Os aparatos de propaganda da esquerda liberal têm como um de seus alvos principais, na atualidade, algo que eles chamam de “masculinidade tóxica”.
Trata-se de mais um conceito importado dos EUA — já que a esquerda liberal brasileira é incapaz de qualquer originalidade.
Segundo porta-vozes dessa esquerda liberal, a “masculinidade tóxica” seria o que está por trás do machismo, sendo causa eficiente da morte de incontáveis homens e mulheres.
No entanto, obviamente, estamos diante de um conceito extremamente difuso, a-histórico e anticientífico, que não possui conteúdo certo para além de, basicamente, qualquer expressão de comportamentos estereotipicamente masculinos.
Porque a realidade é que as narrativas liberais funcionam em graus, e falar em “masculinidade tóxica” não passa de um passo preparatório para a narrativa de que a masculinidade em si já é tóxica, visando à superação do “patriarcado” (que não é outra coisa além da Civilização como a conhecemos).
A solução para lidar com essa tal “masculinidade tóxica” seria “desconstruir a masculinidade” e propor em seu lugar “novas masculinidades”.
É o que constatamos quando jornais e revistas aparecem com notícias, tiradas de lugar nenhum, sobre alguma “nova moda” (posta em prática por 0,0001% da população) masculina.
Homens sensíveis.
Homens que choram publicamente.
Metrossexuais.
Cuckoldismo e relacionamentos abertos (só para a mulher).
Homens que usam roupas íntimas femininas.
Homens que se relacionam com outros homens “sem serem gays”.
Depilação anal.
Barba com glitter.
Barba florida: se você for acreditar no que a mídia diz, tudo isso é moda, e promover essas coisas é a solução para acabar com os estupros, a criminalidade, o machismo, o mitológico abismo salarial entre homens e mulheres, etc.
Isso nos é garantido em programas, artigos e matérias produzidos ou escritas por mulheres feministas ou por homens “feministos” cuja aparência física e comportamento indicam elevadíssimos índices de estrogenização.
Essa gente quer ensinar como os homens devem se comportar ou deixar de se comportar.
Segundo eles, os arquétipos tradicionais de masculinidade, girando ao redor da violência, do status, do sexo e do poder deveriam ser descartados.
O que sobra se excluirmos os arquétipos tradicionais de masculinidade?
Afirmamos que não sobra nada que guarde qualquer aparência de masculinidade.
E esse é o objetivo.
Nossos inimigos sabem disso.
Eles não querem “outra masculinidade”, mas “nenhuma masculinidade”.
Sim, boa parte do comportamento masculino em geral gira ao redor de violência, competições por status, por sexo e por poder.
Mas de modo geral, o comportamento feminino se utiliza de técnicas mais indiretas, mas se engaja nos mesmos tipos de disputa dentro do próprio gênero.
A agressão física direta é substituída pela agressão social indireta; mulheres possuem seus próprios mecanismos de competição por status; suas próprias estratégias de seleção sexual e suas próprias ferramentas de conquista e exercício de poder: tudo isso, de modo geral, mais sutil que a via masculina.
O que feministas e “homens” estrogenados estão criticando, então, é o caráter aberto, direto e honesto da agressão masculina e demandando a sua repressão, a sua transformação em um ressentimento a ser exercido por vias indiretas e maliciosas.
O homem que responde a insultos com um soco é visto como algo negativo, que deve ser substituído por um “homem” que responde a insultos com ironia, seguida por “doxxing” e tentativas de fazer o autor do insulto perder o emprego.
É duvidosa a noção de que os problemas de nossa era se dão por excessos patriarcais e masculinidade exacerbada, e que as mulheres são eternas vítimas dessa “sociedade masculina”.
Homens tem menor escolaridade, sofrem com maior evasão escolar, morrem mais cedo, cometem mais suicídio, são a maioria esmagadora dos mendigos, recebem menos atenção dos professores na escola, são quase metade das vítimas de violência doméstica (mas não recebem nem 1% da atenção dedicada às vítimas mulheres).
Para piorar, da infância à adolescência, todas os seus interesses típicos são estigmatizados na própria escola.
Meninos gostam de correr, de brigar, de “fazer bagunça” e de cortejar meninas.
Isso é parte da masculinidade em sua fase primaveril, juvenil.
Mas o ambiente escolar é, definitivamente, antimasculino, o que explica o maior desinteresse e piores resultados de meninos na escola.
Algumas escolas estrangeiras já não premiam mais ganhadores em competições desportivas escolares, não premiam ninguém ou premiam todos: tudo para “garantir a inclusão”.
Mas que graça teria, para um menino, participar de algo em que todo mundo vai ganhar o mesmo prêmio? Isso é a própria antimasculinidade.
O “canto da sereia”, fedendo a soja, diz que se abandonarmos a “masculinidade tóxica”, não teremos mais que nos preocupar com o terror das guerras, grande ceifadora de homens, nem com sermos os únicos a exercer profissões de risco e profissões perigosas.
Mas quando os homens relembram às feministas sobre as pilhas de bilhões de corpos de soldados, homens, mortos da Antiguidade até hoje, não o fazem com o ânimo de reclamação, mas com o ânimo de recordar que este é um sacrifício implícito à masculinidade e que todo homem que se preze está disposto a oferecer por elevados ideais.
No fim das contas, aquilo de que as feministas reclamam quando falam em “masculinidade tóxica” é o mesmo mecanismo que fez com que os homens do Titanic se recusassem a escapar do navio que naufragava antes que todas as mulheres e crianças estivessem em botes.
A “masculinidade tóxica” é o que faz homens se jogarem na frente de namoradas ou esposas para protegê-las de assaltantes, psicopatas ou terroristas, como já ocorrido em incontáveis casos.
“Masculinidade tóxica” é um oxímoro, porque a masculinidade é uma virtude, e como toda virtude, os desvios dela não se confundem com ela própria.
Agressividade excessiva é masculinidade de menos, tanto quanto a falta de agressividade.
Competitividade desmedida é falta de masculinidade, tanto quanto a passividade de quem teme ser posto à prova.
Virtude é medida, e é isso que os tão criticados “modelos tradicionais de masculinidade” ensinam.
Os arquétipos e modelos tradicionais de masculinidade já guardam todos os mecanismos necessário de regulação capazes de evitar que a masculinidade se desvie.
Mas, para isso, é necessário voltar a permitir que esses arquétipos e modelos tradicionais falem, sejam celebrados, sejam expostos e transmitidos entre as gerações de homens.
As influências e fatores que visam desmasculinizar os homens, até a nível hormonal (como é o caso da indústria alimentícia), tem que ser desbaratados.
Se chagas sociais, como o estupro, envolvem elementos culturais, por exemplo, então a solução nesse âmbito estará no resgate da masculinidade tradicional, estará em MAIS masculinidade, no reforço da relação entre pais e filhos, na celebração de modelos heroicos e exemplares do mito e da história e não em projetos mirabolantes e nefastos de “desconstrução da masculinidade”.
Masculinidade e feminilidade são conceitos complementares que guardam chaves importantíssimas para a regeneração de nossa civilização.
Seus arquétipos são eternos.
Acreditando em sua obsolescência, convencidos pelas fantasias das narrativas pós-modernas, homens e mulheres se perderam e, hoje, vagam e cambaleiam a esmo, sem modelo algum de excelência a seguir.
Retornar a esses arquétipos.
Resgatar esses conceitos.
Atualizá-los para as condições objetivas do presente.
Mobilizá-los para regenerar as relações humanas e edificar nossa civilização no futuro.
É isso que deve ser feito.
PERFEITO
Belo texto, temos que divulga-lo o maximo possivel