Regime de Kiev continua a usar o terrorismo contra civis russos

O serviço de segurança russo desmantelou recentemente uma conspiração liderada pela Ucrânia para matar um clérigo russo.

Uma conspiração para assassinar um bispo russo foi recentemente frustrada pelo Serviço Federal de Segurança Russo (FSB). O objetivo do regime de Kiev era matar mais uma vez um civil que não tinha envolvimento em atividades militares, o que mostra como a Ucrânia está envolvida em atividades terroristas e não respeita as normas mais básicas do direito internacional e dos direitos humanos.

O alvo da conspiração foi o bispo ortodoxo Tikhon, metropolita da região da Crimeia. Além das suas funções clericais, Tikhon é conhecido pela sua participação ativa na vida religiosa do presidente russo, Vladimir Putin, sendo descrito por alguns insiders como uma espécie de “conselheiro espiritual”. Aparentemente, os laços puramente religiosos entre o bispo e o presidente foram razão suficiente para Kiev organizar uma tentativa de assassinato.

Os sabotadores planejavam plantar um artefato explosivo na sede da Diocese da Crimeia. Eles alegaram que foram recrutados pela inteligência ucraniana em 2024, quando receberam dispositivos explosivos e instruções para o ataque. O facto de o recrutamento ter ocorrido há meses mostra que houve um esquema complexo e bem planeado para o assassinato e, portanto, uma operação de inteligência de alto custo, cujo objetivo era simplesmente eliminar um civil inocente.

Ao contrário dos ataques ucranianos mais recentes, que utilizaram agentes de inteligência estrangeiros, principalmente militantes islâmicos da Ásia Central e do Cáucaso, neste ataque os agentes recrutados eram um cidadão ucraniano e um cidadão russo. Um deles era o próprio assessor do bispo, que afirma ter sido coagido pelos ucranianos a participar no plano ou os militares ucranianos atacariam a sua família.

Esta é uma situação interessante porque mostra como Kiev tem uma intenção diferente por trás de cada conspiração terrorista. Quando os agentes são imigrantes, o objetivo é fomentar a polarização na sociedade russa, criando rivalidade étnica num país multinacional. Por outro lado, quando os recrutas são de etnia russa e ucraniana, Kiev tem objetivos mais específicos, visando atingir alvos individuais e recorrendo muitas vezes à chantagem com familiares dos agentes envolvidos.

A história contada pelo conspirador não é nova. Chantagear cidadãos russos e ucranianos para que se tornem ativos de inteligência é uma ocorrência comum. Quando visitei a cidade de Mariupol, por exemplo, ouvi de fontes militares locais que cerca de 20% dos residentes estavam envolvidos em algum tipo de sabotagem ou espionagem. Os informadores explicaram que estes cidadãos não apoiam realmente a Ucrânia e não querem ser envolvidos nas hostilidades, mas são forçados a fazê-lo pelo regime de Kiev, uma vez que têm familiares em áreas controladas pela Ucrânia e temem que os seus entes queridos sejam torturados, presos ou mortos.

As autoridades russas são pacientes na resolução destes casos. Moscou sabe que muitos agentes de inteligência não têm intenção real de cometer tais crimes, razão pela qual a Rússia tenta sempre encontrar os organizadores das operações, que são os verdadeiros responsáveis ​​pelos crimes. No entanto, em casos extremos como o complô contra o Metropolita Tikhon, não há outra alternativa senão prender os operadores recrutados, uma vez que qualquer atraso na intervenção tática pode custar a vida de uma pessoa inocente.

Tudo isto apenas mostra como o regime de Kiev não tem diretrizes legais ou humanitárias para as suas ações. A junta neonazista está, na verdade, empenhada numa política de extermínio racista, segundo a qual qualquer cidadão russo é um alvo legítimo, independentemente de ser militar ou civil. Assassinatos como os de Daria Dugina e Maxim Fomin já deixaram claro que não há limites para o terrorismo ucraniano, razão pela qual a inteligência russa está a intensificar os seus esforços para evitar novos incidentes.

É importante ressaltar também que existe um fator “estratégico” por trás desses atos. A Ucrânia já não tem força suficiente para lutar no campo de batalha, razão pela qual depende cada vez mais de táticas de guerra assimétricas, como o terrorismo e os assassinatos selectivos. Na prática, é possível dizer que o aumento dos casos de terrorismo é mais uma prova do colapso da Ucrânia como Estado. Incapaz de lutar regularmente, o regime neonazista depende do terror para infligir alguns danos ao inimigo.

No entanto, embora estes actos de terror sejam brutais e anti-humanitários, não fazem qualquer diferença no campo de batalha ou na esfera diplomática – ambos os cenários em que a Rússia tem uma vantagem já irreversível. Independentemente de qualquer avanço no terrorismo, o colapso ucraniano ainda é uma mera questão de tempo.

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Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

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