Vai sobrar alguma coisa do Estado brasileiro até o fim do governo Temer?
Agora querem privatizar a Casa da Moeda. Algo que quase nenhum país na história fez até hoje. Pelo menos entre os países desenvolvidos. Sim, novamente, o Brasil quer seguir países subdesenvolvidos, como a maioria dos da África e Ásia, ao invés de copiar os países desenvolvidos.
No mundo, hoje, são poucas as empresas que participam do setor da impressão de moeda. Isso quer dizer estamos falando de um setor oligopolista. Por definição, trata-se de uma situação de mercado na qual é garantido, de antemão, que haverá ineficiência.
Mas não basta. Uma breve análise das principais empresas do mercado, como a De La Rue, ligada ao banco de investimentos Rothschild and Sons, mostra envolvimento direto dessas empresas em diversos complôs governamentais, inclusive envolvendo chantagens diretamente ligadas à participação que a empresa em questão tem na impressão de dinheiro.
Essa empresa, por exemplo, uma das maiores desse mercado, foi “premiada” com o monopólio sobre a emissão de moeda no Iraque pós-guerra e na Líbia pós-destruição. Dois países que, anteriormente, se destacavam pela eficiência de seus Estados, pela prosperidade de sua população e por terem sistemas bancários, financeiros, completamente desvinculados do sistema internacional, tendo ainda grandes reservas de ouro.
São dois países que jazem destruídos. E o Brasil está em um processo de autodestruição, sem nem ter sido invadido. O Brasil está sendo saqueado como se tivesse havido uma invasão de vândalos. Mas não houve invasão militar. Que batalha ou guerra perdemos para estarmos sujeitos a isso?
Não adianta reclamarem ou justificarem que, apesar da impressão de moeda passar ao controle privado, a emissão dela será determinada pelo Banco Central que, hipoteticamente, continua público. O caráter público do Banco Central não passa de fachada. Cada vez mais a sua autonomia em relação ao governo tem sido ampliada (essa era uma das principais plataformas de governo de Marina Silva e Aécio Neves). Aumentar a autonomia do Banco Central é reduzir a influência do Estado nele e aumentar a influência dos bancos privados.
Assim, cada vez mais, são os bancos privados que controlam a emissão de moeda no Brasil, tal como passarão a controlar a impressão da moeda.
E quem controla a emissão de moeda, quem controla a moeda, controla o país.
Não há outra palavra para isso que está sendo feito, além de TRAIÇÃO.