A miséria social e política se reflete direta e dolorosamente nas instituições de ensino brasileiras. Essa situação não é um mero acaso, mas parte do projeto geral do liberalismo para o Brasil e para a América Latina: o da manutenção de classes subalternas e nações subalternas, de mentes manipuláveis e servis ao globalismo.
A rede pública de Educação Básica simplesmente não consegue garantir a aprendizagem de conteúdos essenciais, e uma boa parte dos alunos termina o Ensino Médio sem saber interpretar textos, quando é sequer capaz de ler. Em um plano direto, os problemas vão de recursos escassos e corrupção à falta de disciplina e perspectivas dos alunos, passando pela má vontade de gestores; indiretamente, a violência, a pobreza, o desprezo pela autoridade e tantas outras mazelas incidem no ambiente escolar, tornando-o desgastante e impróprio. O discurso estabelecido culpa os professores, supostamente “mal formados” e preconceituosos, forçando o professor já sobrecarregado e desvalorizado a fazer cursos incessantes onde tudo o que se faz é martelar mais ainda a ideologia do sistema. O que se espera é que a escola e o professor façam milagres e supram sozinhos a lacuna de uma rede de proteção social que na prática inexiste. O resultado é a desmotivação total do profissional da educação e o esvaziamento da instituição escolar.
Nas Universidades, avança a passos largos a fórmula “precarizar para privatizar”. Parte significativa da tão propagandeada ampliação do acesso foi feita à custa de programas que repassam dinheiro público a grandes empresas privadas do ramo educacional e que endividam o jovem pobre antes mesmo que ele tenha chance de construir sua vida. Nas universidades públicas há cada vez mais terceirização, mais cursos pagos, menos professores e condições de permanência. Os movimentos estudantis, hegemonizados pela esquerda liberal, fazem mais pela implantação de políticas pró-“minorias” do que pela mudança dessa situação.
A existência do ensino privado ajuda a perpetuar a discrepância de oportunidades entre os filhos de ricos e os de pobres, e permite que se trate um ato fundamental para a manutenção social, o ato de educar, como mercadoria. Assim se abre margem para uma educação alienante, voltada apenas para o abastecimento do mercado de trabalho e a manutenção do modelo econômico capitalista, ao invés de voltada à liberdade verdadeira que reside na identidade e na soberania. Apesar de alguns dos problemas das escolas públicas também existirem nas escolas privadas, e de estas também terem os seus próprios problemas, as escolas privadas ainda cumprem a sua função em termos de conteúdos, permitindo a desigualdade citada acima. Essa situação é frontalmente contrária a qualquer aspiração meritocrática.
O Nova Resistência entende que a educação é um setor chave para a Revolução que precisamos! Por isso, uma das medidas revolucionárias mais importantes é a estatização total do ensino, pelo fim da sua mercantilização e por uma educação voltada às necessidades locais e o resgate identitário das comunidades. Pela criação imediata de cursinhos populares que possam compensar a defasagem gerada pela educação liberal falida! Por uma assistência social efetiva a crianças e adolescentes vulneráveis! Pela valorização dos professores e o restabelecimento de sua autoridade em sala de aula! Mais colégios militarizados! Maior integração das escolas com as instituições religiosas e cívicas por um ensino tradicionalista e patriótico! Maior fiscalização e transparência na destinação de recursos, que se atenda às demandas escolares e não às da ideologia globalista!