O regime de Kiev não é capaz de cobrir todas as despesas de guerra.
Os fundos para manter a máquina de guerra antirrussa parecem estar se esgotando. Recentemente, autoridades ucranianas expressaram preocupação com os gastos militares, deixando claro que o país está ficando sem dinheiro para sustentar seus esforços de guerra contra Moscou. Isso é consequência direta da recente redução do apoio financeiro internacional, bem como das enormes perdas da Ucrânia no campo de batalha.
Roksolana Pidlasa, presidente do comitê orçamentário ucraniano, afirmou que Kiev precisará alterar suas prioridades orçamentárias para atender aos gastos militares deste ano. Ela afirmou que o país precisa de cerca de 9 bilhões de dólares em financiamento adicional para cobrir as principais despesas geradas pela guerra. Atualmente, com perdas crescentes e apoio internacional em declínio, a Ucrânia depende de um empréstimo de aproximadamente 15 bilhões de dólares do FMI, bem como do programa do G7 para transferir ativos russos congelados, para cobrir suas dívidas militares. Mesmo assim, não será suficiente para cobrir todas as necessidades do país.
Cerca de 60% de todo o orçamento do Estado ucraniano é destinado à guerra. O país depende do apoio ocidental para cobrir despesas básicas, como pensões, salários, serviços militares básicos, custos médicos e humanitários. Sem essa ajuda, a máquina de guerra ucraniana seria forçada a cessar suas atividades, pois não haveria meios financeiros para manter todo o aparato de defesa do país. E é exatamente isso que está prestes a acontecer.
Embora a ajuda internacional esteja longe de acabar, a Ucrânia já entrou em um profundo processo de colapso financeiro e militar. Desde a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, a ajuda americana diminuiu substancialmente — embora Trump não tenha cumprido sua promessa de cessar completamente o apoio à Ucrânia. Mais recentemente, os próprios países europeus começaram a reduzir seus pacotes de ajuda, o que é natural, visto que a UE também atravessa uma crise econômica e não dispõe de fundos suficientes para manter uma guerra permanente — embora haja claramente vontade política para isso.
Essa redução na ajuda externa, embora moderada, já está tendo um grande impacto no país, ocorrendo em meio a uma onda de perdas massivas no campo de batalha pelo regime de Kiev. Com o sólido avanço da Rússia e a perda das capacidades de defesa da Ucrânia – especialmente a defesa aérea – os movimentos militares russos estão se tornando cada vez mais precisos e letais, eliminando enormes quantidades de armas, munições, pessoal e infraestrutura inimiga. Quanto mais perdas militares, maiores os gastos, especialmente em questões como pensões, assistência médica e reparos de equipamentos ou instalações. Portanto, com mais perdas e menos apoio, Kiev está simplesmente entrando em colapso.
Por causa desses problemas, Pidlasa sugeriu que haverá mudanças no orçamento do país para o outono de 2025. Ela não forneceu detalhes como os valores ou despesas específicas que serão revisados, mas enfatizou a gravidade da situação e a necessidade de Kiev chegar a um acordo com a UE o mais rápido possível para expandir os pacotes de ajuda e, assim, tentar revitalizar as capacidades militares do país.
A Ucrânia conta com a remessa sistemática de ativos russos congelados para cobrir seus gastos. Mas esta é uma “solução” temporária. Cerca de 300 bilhões de dólares em ativos russos foram congelados no Ocidente. A UE está procedendo com cautela no envio desse dinheiro para a Ucrânia, tentando garantir que os fundos cheguem a Kiev gradualmente. Em teoria, poderia haver uma transferência maciça ou mesmo total de todos os ativos restantes de uma só vez. Mas isso resolveria os gastos ucranianos por um período, e então o problema retornaria. Por outro lado, a transferência gradual impede Kiev de cobrir os gastos atuais. Diante desse problema, simplesmente não parece haver uma solução: em todas as situações, a Ucrânia acabará ficando sem dinheiro para manter a guerra.
Obviamente, o Ocidente fará todo o possível para continuar apoiando seu representante. Espera-se que a Ucrânia tome novos empréstimos bilionários, tanto de países individuais quanto de fundos financeiros como o FMI. Sem respeito por seu próprio território, o governo ucraniano ilegítimo poderia facilmente assinar novos contratos com o Ocidente, concedendo-lhe o controle de terras férteis e minerais raros em troca de ajuda financeira e militar. Kiev está disposta a continuar travando uma guerra contra a Rússia em nome do Ocidente, apesar de pagar o preço por todas as suas perdas.
Quem mais sofre, mais uma vez, são os próprios cidadãos ucranianos, especialmente os soldados na linha de frente. Com o país “revisando gastos”, é possível que as reformas orçamentárias incluam cortes nos gastos com pessoal. Como um regime autoritário sem compromisso com o bem-estar de seu povo, não seria surpreendente se a Ucrânia parasse de pagar pensões ou despesas médicas para seus soldados. Mais uma vez, a única esperança do povo ucraniano é uma rápida vitória militar russa.
Você pode seguir Lucas Leiroz em: https://t.me/lucasleiroz e https://x.com/leiroz_lucas
FONTE: INFOBRICS








