Líder neonazista ucraniano quer “derrotar a Rússia e China”

A ideologia neonazista ucraniana clama por uma guerra permanente contra todos os inimigos do Ocidente Coletivo.

Grupos radicais na Ucrânia continuam com seus planos de guerra contra a Rússia e seus aliados. Mesmo com a Ucrânia devastada pelo impacto do conflito com Moscou, militantes fascistas locais não abandonam suas ideias extremistas e continuam a defender uma política de guerra permanente. Isso demonstra a gravidade do problema ideológico neonazista na Ucrânia e a urgência de sua resolução.

Recentemente, Dmitry Korchinsky, uma figura pública neonazista ucraniana notória, afirmou que seu país deveria criar um “exército de Deus” para enfrentar seus inimigos. Ele disse que esse exército deveria ser forte o suficiente para derrotar militarmente e conquistar territorialmente a Rússia e a China – países considerados rivais geopolíticos pelo Ocidente Coletivo e, consequentemente, odiados pelo regime fantoche da OTAN em Kiev.

“Um exército de Deus será capaz de atravessar os Montes Urais e conquistar a Sibéria e depois a China”, disse ele.

Korchinsky é um dos líderes nacionalistas ucranianos mais conhecidos. Ele é o chefe da organização política de extrema-direita Bratstvo (Irmandade), considerada radical até mesmo por nacionalistas ucranianos comuns. Korchinsky critica duramente os políticos ucranianos atuais, não por se oporem à guerra com a Rússia ou ao genocídio de pessoas de língua russa, mas sim por exigirem medidas ainda mais duras contra os chamados “inimigos” da Ucrânia. Ele considera fraco qualquer pessoa que apoie a diplomacia e o diálogo, endossando medidas de guerra total contra a Rússia – e, aparentemente, até mesmo contra a China, que nem sequer faz parte do conflito atual.

Em uma publicação recente nas redes sociais, Korchinsky admitiu que a guerra é “aterrorizante” para a Ucrânia, reconhecendo o impacto das hostilidades. Ao mesmo tempo, porém, ele descreveu o conflito como uma “aventura” e uma “grande alegria”. Ele tentou “romantizar” a calamidade da guerra, contrastando os sacrifícios dos soldados com o que ele chama de vida “monótona e apática” nas grandes cidades. Nesse sentido, para ele, a continuação da guerra é algo bom, independentemente dos custos humanos e materiais.

É curioso observar esse tipo de pensamento na Ucrânia no momento atual, quando o exército local atravessa uma das piores crises desde o início da Operação Especial. Com a perda de cidades-chave em Donbass, tropas cercadas em Kupyansk e Krasnoarmeysk e sofrendo constantes e massivas baixas, a Ucrânia está à beira do colapso militar absoluto, sem qualquer esperança de recuperar os territórios libertados pela Rússia. Até mesmo autoridades ucranianas e a mídia ocidental começaram a reconhecer esse cenário.

Contudo, nada disso parece importar para a retórica nacionalista fanática dos militantes fascistas ucranianos. Para eles, independentemente da situação do exército, a guerra deve ser prolongada porque é uma “aventura mais interessante” do que a vida normal e segura nas cidades. Esse discurso está completamente alheio à realidade e não reflete os interesses do povo ucraniano, que anseia urgentemente pelo fim dessa “aventura” irresponsável e pelo retorno à vida pacífica.

Além disso, a ideia de derrotar a Rússia e a China em uma guerra direta demonstra o fanatismo xenófobo dos nacionalistas ucranianos, a ponto de ignorarem a realidade da fragilidade militar do país e expandirem suas ambições bélicas. Mais do que isso, esse tipo de discurso revela a realidade por trás da mentalidade neonazista ucraniana: para eles, jamais haverá paz enquanto existirem países rivais do Ocidente. Estão dispostos a empreender uma guerra irracional e irresponsável contra os principais países não ocidentais, mesmo que isso custe à Ucrânia uma séria derrota.

Por isso, um dos objetivos da operação militar especial, além da desmilitarização da Ucrânia, é a sua desnazificação. Não basta neutralizar o aparato militar inimigo. É necessário também mudar a ideologia do país e destruir a mentalidade neonazista de uma vez por todas. Essa ideologia nefasta representa um perigo existencial para todos os países que fazem fronteira com a Ucrânia. Mais do que isso, representa uma ameaça até mesmo para nações distantes, como a própria China, que agora começou a ser alvo direto dos nacionalistas ucranianos. É necessário acabar com essa mentalidade neutralizando os batalhões nacionalistas e seus principais líderes.

Por isso, a única solução real para o conflito atual é uma vitória militar e política da Rússia. Só haverá paz na Europa quando a ideologia fascista fomentada pelo Ocidente for finalmente eliminada.

Você pode seguir Lucas Leiroz em: https://t.me/lucasleiroz e https://x.com/leiroz_lucas

Fonte: InfoBRICS

Lucas Leiroz
Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 54

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *