como a menor unidade social é a Família, a menor unidade política é o Município. O Município é onde a maioria das pessoas realizam todas as suas interações comunitárias: é o centro geográfico da vida cotidiana.

Deste modo, Municipalismo é a elevação do Municípios ao estatuto de atores socialmente relevantes na política nacional. O Município, no entanto, não deve se sobrepor a Pátria, assim como as Pessoas não devem se sobrepor à Comunidade. A relação entre todos estes atores deve ser de interação, obedecendo um certo grau de hierarquia.

Etnopluralismo/Pan-identitarismo – Acima da Família e do Município, todo cidadão é parte de algum agrupamento étnico, comunitário ou cultural. Tal afiliação é fundamental para o processo de socialização do homem enquanto parte de uma linhagem com décadas, séculos ou milênios de existência. A possibilidade de participação em uma comunidade etnocultural enraizada é fundamental para a autocompreensão do homem e, assim, para torná-lo um cidadão funcional, capaz de reproduzir e aprofundar as características, habilidades, perspectivas, saberes e costumes de seus ancestrais. Defendemos a possibilidade de auto-organização autônoma de todo e qualquer grupo étnico, cultural ou etnocultural do Brasil, nos espaços geográficos nos quais estejam enraizados, sejam eles municipais, submunicipais ou supramunicipais, de forma a fazer vigorar, nestes espaços, a sua cosmovisão e as suas tradições. Acreditamos que aí reside a raiz da mais alta liberdade comunitária possível. Neste quesito, não deve haver duplicidades ou hipocrisia. O que deve valer para caiapós ou quilombolas deve valer para germânicos ou açoreanos, sem exceções de qualquer tipo.

Heterarquia – Intimamente associada às ideias apresentadas acima, a ideia de heterarquia propõe a possibilidade de múltiplas estruturas dinâmicas de poder existindo simultaneamente para reger as normas e costumes do sistema político nacionais. Um mesmo cidadão pode pertencer simultaneamente a várias redes de relações comunitárias, todas elas reconhecidas pelo Estado Brasileiro e dotadas de suas próprias normatividades. Neste sentido, em uma comunidade germânica, os cidadãos brasileiros podem ter determinado a aplicação do sistema jurídico do wergild, enquanto em um bairro xiita, de uma outra cidade, vigora a Sharia. Ao mesmo tempo, no primeiro espaço, os municípios podem estar organizados de forma voluntária e autônoma em uma comunidade de cidades governada por um conselho gerontocrático, enquanto o bairro do segundo exemplo pode fazer parte de um município no qual vigora uma forma de democracia direta limitada, e assim por diante.

Autarquismo – Defendemos, como função precípua da ciência econômica, a propiciação da máxima autossuficiência possível de nosso Estado e da nossa sociedade. Um Estado autárquico, ou seja, autossuficiente, é a garantia de liberdade nacional perante todos os outros Estados do planeta. Essa autarquia deve ser atingida pelo melhor aproveitamento racional dos recursos naturais e por pesados investimentos em infraestrutura e aumento da produtividade, seguindo os modelos de gestão e de distribuição de propriedade elencados anteriormente.

Meritocratismo – O Estado, entendido aqui como o poder central do Brasil, acima de todas as comunidades menores, deve ser guiado por uma vanguarda de cidadãos, oriundos dos diversos ordenamentos comunitários, selecionados por suas aptidões e capacidades, de uma forma legitimamente meritocrática (em contraposição ao meritocratismo burguês), que garanta, com equidade, a possibilidade de qualquer cidadão ingressar na maquinaria estatal.

Protecionismo – Contra o mito do livre-mercado no âmbito das relações econômicas internacionais, a Nova Resistência defende o apoio e proteção da agricultura e da indústria nacionais pelo Estado, por meio de subsídios, barreiras alfandegárias e todos os meios possíveis que nos permitam impedir a conquista de nossas comunidades por predadores e piratas econômicos internacionais.

Continentalismo – A Nova Resistência não esquece que o Brasil é parte de um grande continente, de um grande espaço mais amplo. Por muito tempo, o Brasil tem estado com suas costas viradas para os seus vizinhos, apesar de com eles partilhar uma longa história, bem como profundas raízes étnicas, culturais e religiosas. No reconhecimento deste grau de unidade fundamental e da necessidade de aliança continental para a defesa mútua contra as ameaças atlantistas e imperialistas, defendemos uma crescente integração dos países do continente americano, partindo da América do Sul e chegando a um Grande Espaço Ibero-americana. Tal integração deve se realizar em termos com os quais todos os países, e seus povos, possam concordar, de forma livre e unânime, em um espírito de fraternidade e de solidariedade civilizacional.

Multipolarismo – Como consequência inevitável de toda nossa cosmovisão, e como parte incontornável desta, defendemos o multipolarismo como o princípio das relações internacionais para o futuro. A Nova Resistência aceita como inevitável e desejável um planeta ocupado, no futuro, por uma miríade de potências, alianças continentais e conglomerados civilizacionais em situação de paridade relativa. Tal situação complicará quaisquer pretensões de impor cosmovisões sobre espaços alheios no plano internacional (transformando radicalmente as possibilidades de cooperação internacional), assim como inviabilizará a emergência de potências com pretensões hegemonistas globais e imperialistas.

O sistema internacional deve ser pluridimensional e multipolar.

Nacionalismo internacionalista – A história das últimas décadas está repleta de exemplos cabais do quanto o provincianismo, o chauvinismo e o isolacionismo só fazem a prejudicar a causa dos povos. Se o inimigo é global e possui tentáculos espalhados por todo o mundo, a luta deve ser internacional. A vitória derradeira contra o imperialismo atlantista, contra o globalismo, contra as empreitadas neoliberais internacionais, contra o lobby sionista internacional somente será possível através da ação coordenada entre diversas forças patrióticas em uma luta comum. O autêntico nacionalismo deve combater em rede, espalhando focos de incêndio para dilapidar as estruturas de poder do inimigo global. O autêntico internacionalismo visa à cooperação dos povos, e não o esfacelamento das identidades patrióticas e locais. O inter-nacionalismo é o maior aliado do nacionalismo!

Ecologia Profunda – Como parte de uma cosmovisão que prima pelo holismo, pelo comunitarismo, em suma, pela noção de que a totalidade é maior e superior que a soma de suas partes, a Nova Resistência defende uma nova percepção ambientalista que situa o homem como uma das partes de uma rede interdependente de entes vivos, cuja manutenção em estado de equilíbrio é benéfica em si e possui valor superior ao que se possa subtrair da utilidade instrumental de qualquer ente vivo em específico. Compreender isso é fundamental para garantir o fortalecimento e o melhoramento perpétuo da espécie humana.

Restauração do Sagrado/Ressacralização do Mundo – A Nova Resistência anseia e deseja promover a ressacralização do mundo. Sem sermos um movimento confessional, defendemos o resgate das espiritualidades Tradicionais como algo fundamental para o combate aos males modernos e pós-modernos. As religiões Tradicionais são aspectos essenciais das várias comunidades nacionais que existem em nossa Pátria, e devem voltar a fazer parte ativa da formação do homem e dos cidadãos, desde a mais tenra infância.

Ética da Virtude – A Nova Resistência é um movimento que almeja forjar soldados políticos, homens e mulheres novos, capazes de impor uma Nova Ordem e gerar um Novo Mundo. Os sistemas morais deontológicos e consequencialistas são incapazes de criar o tipo heroico capaz de realizar tais tarefas hercúleas. Neste sentido, a Nova Resistência visa promover entre seus quadros, e para a sociedade em geral, uma ética baseada no cultivo das virtudes clássicas e no fortalecimento do caráter humano, para além de cálculos oportunistas e das moralidades externalistas.

Arqueofuturismo – Não desejamos retornar a qualquer período falsamente romantizado e idealizado do passado, nem pretendemos mergulhar irrefletidamente no progresso tecnológico. Acreditamos que o progresso técnico deve obedecer a diretrizes determinadas por valores e virtudes eternos, que é possível unir Progresso e Tradição e que não é necessário aprisionar a sociedade em uma bolha e nem abrir mão dos melhores e mais fundamentais aspectos de nossas múltiplas heranças étnicas, culturais e religiosas.

Tradicionalismo – Fundamentalmente, acreditamos que não é necessário modificar aquilo que deu certo ao longo de milênios e serviu como sustentáculo para civilizações. A História é o grande campo de testes das teorias, ideologias e instituições. O afã de realizar alterações bizarras nos costumes e tradições, em prol dos desejos de aglomerados de indivíduos, não passa de uma mania neurótica ocidental pós-moderna, liberal e globalista, atada ao projeto de poder da classe dominante mundial.

É nestes termos, absolutamente revolucionários, que pensa a Nova Resistência. Cada ideia central deste Manifesto poderia ser ainda mais profundamente desenvolvido, mas o disposto acima já deve servir para pautar os estudos e reflexões do soldado político nacional-revolucionário do século XXI.

Assim se pronuncia a

NOVA RESISTÊNCIA
LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!