A esquerda ocidental abandonou a organização política séria em prol de um militantismo performático e de um foco em consumo alternativo. A chamada “contracultura” não passa de expressão de um individualismo boêmio que contaminou a política pós-moderna.
Joseph Heath e Andrew Potter, filósofos canadenses, não são o tipo de pessoas de que se ouve falar frequentemente em nossas publicações. Além do fato de que eles não são muito conhecidos no mundo francófono, deve-se notar que eles não são socialistas (no sentido que nós entendemos), nem revolucionários, nem particularmente patrióticos, e que a crítica deles à globalização difere muito da nossa. Se você lê-los corretamente, eles têm até mesmo um lado social-democrata muito centrista e liberal-compatível. Na maioria das áreas, eles favorecem o reformismo, defendem o desenvolvimento sustentável em vez do decrescimento e pedem medidas para acompanhar o sistema (como a dedutibilidade fiscal da publicidade, por exemplo). Portanto, pode ser uma surpresa que estejamos falando aqui de dois escritores que podem parecer muito tépidos para nossos leitores que estão acostumados a um pensamento mais vigoroso! E ainda assim, para aqueles que se dão ao trabalho de cavar um pouco mais fundo, parece que seu livro Se Rebelar Vende contém algumas análises muito criteriosas e, acima de tudo, muito originais.
A contracultura: de Gramsci a Freud
O assunto principal do livro é a contracultura. Os autores traçam este conceito de volta à teoria marxista da superestrutura e ainda mais às teses de Gramsci, que falou da “necessidade de criar uma nova cultura”[1] e que teorizou antes de seu tempo o que chamaríamos hoje de soft power, ou seja, a forma metapolítica (neste caso, cultural) de uma ação política subjacente. Gramsci entendeu que o sistema contra o qual ele lutava não se baseava apenas em um equilíbrio econômico de poder, mas também em representações ideológicas transmitidas pela cultura oficial, daí sua proposta de se opor a esta última com uma contracultura, a fim de poder lutar no mesmo terreno. Esta crítica ao que ele chamou de hegemonia cultural inspirou muitos escritores de ficção científica, de Huxley a Orwell, e enriqueceu o pensamento sobre o que o totalitarismo moderno poderia ser. Após a experiência do fascismo e do comunismo, a relação entre hegemonia cultural e mobilização de massas tornou-se óbvia, e com ela a ideia de que a criação de uma contracultura era necessária para resistir a esses excessos totalitários. Gustave Lebon, em A Psicologia das Multidões[2], apontou os perigos do conformismo de massa, um prelúdio ao tema filosófico da banalidade do mal como estudado por Hannah Arendt[3] ou ilustrado pela famosa e aterradora experiência de Milgram[4]. Até este ponto, é uma reflexão que se encaixa no bom senso e só se pode concordar com os defensores da tese contracultural. Mas então as coisas começam a dar errado…
A análise gramsciana é certamente mais relevante que uma certa análise marxista clássica que é incapaz de entender o mundo além de uma leitura estritamente materialista, mas ela também acabou pecando por monomania, como seus predecessores marxistas. Enquanto estes últimos viam o econômico em toda parte, os “contraculturais” viam o psicológico em toda parte. “A obra de Sigmund Freud é para nós o que a água é para os peixes. Dificilmente poderia ela ser considerada uma teoria, que poderia vir a ser verdadeira ou falsa. Ela se tornou o prisma através do qual percebemos toda a realidade”. [5] De fato, nos Estados Unidos (que é o campo que os dois pesquisadores estudaram), foi Freud quem popularizou a ideia da contracultura, particularmente através de sua tese sobre repressão. Em seu livro O Mal-Estar na Civilização[6], ele postula a existência de uma neurose de massa, nascida da progressiva internalização da violência ao longo do tempo: o paralelo com as sociedades totalitárias é rapidamente traçado. Caso ainda houvesse alguma dúvida, Wilhelm Reich esclarece a ideia em sua A Psicologia de Massa do Fascismo[7]. Se o nazismo pode ser explicado pela neurose, o problema não é mais político, e tampouco suas possíveis soluções. Aqui chegamos ao coração do debate: o que Heath e Potter reprovam na contracultura é o abandono do político, que caiu sob os golpes de uma visão de mundo puramente psicanalítica.
Ao contrário das lutas sociais tradicionais (isto é, políticas), as lutas sociais contraculturais (cada vez menos sociais na realidade) não visam a mudança institucional com vistas à melhoria geral, mas nada menos do que a “libertação psicológica dos oprimidos”[8] como escreveu Theodore Roszak, o sociólogo que popularizou a noção de contracultura na década de 1968. Para os defensores dessa tese o trabalho na consciência é a prioridade revolucionária por excelência, porque é disso que depende o ambiente cultural, que é ele mesmo a fonte de ambos, a economia e as instituições. É esse raciocínio, contrário ao raciocínio marxista clássico (segundo o qual essa “consciência”, que ele não chama assim, decorre da primazia da economia), que está na origem do que podemos chamar hoje de ativismo societário de esquerda. Soma-se a isso um elemento mais subjetivo, mas determinante: o ativismo contracultural é mais recompensador, mais divertido e menos trabalhoso do que o ativismo político tradicional. “Fazer teatro de intervenção, música com uma banda ou arte de vanguarda, usar drogas e transar, tudo isso supera facilmente a organização sindical como forma de passar o fim de semana. Os rebeldes da contracultura conseguiram se enganar acreditando que toda essa atividade divertida era na verdade mais subversiva do que a política tradicional de esquerda, porque atacava as fontes de opressão e injustiça em um nível ‘mais profundo’.”[9]
Drogas e militantismo: dissidência ou desvio?
Aqui encontramos um dos temas que evoquei no n° 55 da Rébellion, em meu artigo sobre François de Negroni, que citava Edgar Morin gritando contra o ativismo partidário e preferindo o festival de rock e o sexo casual[10]. Divertir-se de fato se torna, para o ativista da contracultura, o gesto subversivo final, mas também o fim do sacrifício e esforço revolucionários. Heath e Potter fazem a seguinte observação: “Então a solução está na reapropriação de nossa capacidade de prazer espontâneo – por perversidade polimorfa, ou arte performática, ou primitivismo moderno, ou drogas que alteram a mente, ou qualquer coisa que possa iluminar. De acordo com a análise contracultural, o prazer em si deve ser visto como o ato final de subversão. O hedonismo se estabelece como uma doutrina revolucionária”.[11] A referência às drogas não é inocente, pois o consumo de entorpecentes ocupará um grande lugar na contracultura. Os ativistas começaram por criticar o álcool, considerado retrógrado e dotado de vários defeitos aos seus olhos: era legal (portanto, parte do sistema), era consumido por seus pais e avós (portanto, retrógrado e garantidor de filiação, princípio contrarrevolucionário por definição), entorpece os sentidos (é comparado ao “soma” de Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley) e previne a revolta ao oferecer ao explorado uma espécie de compensação por suas misérias. Os militantes, que não eram monges austeros, ao contrário, opunham esse álcool reacionário ao LSD e à maconha, que eram muito mais transgressores e abriam a mente para várias iluminações favoráveis à revolução[12]. Para citar Roszak novamente: “A ‘revolução psicodélica’, portanto, se resume a um simples silogismo: mudar o modo dominante de consciência é mudar o mundo; no entanto, o uso de drogas altera o modo dominante de consciência; então generalize o uso de drogas e você mudará o mundo”. [13] Mas os autores não se deixam enganar e observam com propriedade: “Só uma pessoa chapada pode acreditar que a maconha liberta a mente. Os outros sabem que não há nada mais chato na Terra do que conversar com um fumante de maconha”.[14]
Esse fascínio pelas drogas tem menos a ver com dissidência do que com desvio, no entanto, e os autores atribuem grande importância a essa distinção: se a dissidência é o que desafia convenções absurdas ou ultrapassadas, como a desobediência civil, o desvio é o que viola as normas sociais legítimas. Entramos na dissidência porque temos princípios, entramos no desvio porque temos motivações pessoais. Muitas manifestações contraculturais participam desse segundo cenário e são menos apreciadas por seus resultados políticos do que pelo prazer que sua prática proporciona. Pode-se falar da “glamourização do comportamento antissocial”[15] na medida em que, além desse prazer, trazem uma espécie de prestígio, que se poderia chamar de prestígio do cool, em oposição ao conformista, associado ao “careta”, que segue estupidamente as regras estabelecidas. “É possível ser um adulto normal e equilibrado: basta seguir as regras que promovem o interesse geral”, enquanto se opõe conscientemente àquelas que são injustas. No entanto, a crítica contracultural ignorou cuidadosamente essa opção. Mas o efeito positivo ou negativo de obedecer às regras não é para os ativistas contraculturais o cerne da questão; para eles, essa obediência é intrinsecamente ruim, na medida em que é uma forma de comportamento de massa, que necessariamente leva ao totalitarismo. Como certos anarquistas, eles também acreditam na existência de uma certa autorregulação espontânea de todas as desordens individuais, e os autores ainda castigam “essa fé ingênua nos poderes da harmonia espontânea, que a contracultura compartilha com a direita libertária”[17]. Quanto à natureza socialmente problemática desses desvios, não há debate porque os críticos contraculturais se esquecem de fazer a famosa pergunta kantiana: o que aconteceria se todos agissem como eu?
Os autores resumem bem o problema: “Depois do Holocausto, o que até então era apenas uma moderada repugnância ao conformismo, difundida entre artistas e românticos, tornou-se uma aversão hipertrofiada ao menor indício de regularidade e previsibilidade. O conformismo foi elevado a pecado capital, e a sociedade de massas tornou-se a imagem dominante de uma distopia moderna. Muitos que no passado teriam defendido o povo ficaram com medo dele e de seu suposto potencial de violência e crueldade. Para a esquerda progressista, a ferida era ainda mais profunda. Muitos temiam não apenas o fascismo, mas, em muitos casos, a própria sociedade.”[18]
Conformismo e desejo de distinção
Essa reflexão sobre o conformismo é, na minha opinião, o pivô central de Se Rebelar Vende, o que faz toda a sua originalidade – o que não significa que eu compartilhe a tese de Heath e Potter sobre a questão, mas considero uma valiosa contribuição para o debate. Estamos entre aqueles que prontamente censuram a globalização, entre outras coisas, por uniformizar o planeta, por dissolver todas as identidades e todas as especificidades em um magma global, por nivelar tudo, por transformar cada cidade, cada povo, cada nação, cada indivíduo igual a todos os outros. Em suma, estamos convencidos de que a globalização quer nos conformar a um determinado padrão imposto e que esse é todo o drama da questão. Segundo os dois filósofos canadenses, estamos no caminho errado e estamos caindo justamente na armadilha da contracultura. Por quê ? Porque um dos motores da globalização capitalista a que assistimos é o consumismo – todos concordamos com isso – e esse consumismo não é movido, ao contrário do que pensamos, por qualquer conformismo, mas, ao contrário, pelo desejo de se distinguir, um desejo que pode ser associado (por sua inconformidade) a uma forma de rebelião, pois “a rebelião é uma das mais importantes fontes de distinção do mundo moderno”[19]. Esse desejo de distinção, componente primordial da natureza humana (podemos pensar na teoria hegeliana sobre a luta original pelo reconhecimento[20]), é um desejo de se afirmar como superior. E quando esta distinção/superioridade pode (ou pretende) ser obtida através da aquisição de bens materiais, torna-se um poderoso motor do consumo!
A análise contracultural comete, portanto, ainda segundo os nossos autores, dois erros fundamentais: 1) identifica o consumo com o conformismo quando este é na realidade um certo tipo de rebelião, e 2) opõe a esse consumo não uma recusa do consumo mas um… alterconsumo! De fato, diante de certos tipos de consumo de massa (porque isso também existe), “chega-se a considerar os gestos de consumo não padronizados como politicamente radicais”[21]. Este é todo o tema do consumidor-cidadão ou “consumator”, dos apelos para “mudar o mundo com o seu carrinho de compras” ou para respeitar um dia internacional sem compras. Os autores apontam que esta última iniciativa é absurda porque o fato de não consumir durante um dia não muda o fato de que, a renda das pessoas permanecendo a mesma, elas acabarão por gastá-la integralmente, seja através do consumo direto ou depositando-o no banco (o que dá no mesmo, já que o banco está constantemente reinvestindo o dinheiro que lhe foi confiado). A única medida realmente eficaz que os “consumidores” poderiam tomar seria exigir a redução de sua renda, proposta que dificilmente despertará grande entusiasmo…
O ativista contracultural geralmente pertencente à categoria sociológica que nós, na Europa, chamaríamos de bobo [burguês-boêmio] – “a mágica terceira via entre os valores boêmios e a ética do trabalho protestante”[22] – são na maioria dos casos indivíduos que se beneficiam de poder aquisitivo relativamente alto e o usam, como todo mundo, em atividades de consumo. Só que o bobo afirma não consumir como todo mundo, ele não é um redneck (fera negra da mitologia contracultural americana), ele tem gostos mais distintos, e por isso coloca todo o seu esnobismo no fato de consumir de outra forma. Sua crítica do consumo é, portanto, antes de tudo, uma crítica do que os outros consomem!
Mas voltemos a esse tema central do desejo de distinção. “Nos últimos quarenta anos, a crítica à sociedade de massa tem sido um dos motores mais poderosos da sociedade de consumo”. [23] Embora a tese desses dois autores possa surpreender à primeira vista, somos levados a pensar duas vezes ao observar o mundo da publicidade. Você vê um único produto hoje que afirma se vender com um slogan tão ruim como “compre para ser como todo mundo”? Um gerente de marketing que arriscaria uma abordagem tão desajeitada provavelmente não duraria muito em uma empresa… Ao contrário, o tom dos slogans atuais é o de “Pense diferente” ou “Seja você mesmo”. Quando todos compram os mesmos calçados esportivos com o objetivo de afirmar sua diferença individual, o resultado continua sendo um ato de consumo de massa, é claro, mas o fato é que o motor desse consumo neste caso – não há massificação (ou seja, digamos o conformismo), mas ao contrário o desejo de se distinguir, a ilusão do anticonformismo. Os autores justificam-se, portanto, ao formular a seguinte pergunta: “E se a rebelião contracultural, em vez de ser consequência da intensificação da sociedade de consumo, fosse antes um fator?”[24]
De volta à política
Heath e Potter estão, portanto, inteiramente de acordo com suas críticas quando defendem a introdução do uniforme escolar: uma medida conformista para coibir esse desejo de distinção que alimenta o capitalismo. “O uniforme não elimina a individualidade, mas ainda impõe certos constrangimentos à sua expressão – o que tem por efeito atenuar o consumo competitivo”.[25] E acrescentam: “Devemos voltar a dar espaço, na nossa vida, ao político como noção distinta do cultural. Para criar esse espaço, poderíamos começar por nos livrar da confusão de consumíveis e reintroduzir um pouco mais de uniformidade em nossas vidas. Em vez de ‘ousar ser diferente’, talvez devêssemos ousar ser semelhantes.”[26]
Eles encerram sua acusação com pistas direcionadas à esquerda canadense e americana, a fim de libertá-la do modismo contracultural e trazê-la de volta ao caminho do combate político. De fato, “o pensamento contracultural […] claramente impede a capacidade da esquerda de instituir reformas sociais desejáveis [e] é um sério obstáculo ao desenvolvimento de um programa progressista sério.”[27] A primazia da cultura (crítica ao soft power e hegemonia cultural, ativismo artístico) e a excessiva psicologização da política (fascismo como neurose de massa, capitalismo como frustração sexual, revolução como acesso a outro “estado de consciência”, etc.) teve o efeito de criar um certo desprezo ou pelo menos um certo desinteresse pelo modus operandi do ativismo político tradicional e, portanto, de condenar os manifestantes, que eles acreditam ser, à impotência política. “Em última análise, a ideia da contracultura é baseada em um erro. A rebelião contracultural é uma pseudo-rebelião: um conjunto de gestos espetaculares, inteiramente desprovidos de consequências políticas ou econômicas progressistas, que obscurecem a urgência de construir uma sociedade mais justa. Em outras palavras, esta é uma rebelião que, no máximo, diverte os rebeldes.[28] Sem pôr em causa as análises muito atuais e muito pertinentes de Gramsci sobre a necessidade de um combate cultural, trata-se, portanto, de recordar que é mesmo o econômico (e, às vezes, o político) que está no centro do poder, e que não é o cheiro de um baseado de haxixe ou o acorde de um violão que fará essa força tremer em seus alicerces.
Notas
[1] Antonio Gramsci, Lettres de Prison, Gallimard, 1971
[2] Gustave Lebon, La Psychologie des Foules, Presses Universitaires de France, 1963
[3] Hannah Arendt, Eichmann à Jérusalem, Gallimard Folio, 1997
[4] Stanley Milgram, Soumission à l’Autorité, Calmann-Lévy, 1974
[5] Joseph Heath & Andrew Potter, Révolte Consommée : le Mythe de la Contre-Culture, Naïve, 2005, p.53
[6] Sigmund Freud, Malaise dans la Civilisation, Payot, 2010
[7] Wilhelm Reich, Psychologie de Masse du Fascisme, Payot, 1998
[8] Theodore Roszak, The Making of a Counter Culture : Reflections of the Technocratic Society and Its Youthful Opposition, University of California Press, Berkeley, 1996, p.55
[9] Joseph Heath & Andrew Potter, Révolte Consommée : le Mythe de la Contre-Culture, Naïve, 2005, p.81-82
[10] François de Negroni, Le Savoir-Vivre Intellectuel, Delga, 2005
[11] Joseph Heath & Andrew Potter, Révolte Consommée : le Mythe de la Contre-Culture, Naïve, 2005, p.21
[12] Os autores observam que o mesmo discurso foi realizado no século XIX sobre o absinto, mas “os comunistas e os anarquistas não promoveram o alcoolismo entre os trabalhadores”. (p.81)
[13] Theodore Roszak, The Making of a Counter Culture : Reflections of the Technocratic Society and Its Youthful Opposition, University of California Press, Berkeley, 1996, p.168
[14] Joseph Heath & Andrew Potter, Révolte Consommée : le Mythe de la Contre-Culture, Naïve, 2005, p.81
[15] Ibid, p.121
[16] Ibid, p.113
[17] Ibid, p.417. No início do livro (p.89) eles observam que “a contracultura hippie compartilhou muitas das ideias individualistas e libertárias que sempre deram tanta força ao neoliberalismo e à ideologia de mercado à direita do espectro político americano.”
[18] Ibid, p.381
[19] Ibid, p.208
[20] Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Phénoménologie de l’Esprit, Flammarion, 2012
[21] Joseph Heath & Andrew Potter, Révolte Consommée : le Mythe de la Contre-Culture, Naïve, 2005, p.136
[22] Ibid, p.239 – Os autores preferem usar o termo “hipster”, “fusão do boêmio inconformista, do delinquente juvenil antissocial e do negro sensual e marginalizado”. (pág. 230)
[23] Ibid, p.124
[24] Ibid, p.124
[25] Ibid, p.217
[26] Ibid, p.222-223
[27] Ibid, p.337
[28] Ibid, p.85
Fonte: Rébellion