Parece que o terrorismo já virou parte do quotidiano nas cidades da Europa Ocidental. E por mais que ele nunca deixe de ser algo aberrante, os próprios líderes europeus já começaram a reproduzir o discurso de que seus cidadãos tem que “se acostumar” com o terrorismo. Por mais absurdo que isso soe.
Já falamos sobre as causas dessa onda de terrorismo. Essa onda está ligada ao apoio dos próprios governos ocidentais a grupos terroristas no exterior e à política de “portas abertas” para a imigração que esses mesmos governos forçam seus cidadãos a suportar.
Além disso, apesar de já ser conhecimento comum que o principal financiador do terrorismo internacional é a Arábia Saudita, os governos ocidentais seguem mantendo laços de amizade e, no âmbito das elites, até de amizade pessoal com os príncipes sauditas, com os emires árabes, etc. Esses mesmos príncipes e emires constroem mesquitas wahhabis na Europa, que viram centros de recrutamento para terroristas.
As elites ocidentais sabem. Elas não são inocentes. Elas são cúmplices. Todos os governos ocidentais contemporâneos tem sangue nas mãos. Sangue árabe, das vítimas dos grupos terroristas que eles enviam para Síria, Iraque, Iêmen, etc. E sangue europeu, de seus próprios cidadãos, cuja morte é apenas “estatística”, mero “dano colateral”.
Por isso elas paralisa qualquer reação. Terrorismo é ato de guerra. Mas os povos europeus são mantidos em um sono humanitário pelos seus próprios governos. A resposta ao terrorismo? Dar as mãos. Fazer vigília. Cantar “Imagine” do John Lennon. E seguir apoiando a queda de Assad, o projeto do Curdistão, e toda e qualquer outra aventura imperialista para derrubar “tiranos” no Terceiro Mundo ou na Europa Oriental.
Mas nós afirmamos que a consequência inevitável desse sono é o aumento nos ataques terroristas. Podem aguardar. Setembro terá mais terrorismo. Bem como outubro. Bem como todo o ano de 2018.
As soluções ainda não mudaram:
- É necessário dar fim a todos os projetos imperialistas movidos pelo Ocidente;
- É necessário restaurar a soberania dos povos, hoje praticamente proibidos de controlar as próprias fronteiras e decidir quem entra e quem sai em seus próprios países;
- É necessário apontar a Arábia Saudita como inimiga, romper relações e combater sua influência no mundo muçulmano e seus projetos geopolíticos no Oriente Médio.
Em que isso interessa ao Brasil?
O Brasil não é visado pelo terrorismo internacional, mas isso pode mudar algum dia. O wahhabismo tem sido livremente difundido no Brasil. A prefeitura de São Paulo tem mantido relações cada vez mais próximas com as elites sauditas e árabes que financiam o wahhabismo. Ao mesmo tempo, o governo federal tem começado a se alinhar cada vez mais com os projetos geopolíticos atlantistas.
Assim, é necessário esclarecer a população sobre quais são as causas do terrorismo internacional contemporâneo e quais devem ser os posicionamentos corretos frente a essa questão.
A resposta à guerra deve ser guerra, até derrotar o inimigo. E não flores, pombas da paz, abraços grátis e John Lennon.