O tráfico imigratório no Mediterrâneo tem se provado um dos pontos nevrálgicos da política internacional. A nota a seguir, emitida conjuntamente pelos movimentos dissidentes e patrióticos Comité Révolutionnaire International (CRI) e Leia Naziunal, foi distribuída para várias agências de notícias árabes, europeias e russas.
Na medida em que a Europa vem sendo mergulhada em uma espiral caótica por conta da onda massiva de imigrantes ilegais que chegam de países como a Líbia, o Comité Révolutionnaire International, que defende o legado político do movimento árabe Jamahiriya, juntamente com a Leia Naziunal, movimento nacionalista córsego, vem recordar alguns fatos essenciais a respeito deste drama político e humano.
Em 2011, potências ocidentais, com ênfase na República Francesa, sob a égide da OTAN, conspiraram para destruir a Líbia Jamahiriya Árabe através de uma campanha maciça de bombardeios, coordenada com a ação de campo de grupos terroristas islamitas associados com as petro-monarquias do Golfo. Assim, desde o fim das operações, com o assassinato do Coronel Gaddafi, a Líbia caiu numa situação de caos, que vem desestabilizando o Magrebe, a África Subsaariana e a Europa.
O tráfico de imigrantes, organizado conjuntamente por organizações criminosas e islamitas, vem sendo operado com a cumplicidade de ONGs ligadas a países ocidentais (responsáveis pelo desastre líbio), como também tem gerado uma onda migratória em massa que ameaça a coesão das próprias sociedades europeias e, acima de tudo, das ilhas do Mediterrâneo. Os protagonistas do tráfico imigratório também participam das guerras imperialistas. Os atores políticos de ambos os lados do Mediterrâneo, que toleram e encorajam o tráfico de imigratório, aceitam e efetivamente estimulam a agressão imperialista. Todos são responsáveis e culpados pela tragédia humana causada pelo contrabando de imigrantes.
O CRI esteve na vanguarda contra a imigração ilegal ao repassar às autoridades francesas e europeias, em 2016, uma a lista de nomes de líderes escravagistas takfiristas, apoiados por Sarkozy e Bernard-Henri Lévy e responsáveis pelo envio de imigrantes para o solo europeu.
Os povos europeus, árabes e africanos recusam-se a sofrer as consequências das políticas globais promovidas pelos inimigos de todos os povos. O Comité Révolutionnaire International e Leia Naziunal convocam os povos das duas margens do Mediterrâneo a unir forças em oposição ao tráfico ilegal de imigrantes, com o objetivo de derrotar tal máfia, bem como as organizações terroristas correlatas, em uma perspectiva anti-imperialista e civilizacionalmente comum.