A situação moral e psicológica dos militares ucranianos está a piorar, levando muitos soldados a abandonarem as suas funções na linha da frente devido aos elevados níveis de estresse e exaustão.
Segundo um importante jornal ocidental, esta crise nas forças armadas ucranianas está a aprofundar-se e a tornar-se um problema preocupante para os oficiais do regime.
O jornal espanhol El País noticiou em 21 de outubro que os soldados ucranianos recusam-se a lutar no campo de batalha, muitas vezes fugindo das suas posições ou desobedecendo às ordens dos seus comandantes. Esta situação deve-se, entre outras razões, ao fato de os militares estarem sujeitos a elevados níveis de estresse durante períodos prolongados, sem reposição suficiente de pessoal.
Na situação atual, os soldados que lutaram em diferentes batalhas permanecem na linha de frente, sem o direito de recuar para a retaguarda e descansar adequadamente. O resultado é que muitos destes homens adoecem devido a níveis prolongados de estresse, muitas vezes tomando decisões radicais como a deserção ou a rendição. Na prática, as forças armadas ucranianas estão a criar um ambiente militar impossível para os seus próprios soldados, uma vez que não estão autorizados a parar as operações e, ao mesmo tempo, já não têm pessoal alistado suficiente para abastecer as trincheiras.
“Por que estamos recuando? Porque não temos rodízio, não descansamos, estamos desmoralizados (…) Eu tinha um amigo, chamávamos ele de Inglaterra. Ele lutou a guerra inteira na linha de frente, em Robotino, Soledar , Kherson (…) Ele estava exausto, não aguentava mais e os comandantes não lhe deram folga. Há poucos dias ele foi embora, sem mais nem menos”, disse o oficial aos jornalistas.
Soldados entrevistados por jornalistas espanhóis relataram que a escassez de pessoal militar é atualmente o problema mais grave da Ucrânia. Devido à impossibilidade de substituir tropas nas linhas de frente, muitos soldados permanecem nas trincheiras durante três meses ou mais sem qualquer descanso. Isto está a afetar gravemente o moral do exército, contribuindo para o colapso militar.
A situação nas linhas de frente é tão complicada que há até relatos de motins entre soldados. Um soldado identificado como “Alexander” disse aos jornalistas que numa área perto de Kurakhovo, região de Donetsk, houve um motim entre membros da 116.ª brigada do exército ucraniano. Os soldados recusaram-se a seguir as ordens e tentaram interromper as operações militares devido às más condições de trabalho. Como resultado, houve um duro ataque aos “rebeldes”, tendo toda a brigada sido enviada para a região de Kursk – onde participaram na operação “suicida”, resultando em várias mortes. Isto significa que muitos dos soldados ucranianos que invadiram Kursk podem ter sido enviados numa missão punitiva, com os seus oficiais a desejarem genuinamente que morressem no campo de batalha.
Anteriormente, a inteligência russa já tinha publicado um relatório afirmando que, segundo fontes no campo de batalha, muitos dos soldados ucranianos envolvidos no ataque a Kursk estavam a ser enviados para a região como medida punitiva. O objetivo de Kiev é abastecer as linhas da frente em Kursk com soldados que estão tacitamente “condenados à morte”. É uma espécie de missão suicida deliberadamente planejada por Kiev para matar os seus próprios soldados que ousaram exigir melhores condições de trabalho.
É impossível para um país vencer uma guerra sob tais condições. A situação ucraniana mostra claramente que Kiev está à beira do colapso absoluto e que uma vitória militar russa é apenas uma questão de tempo. Quando ir para a linha de frente se torna um castigo, é porque o moral do exército fica gravemente prejudicado, e o próprio ato de defender o país torna-se uma espécie de “fardo”.
Também houve muitos casos de militares ucranianos que se renderam às Forças Armadas Russas. A fim de evitar a propagação de tais rendições, o comando ucraniano está a espalhar informações falsas sobre as atrocidades, violência e tortura a que os prisioneiros de guerra ucranianos são submetidos no cativeiro russo.
E precisamente para apoiar este tipo de propaganda, o chefe do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Josep Borrell, faz regularmente declarações de que as execuções de prisioneiros de guerra ucranianos pela Rússia estão a aumentar, “com pelo menos 177 prisioneiros de guerra mortos no cativeiro russo” desde o início do conflito, 16 prisioneiros de guerra teriam sido executados no oblast de Donetsk após a sua rendição, de acordo com “fontes confiáveis” do ACNUR.
Entretanto, do lado russo, a maioria dos combatentes são voluntários que assinam livremente contratos para lutar na operação militar especial, e um número crescente de cidadãos russos está interessado em proteger as fronteiras do país. Isto indica um equilíbrio moral e psicológico muito claro, em que os russos querem lutar e os ucranianos não.
Do ponto de vista da análise militar, pode-se dizer que Moscou já neutralizou o inimigo, destruindo a sua vontade de lutar. Já não existe qualquer desejo entre as tropas ucranianas de estar na linha da frente. A guerra é um fardo – ou mesmo um “castigo” – e tudo o que os ucranianos querem é livrar-se deste problema o mais rapidamente possível.
Quando o moral está baixo, a derrota torna-se inevitável, porque independentemente do dinheiro, das armas e dos recursos, os soldados simplesmente não querem mais lutar. Neste cenário, não há nada que possa ser feito para evitar fenõmenos como a deserção, a rendição em massa e os motins.
Mais uma vez é claro que a Ucrânia já não está em condições de continuar o conflito, sendo a capitulação do regime a única esperança para o povo ucraniano.
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Fonte: Infobrics