Em comunicado emitido junto ao Relatório Financeiro Semestral do fundo de investimentos RIT Capital Partners, o banqueiro e oligarca judeu-sionista Jacob Rothschild, após enumerar os resultados semestrais da companhia em termos de crescimento de valores de ações e aumento do patrimônio líquido do fundo, oficializou a postura cautelosa da empresa frente ao que ele denominou de “tempos imprevisíveis”.
Multipolaridade x Globalismo
Lord Rothschild atribui essa insegurança à guerra comercial entre China e EUA, consequência da política comercial protecionista de Trump, bem como ao Brexit, a questão da Coreia do Norte, às tensões no Oriente Médio e ao crescimento mundial do fenômeno do Populismo, deixando claro que todos esses núcleos politogêncios, a despeito de suas disparidades, devem ser compreendidos como partes de uma mesma unidade dentro da contradição entre globalismo e multipolaridade.
Fissura na cooperação globalista
O bilionário ainda lamentou a dificuldade de se estabelecer uma “abordagem comum” para a “resolução” dessas questões. De acordo com ele:
“Continuamos preocupados com os problemas geopolíticos, incluindo o Brexit, a Coreia do Norte e o Oriente Médio, numa época em que o populismo está se espalhando globalmente. A resolução destes problemas, nesta era imprevisível, certamente será difícil. No 11 de Setembro e na crise financeira de 2008, as potências mundiais trabalharam em conjunto, com um abordagem comum. A cooperação, hoje, porém, está se provando muito mais difícil. Isso coloca em risco a economia do pós-guerra e a ordem das coisas”
As previsões de Rothschild
Em 2015, Rothschild já havia previsto as turbulências na geopolítica mundial que hoje se mostram patentes. E em 2016, quando a vitória de Hillary Clinton nas eleições americanas era tida como certa, em discurso, ele afirmou que o processo eleitoral seria “extremamente tenso”.
A falta de uma abordagem coordenada e coerente por parte das potências mundiais, diagnosticada por um dos manejadores do próprio Sistema (com um histórico recente de acertos), é um claro sintoma de uma crise no status quo globalista, no interior da ordem mundial unipolar, que pode ser interpretado como um efeito cascata da vitória de Trump, em que o atlantismo liberal busca se readaptar às novas condições, podendo emergir com uma nova e revigorada face ou se ver numa crise ruinosa incontornável: só o tempo nos dirá.