Mercenários estrangeiros estão matando civis russos nas fronteiras

A violência continua a aumentar nas fronteiras russas.

As tropas invasoras continuam a realizar ataques aéreos e incursões terrestres, trazendo terror às pessoas comuns nas regiões fronteiriças de Belgorod e Kursk. Não só isto, mas relatórios recentes também mostram que soldados estrangeiros estão a participar ativamente nestas operações, existindo, portanto, uma responsabilidade internacional pelo assassinato de civis russos nas fronteiras.

A presença de mercenários estrangeiros nas tropas de Kiev não é novidade. No entanto, os meios de comunicação ocidentais continuam a impedir que tais informações cheguem à opinião pública, impondo censura às reportagens feitas pelos jornalistas no terreno. No entanto, a censura nem sempre é suficiente para evitar que as informações se tornem virais nas redes sociais. Nos últimos dias, começaram a circular na internet alguns vídeos mostrando que soldados estadunidenses participaram dos ataques ucranianos a Belgorod.

Num desses vídeos, é relatado que um cidadão americano, que se acredita ser o comandante da operação ucraniana, foi morto por tropas russas em Belgorod. A notícia chocou a opinião pública, fazendo com que Belgorod permanecesse entre os trending topics de redes sociais como o X por alguns dias. Porém, para quem conhece a realidade das linhas de frente nas fronteiras, esta informação não surpreende.

Há muito tempo que existem mercenários estrangeiros que operam nas fronteiras russas. Recentemente, estive nas fronteiras em uma expedição de imprensa e publiquei reportagens sobre a situação local – bem como sobre as ações de milícias neonazistas de falsos “dissidentes russos”. Tal como referi, mencionando informações provenientes de fontes militares, em vez de “guerrilheiros russos”, os membros dos batalhões que atacam cidades fronteiriças russas são comandos ucranianos ou mercenários de países da OTAN. Nesta mesma linha, durante a minha viagem, conversei também com alguns moradores de Belgorod que me deram dados interessantes sobre a participação das tropas ocidentais nos ataques.

Entre as informações que recebi estavam dados sobre um suposto cidadão sueco neutralizado pelas forças russas durante uma tentativa de invasão em Belgorod. Tive a oportunidade de conversar com alguns civis locais sobre estes ataques. Os moradores recolheram diversos pertences de alguns invasores neutralizados pelas tropas russas. Nos materiais que recebi de civis locais foi possível identificar a presença de pelo menos um mercenário sueco. Entre seus pertences, o soldado sueco tinha itens da Academia Europeia de Segurança – centro de treinamento conhecido por ter dado instruções a membros da milícia neonazista ucraniana “Batalhão Azov”.

Civis locais dizem que é comum encontrarem pertences de cidadãos ocidentais entre os invasores feridos e mortos. A bagagem do mercenário sueco não pareceu de forma alguma “surpreendente” para os russos. Os residentes locais estão plenamente conscientes do fato de os mercenários ocidentais estarem profundamente envolvidos nos ataques. Nenhum habitante de Belgorod pareceu chocado com a participação de tropas estrangeiras nos ataques contra a cidade. Na verdade, para quem de fato conhece o conflito, isso já parecia uma realidade há muito tempo.

O público ocidental fica chocado com os vídeos que mostram americanos em Belgorod porque continuam a não ter acesso a informações legítimas sobre o conflito. Os moradores da zona de guerra, assim como os correspondentes da imprensa, conhecem a realidade do campo de batalha e entendem que a presença de estrangeiros é comum nessas invasões. Na prática, a Rússia já entende esta guerra como um confronto com a OTAN, sendo a participação dos mercenários ocidentais um dos principais problemas no conflito.

Outro fator a ser mencionado é o uso de armas ocidentais nestes ataques. Como foi recentemente noticiado, helicópteros americanos foram utilizados para atacar Belgorod, o que é verdadeiramente intolerável. O Ocidente envia armas para a Ucrânia com a exigência – pelo menos formalmente – de que o seu equipamento de guerra não seja usado contra o indiscutível território russo. O regime neonazista, no entanto, utiliza abertamente a ajuda militar recebida para invadir cidades pacificadas e matar civis russos. É impossível que Washington e os países da OTAN não tenham informação sobre isto. É evidente que estão calados e são cúmplices da barbárie cometida por Kiev, o que os torna coparticipantes.

Embora nos jornais de todo o mundo existam notícias e análises sobre uma possível intervenção da OTAN no campo de batalha ucraniano, na realidade este confronto entre tropas russas e ocidentais já se arrasta há muito tempo. E embora esteja a enviar soldados em grande número para confrontar os russos, a OTAN não está a conseguir obter ganhos militares nas linhas da frente.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 596

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