Na maioria das dietas populares se exige atenção apenas a calorias e colesterol, se demonizando excessivamente o sal e as carnes vermelhas. Mas um pouco mais de atenção nos indica que é fundamental atentar para os níveis de cortisol e para a presença de xenoestrogênios na alimentação industrial moderna se quisermos preservar nossa saúde.
Vejamos a seguir um breve relato de como é relativamente fácil prejudicar a saúde física e mental de alguém seguindo apenas as orientações médicas “saudáveis”:
Imaginem um ser humano padrão. Vida de normie de trabalho-casa como qualquer um. Essa pessoa sofre o estresse cotidiano em sua rotina de trabalho, transporte público e boletos que se acumulam. Por conta do estresse, seus níveis cortisol no organismo aumentam e, consequentemente, aumentam também a pressão arterial e o colesterol, mesmo se ele estiver conseguindo a proeza de comer as 2000 calorias diárias recomendadas e oriundas de bons alimentos. Preocupado, nosso cidadão consulta um médico que o orienta a “cortar da dieta” o sal e a carne vermelha.
Subitamente, a pressão e colesterol voltam aos níveis normais.
Parece maravilhoso.
Mas não é.
Se você não conhece o cortisol, aqui vão as informações básicas:
“Considerado o hormônio do stress, ativa respostas do corpo ante situações de emergência para ajudar a resposta física aos problemas, aumentando a pressão arterial e o açúcar no sangue, propiciando energia muscular. Ao mesmo tempo todas as funções anabólicas de recuperação, renovação e criação de tecidos são paralisadas e o organismo se concentra na sua função catabólica para a obtenção de energia. Uma vez que o stress é pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico volta à normalidade, mas quando este se prolonga, os níveis de cortisol no organismo disparam” (Enciclopédia Médica Ferato).
Quando uma pessoa induz a queda de sua pressão e colesterol, ela mascara a ação do cortisol, sem de fato baixar seus níveis efetivos (afinal a rotina estressante continua igual). Enquanto isso, os estímulos que o cérebro necessitava para compreender que havia recompensa pós-estresse (alimentação predatória) cessaram. Dessa maneira, o cérebro passa a entender instintivamente que está sendo estressado não por estar caçando, mas, sim, por ser a caça.
Isso estimula o comportamento defensivo.
O cérebro vai começar a produzir menos melatonina (regulador de sono) porque precisa ficar desperto e passa a pedir para as glândulas suprarrenais produzirem mais cortisol. Essa produção tem por objetivo manter o consumo de oxigênio alto e deixar o terreno preparado para a noradrenalina entrar em ação, se necessário, enquanto o corpo sofre uma progressiva perda de massa muscular.
Mas não para por aí: subitamente, o mecanismo cerebral passa a requerer mais açúcar para trabalhar (o cérebro é rico em açúcar: sua bateria é basicamente açúcar e oxigênio) e a produzir quadros de ansiedade quando sente os níveis de açúcar diminuir. Já basta? Não. Faltou falar do bombardeio de xenoestrogênio a que esse indivíduo está exposto. O estrogênio é um dos fatores essenciais para as respostas emocionais da mulher; pois bem: o xenoestrogênio é igual em efeito, porém com persistência orgânica maior.
Dessa forma, o sujeito que antes sofria apenas com o estresse, agora também padece de ansiedade, insônia, instabilidade emocional, além de apresentar o comportamento arredio das presas ameaçadas. Tenho certeza de todos conhecem pessoas assim. Existem MILHARES de pessoas que funcionam EXATAMENTE dessa maneira.
Essa exposição é apenas uma amostra de como certos grupos controlam a população pela alimentação. Eu ainda poderia mencionar o papel dos medicamentos controlados, dos transgênicos ou do flúor na água. Existem muitos mecanismos de controle da população envolvidos nas prescrições sobre como cuidar de nossa saúde.
E me atrevo a dizer como forma de conclusão: nenhum desses mecanismos está visando DE FATO a melhora de nossa saúde.